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Geral

31/07/2016 14h11

Jogos Rio 2016

Thomas Bach declara que água da Baía de Guanabara está no padrão da OMS

Presidente do COI afirma ainda que teremos Jogos “à la Brasil” e que o banimento de atletas russos não é uma falha do comitê ou do movimento olímpico

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, declarou neste domingo (31.07) que a água da Baía de Guanabara está em acordo com os níveis da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em coletiva de imprensa concedida no Centro Principal de Mídia do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, Bach também mostrou satisfação com os ajustes na Vila dos Atletas e comentou sobre o caso de manipulação no sistema de antidopagem da Rússia.

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Foto: Getty Images

A coletiva de imprensa com o presidente ocorre um dia após a reunião do Conselho Executivo, em que foi discutida a entrega dos Jogos e houve o anúncio a imprensa de que 80% dos ingressos para os Jogos Olímpicos já foram comercializados

Sobre a Baía de Guanabara, na reunião foi apresentado pelo Comitê Organizador Rio 2016 um relatório dos resultados dos testes na água feitos nos últimos 30 dias. “Estamos fazendo quatro testes por dia, que mostram que o espaço está de acordo com a OMS. Todas as providências estão sendo tomadas para retirar qualquer resíduo sólido da Baía”, declarou o presidente. Ele disse não haver grandes preocupações com a entrega do megaevento. “Teremos Jogos à la Brasil, cheios de paixão e alegria de viver”.

Estamos fazendo quatro testes por dia, que mostram que o espaço está de acordo com a OMS. Todas as providências estão sendo tomadas para retirar qualquer resíduo sólido da Baía

Já em relação à Vila dos Atletas, Bach minimizou os problemas, apontados principalmente pela delegação australiana, e elogiou os rápidos ajustes. “Fui para a Vila assim que cheguei ao Brasil, direto do aeroporto. Já podia sentir a atitude positiva e o espírito que os atletas mostraram. Fui apresentado ao que tinha sido feito em 24 horas. É fantástico. Ficou uma Vila linda. Houve uma cooperação dos Comitês e todos trabalharam juntos para fazer da Vila um grande sucesso”, declarou.

Bach também comentou sobre o legado dos Jogos, afirmando que “todas as peças do tabuleiro estão sendo montadas”. Segundo ele, “a gente vê que o legado está tomando forma”. Bach participou da cerimônia de entrega da Linha 4 do metrô do Rio no sábado (30.07) e enalteceu a transformação da cidade. “Vimos que 300 mil passageiros por dia serão atendidos por esta nova linha. Também visitei o Porto Maravilha, que mostra uma reforma completa do centro histórico. O Rio, com os Jogos Olímpicos, desfrutou de um crescimento maior e mais equitativo do que qualquer cidade do Brasil nos últimos sete anos”, apontou.

A cinco dias da abertura, Bach declarou que sua expectativa é de que o Brasil realize grandes Jogos. “Como sempre, teremos desafios de última hora, mas com tudo o que vimos nos meses recentes, nossos amigos brasileiros foram capazes de resolver os desafios. Estamos confiantes de que teremos grandes Jogos Olímpicos”, declarou o presidente.

Atletas russos

Outro tópico da reunião do Conselho Executivo realizada no sábado (30.07) foi sobre a decisão do Conselho do Comitê em relação à participação dos atletas russos nos Jogos do Rio. “O conselho executivo tomou ontem a decisão de delegar o poder do COI a um painel de três membros, presidido pelo presidente da Comissão Médica e Científica, e que conta com o presidente da Comissão de Arbitragem. Eles vão receber as recomendações que vieram do conselho de árbitros, confederações e especialistas independentes”, disse.

Bach afirmou, ainda, que a manipulação no sistema antidopagem russo não é de responsabilidade do Comitê Internacional. “Não é uma falha do COI ou do movimento olímpico e isso se deve a razões bastante óbvias. O Comitê não é responsável pelas informações que foram oferecidas à WADA, assim como não é responsável pelo credenciamento ou supervisão antidoping. No entanto, estamos enfrentando os problemas e estamos resolvendo o que temos que resolver”, declarou, lembrando que irá manter os possíveis infratores o mais distante possível dos Jogos Rio 2016.

Thomas Bach aproveitou também para minimizar a polêmica em torno da meio-fundista Yuliya Stepanova, delatora do escândalo de doping no atletismo da Rússia e que foi vetada pelo Comitê de participar dos Jogos no Rio. “O conselho executivo deixou claro que aprecia a contribuição de Stepanova na luta contra o doping e é por isso que oferecemos a ela apoio e assistência, os quais acredito que nenhuma outra organização tenha oferecido. Ela pode continuar sua carreira como atleta e poderá continuar vivendo pelo esporte”.

Para garantir que os Jogos no Brasil não apresentem falhas no sistema antidopagem, o presidente afirmou que os atletas pegos nos exames enfrentarão medidas independentes do Comitê. “No Rio, faremos cerca de 4,5 mil testes de urina e mais de mil testes de sangue. Os atletas não sofrerão sanções do COI, mas da corte de árbitros, que tomará medidas independentemente do Comitê”, disse.

Leonardo Dalla - brasil2016.gov.br