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Geral

02/05/2016 19h31

Tour da Tocha

Brasília pronta para ser anfitriã do início do Revezamento da Tocha

Depois de passar por Grécia e Suíça, chama percorrerá 105 quilômetros na capital federal, a primeira perna de um tour por mais de 300 cidades brasileiras
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Palácio do Planalto pronto para receber o início do revezamento da tocha. Foto: Roberto Castro/brasil2016.gov.br/ME
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Pira Olímpica instalada na rampa do Palácio do Planalto. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Sede do Poder Executivo, o Palácio do Planalto é o ponto de partida para o tour da tocha no Brasil.
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Catedral de Brasília, um dos pontos de passagem da tocha.
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Congresso Nacional, em Brasília, também receberá a visita da chama olímpica.
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Na Ponte JK, a chama descerá de rapel para ser recebida por uma embarcação no Lago Paranoá.
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Praça dos Três Poderes, um dos ícones da capital federal
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A Torre de TV faz parte da reta final do tour da tocha.
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Memorial JK também será contemplado na passagem da tocha.
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Palácio do Planalto será o ponto de partida para o Revezamento da Tocha no Brasil. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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Adriana Araújo, a primeira pugilista brasileira medalhista olímpica, pódio conquistado nos Jogos de Londres, 2012. Foto: Getty Images
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Vanderlei Cordeiro de Lima já viveu a emoção do tour da tocha antes dos Jogos de Londres, em 2012. Foto: Getty Images
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As lanternas com a chama olímpica embarcaram rumo ao Brasil na noite desta segunda-feira. Fotos: Danilo Borges/ brasil2016.gov.br
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O ponto mais alto é representado pelo Sol. Sua cor remete ao ouro, que simboliza a conquista máxima dos jogos. As camadas seguintes representam montanhas, mar e chão do Rio e do país

Brasília recebe uma visitante ilustre nesta terça-feira (3.05). Vinda da Europa, após percorrer a Grécia e cidades da Suíça, a tocha olímpica desembarca na capital federal logo cedinho. A previsão é de que o avião que traz a chama pouse no aeroporto por volta das 6h30.

O símbolo será conduzido até o Palácio do Planalto, onde terá início o revezamento, às 10h. A chama desce a rampa do palácio carregada pela primeira condutora — a bicampeã olímpica (Pequim 2008 e Londres 2012) e capitã da seleção brasileira de voleibol, Fabiana Claudino —, após cerimônia com a presidenta Dilma Rousseff. "Como mulher e como negra, esse momento representa muito para mim. Mostra como temos evoluído em relação ao machismo e ao racismo que, infelizmente, são situações que ainda existem", disse (confira o perfil completo da atleta abaixo).

Antes de pousar no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, o avião que traz a tocha olímpica será escoltado por dois caças da Força Aérea Brasileira (FAB). As três aeronaves vão sobrevoar o Eixo Monumental no sentido Torre de TV, até a altura do Congresso Nacional. Mais tarde, por volta de 9h50, sete aeronaves da Esquadrilha da Fumaça também vão sobrevoar a Esplanada dos Ministérios, antecipando o início do revezamento da tocha por Brasília.

No total, a chama percorrerá 105 quilômetros de um percurso que passará por cinco regiões administrativas e mais de 15 pontos turísticos do Distrito Federal. No trajeto de 40 quilômetros, a tocha será carregada por 143 condutores. E esse é apenas o ponto de partida. Ao todo, o símbolo passará por mais de 300 cidades, em todas as regiões do Brasil. O roteiro de aproximadamente 20 mil quilômetros contempla locais em que vivem mais de 90% dos 204 milhões de habitantes do país. O ponto final da peregrinação é o Maracanã, palco da abertura dos Jogos, em 5 de agosto.

» Veja mais detalhes sobre o Revezamento da Tocha em Brasília
» Veja a lista de condutores confirmados para o revezamento em Brasília

Durante a rota, a tocha será carregada por cerca de 12 mil condutores, além de voar 10 mil milhas pelo país. O símbolo olímpico vai passar por 83 municípios escolhidos como "cidade celebração": em cada um desses locais, haverá um grande evento, que inclui show musical nacional e outras atrações. As 27 capitais estão incluídas.

Os primeiros e os "brasilienses" de luxo 

Entre os dez primeiros a carregar a chama, além de Fabiana Claudino, estão os atletas Gabriel Medina, campeão mundial de surfe; Adriana Araújo, medalha de bronze no boxe em Londres-2012; Angelo Assumpção, promessa da ginástica artística; Paula Pequeno, bicampeã olímpica de voleibol; Vanderlei Cordeiro, medalha de bronze na maratona em Atenas-2004, e Gabriel Hardy, revelação do caratê. Completam o time o pesquisador Artur Ávila, a menina síria Hanan Khaled, e a educadora Aurilene Vieira.

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Leila, Paula Pequeno, Hugo Parisi e Joaquim Cruz. Fotos: Getty Images e brasil2016.gov.br

Outros condutores escalados para o revezamento em Brasília são figuras de ligação histórica com a capital, casos de Joaquim Cruz, ouro nos Jogos de Los Angeles-1984; Hugo Parisi, classificado para os Jogos do Rio e um dos principais nomes dos saltos ornamentais do País; João José Vianna, o ex-jogador de basquete Pipoka, ouro no histórico Pan de Indianápolis, em 1987, e atleta da seleção por 13 anos; Lúcio, pentacampeão com a seleção brasileira de futebol na Copa de 2002; Leandro Macedo, dono da melhor colocação de brasileiros em triatlo olímpico; e Joilto Bonfim, duas vezes campeão sul-americano nos 110m com barreiras.

Segundo a secretária de Esporte, Turismo e Lazer do GDF, a ex-jogadora de vôlei Leila Barros, 27 órgãos do GDF se envolveram na organização do revezamento. No final do tour, a tocha olímpica vai ser entregue para celebração na Esplanada dos Ministérios, prevista para as 20h20. As apresentações musicais no palco que ficará no gramado central, na altura da Biblioteca Nacional de Brasília, começam às 16h30.

Cultura

A festa terá artistas locais entre as atrações: Ellen Oléria, Renata Jambeiro, Dhi Ribeiro, Zé do Pife e as Juvelinas, Zé Regino, Mamulengo Presepada, Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, Boi do Seu Teodoro e Associação Cultural Namastê. No encerramento, apresentam-se Diogo Nogueira e Daniela Mercury.

Antes de a tocha chegar ao palco da Esplanada, será realizado um ato pela paz. Participarão da solenidade a ativista moçambicana Graça Marchel, viúva de Nelson Mandela, o ex-atleta Joaquim Cruz e representantes da Universidade Internacional da Paz e da United Religions Initiative.

A organização promete um espetáculo diversificado na passagem da Tocha Olímpica por Brasília. Nos 40 quilômetros em que será carregada pelos condutores, a maioria do percurso será, como de costume, com corridas. Mas haverá outros meios, como rapel, bicicleta, barcos, canoa havaiana e até a nado. O percurso começará na rampa do Palácio do Planalto, após cerimônia, por volta das 10h. De lá, a tocha será levada ao Congresso Nacional.

O fogo olímpico seguirá pelo Eixo Monumental, descerá de rapel pela Ponte JK, navegará em canoa havaiana pelo Lago Paranoá, descerá de helicóptero e rapel no Estádio Mané Garrincha, fará trilha no Parque Nacional, conhecido como Água Mineral, e centro de Taguatinga, Riacho Fundo I, Guará, Asa Sul,  Parque da Cidade, e Esplanada dos Ministérios, nas proximidades da Biblioteca Nacional de Brasília, local em que a Tocha será repassada ao último condutor, a secretária do Esporte, Turismo e Lazer, Leila Barros, que, por volta das 20h20, acenderá a pira para o pernoite da tocha.

Segurança

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, a Operação da Tocha Olímpica inclui cerca de 6 mil servidores públicos vinculados a 42 órgãos dos governos local e federal. Desse total, cerca de 3,5 mil integram o sistema de segurança pública do DF (Secretaria de Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Detran).  

Os dez primeiros a conduzirem a tocha no Brasil

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Fabiana, da seleção brasileira de voleibol, será uma das primeiras condutoras da tocha no Brasil. Foto: Getty Images

Fabiana Claudino

Bicampeã olímpica com a seleção brasileira de vôlei nos Jogos de Pequim 2008 e Londres 2012, a central será a primeira a carregar a tocha em Brasília. Fabiana receberá a chama das mãos da presidenta Dilma Rousseff. Experiente, a mineira de 31 anos soma seis medalhas de ouro no Grand Prix, o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011 e duas medalhas de prata em Mundiais de vôlei, em 2006 e 2010.

"Como mulher e como negra, esse momento representa muito para mim. Mostra como temos evoluído em relação ao machismo e ao racismo que, infelizmente, são situações que ainda existem. Contudo, me sinto honrada principalmente por ser negra e ter uma oportunidade de mostrar ao mundo que estamos ali, fazendo parte da história e construindo algo maior. De mostrar a todos que nós, negros, somos capazes, mas às vezes nos faltam oportunidades. Estar ali representando as mulheres, estar representando as negras brasileiras, significa muito pra mim", afirma Fabiana. 

"A sensação de carregar a tocha olímpica no meu país é indescritível. Quase não consigo conter a emoção em representar nossos atletas, nosso povo e toda uma sensação de que os Jogos estão cada dia mais pertinho. Me sinto feliz, ansiosa e honrada com esse papel!", finaliza.

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Adriana Araújo, a primeira pugilista brasileira medalhista olímpica, pódio conquistado nos Jogos de Londres, 2012. Foto: Getty Images

Adriana Araújo

A baiana Adriana Araújo entrou para a história do esporte brasileiro nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Primeiro ao se tornar a primeira pugilista do país a conquistar uma vitória no torneio olímpico de boxe, contra a cazaque Saida Khassenova, por 16 x 14. Adriana chegou à semifinal depois de bater a marroquina Mahjouba Oubtil, mas acabou perdendo para a russa Sofya Ochigava na luta que valia uma vaga na decisão. Classificada para os Jogos Rio 2016, a atleta de 34 anos vai em busca de sua segunda medalha olímpica, desta vez lutando em casa.

Angelo Assumpção

Aos 19 anos, Angelo Assumpção faz parte da seleção brasileira de ginástica artística ao lado de nomes consagrados, como Arthur Zanetti e Diego Hypolito. Em 2015, na etapa de São Paulo da Copa do Mundo de Ginástica Artística, o paulista conquistou o melhor resultado da carreira ao faturar o ouro no salto. Além da medalha inédita, Angelo ainda superou Hypolito, seu experiente companheiro de equipe, que ficou com a prata. O ginasta é especialista nas provas de salto e solo.

Gabriel Medina

Fenômeno do surfe mundial, Gabriel Medina acumula façanhas apesar da pouca idade: 22 anos. O paulista de São Sebastião foi o surfista mais jovem do Brasil a ingressar na elite do esporte e, em 2014, tornou-se o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial. No ano passado, Medina teve outra boa participação no circuito e terminou a competição em terceiro lugar, superado pelo compatriota Adriano de Souza, campeão, e pelo australiano Mick Fanning. Além disso, o surfista foi o segundo da história a realizar o back flip, manobra em que o atleta dá um mortal de costas com a prancha.

Paula Pequeno

Nascida em Brasília, Paula Pequena é outra integrante da geração brasileira bicampeã olímpica de vôlei feminino. A ponteira de 34 anos participou das campanhas de ouro em Pequim 2008 e Londres 2012 e foi eleito a melhor jogadora do mundo duas vezes, em 2005 e em 2008. Na edição chinesa dos Jogos, Paula também recebeu o prêmio de melhor atleta da competição. Na última temporada a brasiliense defendeu o Brasília Vôlei, equipe da capital, na Superliga feminina de vôlei.

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Vanderlei Cordeiro de Lima já viveu a emoção do tour da tocha antes dos Jogos de Londres, em 2012. Foto: Getty Images

Vanderlei Cordeiro de Lima

Em Atenas 2004, Vanderlei Cordeiro de Lima disputou os Jogos Olímpicos e terminou a maratona na terceira posição, faturando a medalha de bronze. Na parte final da prova, quando o brasileiro liderava, um manifestante invadiu a pista e segurou Vanderlei, fazendo com que ele perdesse um tempo precioso. No fim, ele ainda conseguiu completar os 42km na terceira posição. A situação vivida na Grécia rendeu ao paranaense de 46 anos a Medalha Pierre de Coubertin, honraria concedida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a apenas 18 pessoas na história.

 

Paralímpicos escalados

O movimento paralímpico brasileiro também estará presente na primeira etapa do revezamento da tocha. Quatro atletas e o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, estão escalados para carregar a chama pelas ruas da capital federal.

O primeiro deles será o velocista Alan Fonteles. Medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres nos 200m T44, Alan vai ser um dos oito condutores a levar o fogo olímpico no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), última parada da tocha antes de seguir para Taguatinga. No mesmo trecho, a atleta Natália Mayara, do tênis em cadeira de rodas, participará do revezamento. Ela foi campeã dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015.

Em Taguatinga, o representante dos atletas paralímpicos será Ariosvaldo Silva, o Parré, velocista que participou dos Jogos de Pequim 2008 e Londres 2012. Por último, Shirlene Coelho, campeã paralímpica em Londres no arremesso de dardo F37/38 e prata em Pequim, carrega a chama na L2 Sul, já na parte final do revezamento.

Outros personagens

Além dos atletas e ex-atletas, outras seis pessoas estão entre os dez primeiros a carregar a tocha olímpica por Brasília. O pesquisador brasileiro Artur Ávila Cordeiro de Melo, primeiro latino-americano a receber a Medalha Fields, considerada o Nobel da Matemática; Hanan Khaled Daqqa Hanan, refugiada síria de 12 anos; Aurilene Vieira de Brito, diretora da Escola Estadual Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves, Piauí; e Gabriel Hardy, carateca da rede pública de Sobradinho e a gente jovem Transforma, programa educacional que leva os Jogos Rio 2016 às escolas.

 

Próximo destino: Corumbá de Goiás

Da capital, o Tour da Tocha prossegue, na quarta-feira (4.5), dando início à passagem do símbolo por Goiás, o segundo estado da federação no trajeto da chama olímpica. No segundo dia do revezamento, a primeira cidade a receber a tocha será Corumbá de Goiás, distante cerca de 130 quilômetros de Brasília, em seguida, vai a Pirenópolis e Anápolis. Na quinta, o revezamento prossegue por Itaberaí, Cidade de Goiás, Inhumas e Goiânia. Na sexta-feira, serão visitas Trindade, Aparecida de Goiânia, Piracanjuba, Morrinhos e Caldas Novas. Finalmente, no sábado a tocha encerra a passagem pelo estado após percorrer Pires do Rio, Ipameri e Goiandira. Ainda no sábado, a chama em Minas Gerais, passando por Araguari e Uberlândia.

As lanternas com a chama olímpica embarcaram rumo ao Brasil na noite desta segunda-feira. Fotos: Danilo Borges/ brasil2016.gov.br

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Veja o mapa interativo com as localidades por onde a chama passará no Brasil:

Mateus Baeta, Valeria Barbarotto, Vagner Vargas e Luiz Roberto Magalhães – Brasil2016.gov.br