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23/05/2019 00h53

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Seleção feminina perde a primeira partida na Liga das Nações 2019 de vôlei

Equipe foi superada pela República Dominicana em Brasília no segundo desafio do time na competição. Nesta quinta-feira (23.05), o Brasil volta à quadra para enfrentar a Rússia

A renovada Seleção Brasileira de vôlei feminino que disputa a Liga das Nações 2019 não teve vida fácil na noite desta quarta-feira (22.05), no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Depois de vencer a China – que não veio para o Brasil com sua equipe principal – na terça-feira (21.05), o time do técnico José Roberto Guimarães encarou a República Dominicana, do técnico brasileiro Marcos Kwiek, e não conseguiu evitar a derrota por 3 sets a 1, com parciais de 25/22, 25/20, 22/25 e 28/26.

O resultado marcou o primeiro revés do time verde e amarelo na competição. Nesta quinta-feira (23.05), no mesmo local, o time enfrenta a Rússia, no fechamento da primeira rodada da Liga das Nações. A Rússia também não veio com força máxima e, mas venceu a China por 3 a 1 na preliminar ao jogo do Brasil.

#PraCegoVer: A ponteira da Seleção Brasileira de vôlei feminino Amanda ataca na partida contra a República Dominicana, válida pela Liga das Nações 2019, disputada em Brasília
A ponteira Amanda encara o bloqueio das dominicanas em Brasília: rivais tiveram melhor aproveitamento no fundamento do que as brasileiras e fizeram 12 pontos, contra 6 das donas da casa. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

Depois do duelo desta quinta, a Seleção trilha uma longa caminhada nas próximas quatro semanas na fase de classificação da Liga das Nações. O Brasil tem pela frente mais 12 jogos, em quatro cidades estrangeiras, de três continentes: Apeldoorn, na Holanda; Lincon, nos Estados Unidos; Tóquio, no Japão; e Ankara, na Turquia (veja tabela abaixo).

Dificuldades

Contra as dominicanas, o Brasil enfrentou dificuldades nos dois primeiros sets. A equipe cometeu muitas falhas, tanto no sistema ofensivo quanto defensivo, e o resultado foi que as rivais não tiveram problemas para abrir 2 x 0.

#PraCegoVer: Jogadoras da República Dominicana saltam para bloquear em partida contra o Brasil em Brasília
Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

No primeiro set, a Seleção não esteve à frente no placar em nenhum momento e a história praticamente se repetiu na segunda etapa.

A partir do terceiro set, o volume de jogo do Brasil aumentou e, com o apoio da torcida, as donas da casa abriram 12/5. As dominicanas, entretanto, buscaram o empate e igualaram em 19/19, mas o time de Zé Roberto suportou a pressão para fechar em 25/22.

A quarta e última parcial marcou o melhor momento do confronto. Apesar de o Brasil ter ido para o segundo tempo técnico com vantagem de 16/12, as adversárias, lideradas por Bethania, com 18 pontos na partida, e por Martinez, com 20 pontos, novamente reagiram. O Brasil ainda conseguiu salvar dois match points, mas, no terceiro, as dominicanas fecharam em 28/26 e selaram o triunfo. Gabi e Ana Paula foram as que mais pontuaram pelo Brasil. A primeira foi muito acionada durante toda a partida e marcou 29 pontos. A segunda contribuiu com outros 12.

“Há duas coisas que a gente não conseguiu fazer: primeiro nosso saque não foi tão agressivo quanto precisava. E a segunda coisa foi o bloqueio. Fizemos só seis pontos de bloqueio. E isso acabou complicando um pouco. Elas foram criando confiança”, analisou Zé Roberto.

Ele afirmou que o time precisa equilibrar mais as ações ofensivas para não sobrecarregar a ponteira Gabi. “Em alguns momentos o nosso time contra-atacou bem. Quem botou muita bola no chão foi a Gabi. Nesse jogo ela ficou um pouco sobrecarregada. A gente precisa distribuir um pouco melhor para as outras”.

“Foi uma vitória importante, pelo o que o Brasil representa no voleibol mundial. Para a gente, é um crescimento”, comemorou o técnico da República Dominicana, Marcos Kwiek. “A gente sabe que não é a equipe principal do Brasil, mas essas meninas estão acostumadas a jogar a Superliga, têm atletas bem rodadas. Meu time é rodado também, mas muito novo. Tenho só duas jogadoras com mais de 30 anos. Então, para a gente, ganhar sempre é um degrau a mais na evolução”, continuou o treinador.

A capitã Gabi, 25 anos, bronze no Mundial de 2014 e bicampeã do Grand Prix (2013 e 2014), também fez uma análise do confronto e reconheceu o melhor momento das rivais no jogo desta quarta-feira. “Foi um jogo difícil, mas vale ressaltar a partida que a República Dominicana fez. Começaram agressivas, no saque principalmente, e hoje o nosso saque não funcionou bem. A gente não começou a partida como ontem, com o mesmo volume de jogo. O bloqueio e a defesa não estavam ajustados, o que fez com que elas jogassem mais soltas no ataque, que é a grande qualidade do time delas”, afirmou a jogadora.

Gabi ressaltou que o mais importante agora é virar a chave, esquecer o jogo contra as dominicanas e pensar nas russas. “A gente tem um longo caminho na Liga das Nações, tem muita coisa para acontecer ainda. É descansar hoje e analisar os erros, porque a gente tem um jogo dificílimo contra a Rússia e esses três pontos são importantes para a gente”, ressaltou a capitã brasileira.

Quem também não espera um duelo tranquilo contra a Rússia é o técnico Zé Roberto, que elogiou o próximo rival, mesmo ciente de que a equipe não é o time principal do país europeu. “Elas fizeram um jogo difícil contra a República Dominicana, tanto é que também foi 3 x 1 (para as dominicanas). As dominicanas não tiveram vida fácil. É um time jovem, mas que já está na estrada há algum tempo. Tem uma canhota na saída de rede que tem feito a diferença nos contra-ataques; tem uma central, a mais velha, que joga no primeiro time da Rússia, que é titular e é boa jogadora; e tem a levantadora reserva que está aí. É um time que deixou as jogadoras principais na Rússia, mas que ganhou da China por 3 x 1 e vamos esperar um jogo difícil”, finalizou o técnico tricampeão olímpico.

Liga das Nações

A Liga das Nações, criada no ano passado e que substituiu o Grand Prix, reúne 16 seleções, que se enfrentam em uma verdadeira maratona de 130 jogos em 21 cidades-sede pelo mundo. São cinco etapas e, ao final, os cinco melhores times e mais a China, anfitriã das finais, se enfrentam pelo título em Nanjing, entre os dias 3 e 7 de julho.

 

Jogos da seleção feminina na Liga das Nações de Vôlei 2019 (fase classificatória)

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Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Brasil (Brasília)

21 de maio - Brasil 3 x 0 China
25/15, 25/21 e 25/21
22 de maio - Brasil 1 x 3 República Dominicana
22/25, 20/25, 25/22 e 26/28
23 de maio - Brasil x Rússia - 20h

Holanda (Apeldoorn)

28 de maio - Holanda x Brasil - 14h30
29 de maio - Polônia x Brasil - 11h30
30 de maio - Brasil x Bulgária - 14h30

Estados Unidos (Lincoln)

4 de junho - Brasil x Alemanha - 18h30
5 de junho - Coreia do Sul x Brasil - 18h30
6 de junho - Estados Unidos x Brasil - 21h30

Japão (Tóquio)

11 de junho - Japão x Brasil - 7h10
12 de junho - Brasil x Tailândia - 3h40
13 de junho - Brasil x Sérvia - 3h40

Turquia (Ankara)

18 de junho - Brasil x Itália - 10h
19 de junho - Bélgica x Brasil - 10h
20 de junho - Turquia x Brasil - 13h

 

 Luiz Roberto Magalhães – rededoesporte.gov.br