Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Nove atletas olímpicos brasilienses conduzirão a tocha na capital

Geral

28/04/2016 10h52

REVEZAMENTO DA TOCHA

Nove atletas olímpicos brasilienses conduzirão a tocha na capital

Joaquim Cruz, ouro nos Jogos de 1984, é um dos indicados pelo governo local. Festa de celebração, nesta terça (3.05), terá Daniela Mercury, Diogo Nogueira e nove atrações locais
1 | 13
Leila, Paula Pequeno, Hugo Parisi e Joaquim Cruz. Fotos: Getty Images e brasil2016.gov.br
2 | 13
Sede do Poder Executivo, o Palácio do Planalto é o ponto de partida para o tour da tocha no Brasil.
3 | 13
Catedral de Brasília, um dos pontos de passagem da tocha.
4 | 13
Conheça o trajeto da Tocha Olímpica em Brasília. Clique no mapa para ampliar.
5 | 13
Congresso Nacional, em Brasília, também receberá a visita da chama olímpica.
6 | 13
Memorial JK também será contemplado na passagem da tocha.
7 | 13
Na Ponte JK, a chama descerá de rapel para ser recebida por uma embarcação no Lago Paranoá.
8 | 13
Praça dos Três Poderes, um dos ícones da capital federal
9 | 13
A Torre de TV faz parte da reta final do tour da tocha.
10 | 13
A Tocha Olímpica: 143 condutores terão a honra de carregar o símbolo pelas ruas do Distrito Federal. Foto: Getty Images
11 | 13
12 | 13
Joaquim Cruz, com a medalha de ouro em Los Angeles, com Sebastian Coe à esquerda e o Earl Jones à direita. Foto: arquivo
13 | 13
Foto: Dênio Simões / Agência Brasília
atletas_brasilia_.jpg
04192016_planalto.jpg
04192016_catedral.jpg
mapa_brasilia_tocha1130.jpg
04192016_congresso.jpg
04192016_memorial.jpg
04192016_pontejk.jpg
04192016_trespoderes.jpg
04192016_torretv.jpg
1130GettyImages479350462.jpg
760mapa_tocha_brasilia.jpg
image.jpg
697e0c161ecee46ce6191a1559ce9e78_M.jpg

* Atualizada em 2.05.2016

Nove atletas olímpicos de Brasília — sete nascidos na cidade e dois radicados desde crianças — vão conduzir a tocha olímpica na capital por indicação do governo local. O revezamento nacional começará pela cidade nesta terça, 3 de maio. A festa de celebração terá nove artistas locais e será encerrada por Diogo Nogueira e Daniela Mercury, na Esplanada dos Ministérios.

697e0c161ecee46ce6191a1559ce9e78_M.jpg
Foto: Dênio Simões / Agência Brasília

Os condutores olímpicos indicados pelo governo de Brasília são: Joaquim Cruz, ouro no atletismo (800m) nos Jogos de Los Angeles (1984); Paula Pequeno, bicampeã olímpica de vôlei (Pequim-2008 e Londres-2012); Hugo Parisi, classificado para os Jogos do Rio e um dos principais nomes dos saltos ornamentais do país; Ketleyn Quadros, bronze no judô em Pequim-2008; Leila Barros, medalhista no vôlei em duas edições olímpicas; João José Vianna, o ex-jogador de basquete Pipoka, ouro pan-americano e atleta da seleção brasileira por 13 anos; Lúcio, pentacampeão com a seleção brasileira de futebol na Copa de 2002; Leandro Macedo, dono da melhor colocação de brasileiros no triatlo em Olimpíadas; e Joilto Bonfim, duas vezes campeão sul-americano e sete vezes campeão brasileiro nos 110 metros com barreiras.

Além desses, foram indicados pelo Executivo local para carregar o símbolo olímpico: Bruna Camargo, Felipe Rondina, Flávia Cantal, Elaine Silva, Haudson Alves, Ícaro Ludgero, João Batista, Kamukaiaka Lappa, Mackinley Souza, Manoel Messias, Quedson Conceição, Rubens Pompeu e Wellington Nascimento.

Atletas universitários e que atuam nas forças de segurança pública somam-se aos 25 condutores indicados pelo governo. O percurso da chama na cidade passará por cinco regiões administrativas e terá 105 quilômetros — dos quais 40 quilômetros serão conduzidos.

» Veja mais detalhes sobre o Revezamento da Tocha em Brasília

» Veja a lista de condutores confirmados pela Rio 2016 para o revezamento em Brasília


Encerramento

Ao fim do revezamento, a tocha olímpica vai ser entregue para celebração na Esplanada dos Ministérios. A previsão é que isso ocorra por volta das 20h20. Antes disso, porém, desde as 16 horas, haverá apresentações musicais no palco que ficará montado no gramado central, na altura da Biblioteca Nacional de Brasília.

Iniciam a festa nove atrações locais — Ellen Oléria, Renata Jambeiro, Dhi Ribeiro, Zé do Pife e as Juvelinas, Zé Regino, Mamulengo Presepada, Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, Boi do Seu Teodoro e Associação Cultural Namastê. No encerramento apresentam-se Diogo Nogueira e Daniela Mercury.

Os cachês dos artistas da cidade serão pagos com verba de R$ 250 mil de convênio da pasta de Cultura com o Ministério da Cultura. Os recursos para pagamento aos cantores nacionais, que também somam R$ 250 mil, são de convênio da Secretaria-Adjunta de Turismo, da pasta do Esporte, Turismo e Lazer, com o Ministério do Turismo.

Conheça alguns condutores da tocha olímpica indicados pelo governo de Brasília:

Joaquim Cruz

Joaquim Cruz foi escolhido pela história de glórias nas pistas de atletismo e pela relação com Brasília. Nascido em Taguatinga, em 1963, ainda adolescente, teve a formação esportiva iniciada no Sesi da região administrativa — primeiro no basquete e só depois nas pistas de corrida. O talento precoce o fez conquistar o recorde mundial juvenil em 1981, resultado que o levou aos Estados Unidos.

Nos Jogos de Los Angeles, em 1984, aos 21 anos, chegou à final dos 800 metros como um dos favoritos, graças ao bronze no Mundial de Helsinque de 1983. Conquistou o ouro e o recorde mundial. Na Olimpíada de Seul (1988), Cruz ficou com a prata. Ainda tem no currículo dois títulos pan-americanos nos 1.500 metros (Indianápolis-1987 e Mar del Plata-1995). Mora nos Estados Unidos, onde treina a equipe paralímpica de atletismo. Em Brasília, por meio do Instituto Joaquim Cruz, dá apoio a 120 crianças e adolescentes de 12 a 17 anos.

» Joaquim Cruz: detalhes de um ouro inesquecível

Leila, Paula Pequeno, Hugo Parisi e Joaquim Cruz. Fotos: Getty Images e brasil2016.gov.br

 

Paula Pequeno

Nascida em Brasília, em 1982, Paula Renata Marques Pequeno, ou Paula Pequeno, é bicampeã olímpica no vôlei (Pequim-2008 e Londres-2012). Aos 34 anos, a atleta defende a equipe Brasília Vôlei. Com passagens por times brasileiros e internacionais, foi eleita duas vezes a melhor jogadora de voleibol feminino do mundo (2005 e 2008). Em 2011, ganhou o ouro pela seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos. Disputou o Grand Prix de 2012, no qual o Brasil foi vice-campeão, atrás dos EUA. Na competição, destacou-se como a brasileira mais bem colocada nas estatísticas de recepção, a terceira maior pontuadora, a segunda melhor atacante e a segunda melhor defensora.

Hugo Parisi

Representante olímpico do Brasil nos saltos ornamentais desde Atenas 2004, Hugo Parisi disputará os Jogos pela quarta vez. No Rio 2016, o atleta busca um feito inédito para o país: estar entre os 12 finalistas da competição na prova de plataforma de 10 metros. O brasiliense, de 31 anos, nasceu na Asa Norte e passou a infância e início da adolescência em Taguatinga. Um dos maiores nomes nacionais da modalidade, começou a treinar aos sete anos, no antigo Departamento de Educação Física, Esportes e Recreação (Defer).

Além das Olimpíadas de Atenas 2004, Parisi disputou Pequim 2008 e Londres 2012, os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto 2015. Em 2014, foi semifinalista na Copa do Mundo de Saltos Ornamentais de Xangai, na China. Nas conquistas, somam-se 25 títulos no Campeonato Brasileiro Absoluto, cinco no Sul-Americano, três medalhas de bronze no Circuito Mundial e terceiro lugar nos Jogos Mundiais Universitários.

Ketleyn Quadros

Em 2008, a judoca brasiliense consagrou-se ao conquistar o bronze em Pequim. Com o pódio, Ketleyn Quadros tornou-se a primeira mulher brasileira a faturar uma medalha olímpica em esportes individuais.

Lúcio

Pentacampeão com a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo de 2002, o zagueiro Lúcio iniciou a carreira na cidade natal. Antes de passar por clubes de peso (Internacional, Bayer Leverkusen, Bayern de Munique, Inter de Milão, Juventus, São Paulo e Palmeiras), estreou na vida de jogador profissional no Planaltina-DF e no Clube de Regatas do Guará.

Com a equipe olímpica do Brasil, foi para os Jogos de Sydney 2000. Pela seleção principal, além da Copa de 2002, disputou os Mundiais de 2006 e 2010, sendo capitão no último. No mesmo ano, conquistou a Liga dos Campeões pelo Inter de Milão. No currículo, soma também um Mundial de Clubes, três Campeonatos Alemães e um título no Italiano.

Pipoka

O ex-jogador de basquete João José Vianna, conhecido pelo apelido Pipoka, integrou a seleção brasileira por 13 anos — de 1985 a 1998. Começou a jogar aos 10 anos na Asa Sul. Mais tarde, com 16, deixou o solo candango para atuar em São José dos Campos (SP). Teve passagem por diversos clubes do país e pela principal liga de basquete do mundo, a NBA. De volta à cidade natal, em 2004, jogou no time da capital, o UniCeub/BRB/Brasília, onde encerrou a carreira em 2007.

Com o Brasil, conquistou o histórico ouro dos Jogos Pan-Americanos de Indianópolis em 1987 sobre a seleção norte-americana e foi bronze com a seleção brasileira juvenil no Mundial da categoria, em 1983. Participou também do Pan de Havana, em 1991, das Olimpíadas de Seul (1988), de Barcelona (1992) e de Atlanta (1996), e dos Mundiais de Basquete de Madri (1986), da Argentina (1990), de Toronto (1994) e de Atenas (1998). Depois que deixou as quadras, passou a trabalhar como professor universitário de educação física e foi servidor da pasta do Esporte como gestor de centros olímpicos.

Leandro Macedo

De atleta a técnico, Leandro Macedo conquistou os principais títulos do país no triatlo e agora treina novos talentos. Esteve na estreia da modalidade no programa olímpico da edição de Sydney, em 2000, e, 16 anos depois, ainda é dele o melhor resultado brasileiro em Olimpíadas, na disputa masculina, com o 14º lugar. Gaúcho de Porto Alegre (RS), mudou-se para Brasília em 1974, aos seis anos, onde começou no esporte aos 18.

Foi campeão do Circuito Mundial de Triathlon, em 1991, e ouro nos Jogos Pan-Americanos em Mar Del Plata, em 1995. Depois de um bronze do Campeonato Mundial de Triathlon de Cleveland, nos Estados Unidos, em 1996, conquistou medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos do Rio de Janeiro, em 2002. Além de Sydney, participou dos Jogos de Atenas 2004. Em seguida, encerrou a carreira de triatleta profissional e se dedicou ao treinamento esportivo. É técnico de novos talentos da Confederação Brasileira de Triathlon.

mapa_brasilia_tocha1130.jpg
Conheça o trajeto da Tocha Olímpica em Brasília. Clique no mapa para ampliar.

Flávio Guimarães

Representando o esporte universitário, Flávio Guimarães, goiano que veio para Brasília aos três anos, em 1986, divide-se entre os treinos de atletismo e as aulas de direito. Sem índice para os Jogos do Rio, ele visa à preparação na expectativa de chegar à Olimpíada do Japão, em 2020. No esporte, começou no triatlo aos 15, influenciado por um parente distante que praticava a modalidade. Como o seu forte era a corrida, treinadores orientaram-no a mudar para o atletismo, no qual foca em provas longas e na maratona.

Entre os melhores resultados, obteve o de campeão sul-americano de meia maratona na edição do Paraguai, em 2013; dos Jogos Universitários Brasileiros de 2014, na prova de 5000 metros; e de top 10 na Maratona de Turim (Itália) de 2013.

Alan Blanco

Ex-atleta de judô, Alan Blanco divide a carreira na Polícia Civil do Distrito Federal com o esporte. Praticando desde os 13 anos, ele ganhou maiores chances na modalidade quando ingressou na corporação, aos 31 anos, no cargo de papiloscopista policial, e passou a representar a categoria em competições internacionais.

Participou dos Jogos Mundiais de Policiais e Bombeiros de Barcelona, em 2003, nos quais conquistou o segundo lugar na categoria 81 kg, e de Quebec, 2005, em que se sagrou campeão. Nas conquistas do faixa preta estão também: o bicampeonato da Olimpíada da Secretaria de Segurança Pública do DF (2002 e 2003), o Campeonato Estudantil de Brasília (1987), o Campeonato Brasiliense Categoria Júnior (1988), o Campeonato Centro-Oeste Categoria Júnior (1989), o Campeonato Brasiliense Universitário (1994) e o bronze nos Jogos Universitários Brasileiros (1994). Há dez anos é instrutor de defesa pessoal na Academia da Polícia Civil.

Joilto Bonfim

Especialista na prova de 110 metros com barreiras, Joilto Bonfim — nascido no Rio de Janeiro (RJ), mas radicado em Brasília desde 1971, quando tinha seis anos — dedicou 18 anos ao atletismo. A carreira no esporte de alto rendimento começou em 1981, no Centro Interescolar de Educação Física, na Asa Sul, depois de ser descoberto por professores no Ginásio do Guará. Já no ano seguinte, classificou-se para a Gymnasiade de Lille, os Jogos Mundiais Escolares, e levou o bronze na prova de 320 metros com barreiras. Também foi à Universidade de Zagreb, Jogos Mundiais Universitários, em 1987, e terminou em quinto lugar nos 110 metros com barreiras.

Participou dos Jogos Olímpicos de Barcelona (1992) e, no Pan-Americano de Havana (1991), ficou na sétima colocação na prova de 110 metros com barreiras. De Campeonatos Sul-Americanos, são dois ouros e três bronzes, e sete vezes campeão brasileiro. Além disso, competiu nos Mundiais de Atletismo de 1991, 1993 e 1995. Depois de bater recordes e competir pelo país, aposentou-se das pistas de atletismo em 1999 e seguiu para a carreira pública. É engenheiro civil e trabalha na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

Darilene Lopes

Servidora do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), Darilene Lopes começou a vida de atleta em 2002, quando ganhou medalha de prata nos 10 quilômetros da 1ª Olimpíada de Integração da Secretaria de Segurança Pública. Depois disso não parou mais, conquistando títulos até a 6ª edição. Em 2012 e em 2014, ficou com o primeiro lugar na Corrida Verde. Depois de sete anos de corridas mais longas, venceu a primeira do Dia Mundial do Meio Ambiente, na prova feminina. Também ocupou o lugar mais alto do pódio na Cross Urbano Caixa.

Hélvio Pompílio

Único policial militar cadeirante de Brasília na ativa, Hélvio Pompílio trabalha na Subseção de Comunicação Social do 11º Batalhão, em Samambaia. O PM perdeu o movimento das pernas em março de 2012, depois de ser gravemente ferido ao impedir que um supermercado da região administrativa fosse assaltado por dois bandidos.

05022016_GettyImages1130A.jpg
Leila durante os Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália, em 2000. Foto: Getty Images

Leila Barros

Aos 17 anos, a medalhista olímpica em duas edições Leila Barros saiu da casa dos pais, na QSD 39, em Taguatinga. Era o fim dos anos 1980 e o voleibol ainda não se destacava como o segundo esporte mais popular do país. Vinte e cinco anos depois, em 2013, retornou a Brasília consagrada como uma das melhores jogadoras que vestiu a camisa da seleção brasileira.

Conquistou duas medalhas olímpicas, os bronzes em Atlanta (1996) e em Sydney (2000), além de diversas outras marcas com a equipe nacional, como uma prata (Japão-1995) e um bronze (Japão-1999) em mundiais, quatro títulos do Grand Prix e um ouro pan-americano (Winnipeg-1999). De volta à cidade de origem, fundou o Brasília Vôlei, equipe que disputa a Superliga Feminina. É secretária do Esporte, Turismo e Lazer do Distrito Federal.

Fonte: Agência Brasília