Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Valéria Kumizaki só cai na semi e disputará o bronze na Premier League de Dubai

Geral

15/02/2019 13h22

Caratê

Valéria Kumizaki só cai na semi e disputará o bronze na Premier League de Dubai

Briga pelo pódio será no domingo. Dos outros quatro brasileiros no tatame nesta sexta, o melhor foi Vinicius Figueira, eliminado nas quartas. País tem 12 atletas na competição

Segunda das sete escalas da Premier League de Caratê em 2019, a etapa de Dubai teve início nesta sexta-feira (15.02) com destaque nacional para a performance de Valéria Kumizaki. A paulista de Presidente Prudente chegou até a semifinal da categoria -55kg e vai disputar o bronze no domingo. Ao todo, a competição nos Emirados Árabes reúne 737 caratecas, de 86 países, e o Brasil levou 12 representantes.

Vice-campeã mundial em 2016 e atual quinta colocada do ranking internacional, Valéria abriu a disputa já na segunda rodada, diante de Agung Sanistyarani, da Indonésia. Numa luta bem equilibrada contra a 13ª do mundo, Valéria venceu por 3 x 2. Na sequência da categoria que reuniu 60 atletas de 41 países, Valéria enfrentou Irina Sharykhina (48ª), da Bielorrúsia, e avançou com novo 3 x 2.

Valéria Kumizaki volta a brigar por um pódio internacional após cair na estreia na etapa de Paris. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

Já nas quartas de final, o desafio foi diante da egípcia Yassmin Attia (15ª do ranking). A luta foi amarrada e resolvida pelo placar mínimo: 1 x 0. Na disputa por vaga na decisão, outro duelo parelho, dessa vez diante da número dois do mundo, Tzu-Yun Wen, de China Taipei, também conhecida como Taiwan. No fim, vitória da adversária por 1 x 0. A disputa do bronze será diante da iraniana Taravat Khaksar (22ª).

"Fica o gostinho amargo de quase ter chegado na final. A Tzu-Yun é a mesma adversária de quem ganhei na disputa do terceiro lugar na China, ano passado. Agora é focar para o terceiro lugar, porque todo ponto é precioso"
Valéria Kumizaki

"Fica o gostinho de quase ter chegado na final. A Tzu-Yun é a mesma adversária de quem ganhei na disputa do terceiro lugar na China, ano passado. Dessa vez ela saiu na frente, fez 1 x 0 e depois só correu no tatame. Ficou difícil aplicar os golpes. Mas agora é focar para o terceiro lugar, porque todo ponto é precioso. O importante é que lutei bem. Estava bem consciente", afirmou Valéria Kumizaki. 

"A Valéria lutou muito bem. Foi campeã da chave dela. A disputa na semifinal foi contra uma velha rival, uma garota nova, que tem sempre figurado entre as melhores da categoria. Fez inclusive a final com a Valéria nos Jogos Mundiais de 2017. Naquela oportunidade, a Valéria foi campeã. Dessa vez, perdeu por 1 x 0 e vamos lá disputar esse bronze", disse Diego Spigolon, técnico da seleção brasileira. 

Quase lá

Atual vice-campeão mundial e líder do ranking da categoria -67kg, Vinicius Figueira teve boa caminhada na chave. Estreou com empate em 3 x 3 com o espanhol Raul Cuerva Mora, e seguiu adiante pela decisão dos árbitros. Na sequência, deixou para trás o jordaniano Abdel Almasatfa por 4 x 0. Nas quartas de final, contudo, o paranaense de Londrina foi superado pelo placar mínimo, 1 x 0, pelo forte iraniano Hamoon Derafshipour, nono do mundo.

A chave da categoria reuniu 64 atletas de 44 países. Todas as lutas são eliminatórias. A única possibilidade de repescagem é quando o atleta perde para outro que chega à final. Como o iraniano Derafshipour perdeu na luta seguinte, Vinicius acabou eliminado.

15022019_figueira.jpg
Atual vice-campeão mundial e líder do ranking da categoria -67kg, Vinicius Figueira foi eliminado nas quartas de final. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

Principal medalhista do Brasil em Mundiais, com dois ouros, uma prata e um bronze, Douglas Brose ainda busca o melhor padrão de lutas depois de uma lesão no tendão calcâneo sofrida na semifinal dos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, na Bolívia, em maio de 2018.

De lá para cá, Brose passou por cirurgia, ficou três meses afastado, fez inúmeras sessões de fisioterapia e fortalecimento muscular. Em Dubai, o gaúcho que ocupa a quarta colocação do ranking mundial na categoria até 60kg perdeu na estreia, diante do iraniano Majid Hassanniaideilami, 26º do mundo, por 6 x 1. Como o adversário perdeu na sequência, Brose não teve chance de disputar a repescagem. Ele, Vinicius Figueira e Valéria Kumizaki são integrantes da categoria Pódio, a mais alta do Bolsa Atleta, programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. 

Giovanna e Nicole

Na primeira etapa da Premier League de 2019, em Paris, no fim de janeiro, o melhor resultado do Brasil foi o bronze conquistado pela jovem Jéssica Linhares na categoria até 50kg. A paulistana de 21 anos, que vive em Praia Grande, no litoral paulista, disputou seis lutas e só foi superada pela japonesa Miho Miyahara, atual campeã mundial e líder do ranking. Com o resultado, Jéssica, que não esteve entre as convocadas para a etapa de Dubai, saiu da 55ª posição no ranking para a 32ª.

Nos Emirados Árabes, a representante nacional na categoria foi Giovanna Feroldi, que perdeu na estreia, já na segunda rodada, para Yee Ting Tsang, de Hong Kong, por 3 x 0. Como a rival não seguiu na chave, Giovanna foi eliminada.

A quinta e última brasileira em ação na abertura da competição em Dubai foi Nicole Yonamine, na categoria Kata, de apresentações de sequências de golpes. Nicole ficou na quinta colocação no grupo de atletas em que estava, mas só as quatro melhores seguiam para a rodada seguinte.

Outros sete

Neste sábado, os outros sete integrantes da delegação nacional entram na disputa. Na categoria -61kg, Érica Santos e Stephani de Lima são as representantes; na -68kg, Bárbara Helem Rodrigues, Natália Spigolon e Gabrielle Seppi; na +68kg, Isabela Rodrigues. Fecha o grupo Kaique Rodrigues, na -84kg. 

Além de Paris e Dubai, as outras cinco etapas da Premier League de Caratê em 2019 serão em Moscou (Rússia), Rabat (Marrocos), Tóquio (Japão), Madri (Espanha) e Xangai (China). Na temporada, o circuito é o que mais soma pontos para o ranking que define os classificados para a estreia do caratê em Jogos Olímpicos, marcada para a edição de 2020, no Japão.

Gustavo Cunha, rededoesporte.gov.br