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25/11/2016 21h16

Paralimpíadas Escolares

São Paulo conquista o título das Paralimpíadas Escolares pela quarta vez

Estado superou Santa Catarina e Rio de Janeiro para ficar com a primeira posição. Foram 74 medalhas de ouro, 48 de prata e 14 de bronze

Competindo em casa, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, São Paulo conquistou o título das Paralimpíadas Escolares 2016. Foi a quarta vez que o estado terminou a competição na primeira posição, com 74 medalhas de ouro, 48 de prata e 14 de bronze, somando 438 pontos. O pódio foi completado por Santa Catarina (358 pontos, com 40 ouros, 19 pratas e 17 bronzes) e Rio de Janeiro (344 pontos, com 31 ouros, 18 pratas e 19 bronzes).

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Delegação de São Paulo conquistou um total de 136 medalhas ao longo dos três dias de competição. Foto: Daniel Zappe/CPB

“Foi muito positivo, sempre é. No ano retrasado diminuímos a idade máxima de 21 para 17 anos e em 2015 tivemos cerca de 650 atletas. Este ano houve um estímulo dos estados em incentivar os atletas e chegamos a 934. É um prazer muito grande”, comemora Ramon Pereira, coordenador de esporte escolar do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Foram três dias de competição em oito modalidades: atletismo, bocha, futebol de 7, goalball, judô, natação, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas. Para o próximo ano, a expectativa é de que haja disputas em mais esportes.

“A gente sempre tem que renovar e mudar alguma coisa. Para 2017, a perspectiva é de incluir o futebol de 5 e o vôlei sentado. Também vamos organizar clínicas para os técnicos. Quando o técnico tem a informação, ele passa para os atletas e vai descobrir mais talentos. Dando um atendimento melhor, o nível técnico melhora e assim vamos ter representantes mais novos para o país”, destaca Ramon.

Para os atletas, além das medalhas, o fato de poder competir na recém-inaugurada estrutura do Centro de Treinamento também foi motivo de comemoração e inspiração. Medalha de bronze nas duplas no tênis em cadeira de rodas e uma das 10 melhores do mundo na categoria juvenil na modalidade, Maria Fernanda Alves, de Brasília, pretende voltar mais vezes ao local pensando no futuro.

“Foi tudo muito bom, está tudo lindo. É massa estar em um lugar em que os atletas paralímpicos também estavam. Espero um dia estar aqui treinando. Para Tóquio, quem sabe? Dá um ânimo”, comenta.

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Evento contou com provas de atletismo, bocha, futebol de 7, goalball, judô, natação, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas. Foto: Daniel Zappe/CPB

Onde tudo começou

Aos 18 anos, a nadadora Esthefany Rodrigues esteve no último dia de competições das Paralimpíadas Escolares para assistir às provas e conversar com os jovens competidores. Hoje integrante da seleção brasileira adulta paralímpica, ela tem na carreira quatro participações no evento escolar e lembra com carinho da competição.

“Foi onde comecei, foi o pontapé inicial. Uma etapa importante. Foram quatro anos participando e as primeiras provas que disputei e medalhas que ganhei. É onde você conhece todo mundo e se prepara para entrar na seleção. Aprende a conviver em competições, a ter responsabilidade e se diverte”, recorda a nadadora. “Foi muito bacana conhecer os atletas que já estavam na seleção. Hoje estou do outro lado e é muito legal ver o sorriso deles conquistando a primeira medalha. Me vejo ali alguns anos atrás”, conta.

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Esthefany (D) e a "irmã" Mayara Petzold: começo de carreira nas Paralimpíadas Escolares. Foto: CPB

Uma das beneficiadas foi Mayara Petzold, de apenas 14 anos. Ela, que já nada também entre os adultos, conquistou três medalhas de ouro nas Paralimpíadas Escolares e ouviu dicas de Esthefany para a disputa do Parapan de Jovens, marcado para março de 2017, também no CT Paralímpico.

“Ela falou: treina, só treina. Bastante”, ri a atleta. “Como fui convocada para o Parapan, ela falou para eu focar muito na hora da prova. No Escolar a gente faz bastante amigos, mas ela disse que no Parapan eu tenho que concentrar só nas provas, nada de fazer amigos”, brinca a catarinense de Joinville.

Vagner Vargas – Brasil2016.gov.br