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09/06/2015 10h09

Saltos ornamentais: Treinos no Centro de Excelência elevam o nível técnico dos atletas para o Pan

Técnica do Fluminense e da Seleção Brasileira, Andréia Boehme elogia a estrutura da UnB e afirma que os trabalhos realizados em Brasília ajudaram na preparação para o Pan e o Mundial

A técnica Andréia Boehme, do Fluminense e da Seleção Brasileira, aproveitou a semana de treinamento intensivo no Centro de Excelência em Saltos Ornamentais da Universidade de Brasília (UnB), em maio, para treinar mais saltos novos com seus atletas. O plano é incorporar os novos saltos às apresentações depois do Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, disputados entre 10 e 26 de julho, e do Mundial de Desportos Aquáticos de Kazan, na Rússia, entre 17 de julho e 2 de agosto.

Para a treinadora, houve melhora nas entradas, por exemplo, pois o trabalho em Brasília foi facilitado pelos equipamentos existentes no Centro de Excelência, comprados com recursos do Ministério do Esporte. “Mesmo com um tempo curto, deu para ver uma evolução dos atletas”, afirma Andréia.

Vídeo: Conheça o Centro de Excelência em Saltos Ornamentais, em Brasília

A semana de treinamento em Brasília precedeu o Troféu Brasil de Saltos Ornamentais, que serviu como terceira e última seletiva para a definição das equipes que defenderão o país no Pan e do Mundial. Com equipamentos como cinto de segurança, trampolim em seco (o salto é feito em um tanque de espuma picada) e camas elásticas no nível do solo, o treino se torna bem mais produtivo. “Fazemos toda a nossa base no seco, o que rende mais em número de saltos, porque não é preciso subir as tantas vezes no trampolim ou na plataforma. Os atletas trabalham mais e se cansam menos. O maior número de repetições resulta em mais qualidade quando vamos para a água”, explica a técnica.

Outro ponto importante, segundo Andréia Boehme, foi a possibilidade de utilizar os equipamentos de vídeo no Centro de Excelência. Eles serviram para filmar os movimentos e depois mostrá-los aos atletas para que ficasse bem claro o que devia ser corrigido. “Para os atletas, é muito bom o equipamento da UnB, porque eles vêem a evolução que conseguem ter e passam a acreditar mais. Muitas vezes, só com a gente falando é mais difícil de eles entenderem. Vendo, ajuda na compreensão”, diz. “No Fluminense, temos um método tupiniquim, adaptado”, brinca a técnica, referindo-se ao improviso que precisa fazer com seu IPad.

Francisco Medeiros/ME
Francisco Medeiros/ME#O Troféu Brasil foi disputado em maio, no Centro de Excelência em Saltos Ornamentais da Universidade de Brasília (UnB)
O Troféu Brasil foi disputado em maio, no Centro de Excelência em Saltos Ornamentais da Universidade de Brasília (UnB)

Apenas com a descentralização de recursos do Ministério do Esporte para a UnB, utilizados na estruturação do Centro de Excelência – hoje, o melhor do Brasil –, foram aplicados R$ 800 mil. Em convênios assinados com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), o Ministério repassou mais de R$ 12 milhões no total (perto de R$ 3 milhões foram para os saltos ornamentais).

Para trabalhar saltos novos, como diz Andréia, o equipamento do Centro de Excelência seria excelente. Entretanto, não haverá tempo suficiente para apresentar as novidades de seus atletas no Pan e no Mundial. “Está muito em cima. Existe uma fase preparatória para saltos novos, que estão quase prontos. Vamos para os eventos e vamos continuar treinando. No caso da Ingrid Oliveira, por exemplo (que foi para os Jogos Olímpicos da Juventude em 2014), são três mortais e meio de costas, grupados. Se ela, com 2,9 de nota, já vem competindo bem no adulto, chegando a 3,3,  como um grau de dificuldade maior na plataforma de 10 metros, fechamos uma série, para pensarmos em resultados melhores. E ela já mostrou boa evolução, porque tem pouco tempo de treinamento nos saltos ornamentais.”

Sobre o Pan de Toronto, Andréia acredita que o Brasil terá uma “briga boa” com os Estados Unidos, com chance de medalha no salto sincronizado – com Ingrid e Giovanna Pedroso. Para o Mundial, o objetivo maior é passar para as semifinais (são 18). “O Mundial dá 12 vagas para os Jogos Olímpicos. Mas teremos depois o evento-teste, no Rio de Janeiro, de 19 a 24 de fevereiro, onde mais vagas estarão em disputa.”

A equipe que competirá no Pan de Toronto será formada por Giovanna Pedroso, Ingrid Oliveira, Juliana Veloso e Tammy Galera Takagi, no feminino; e César Castro, Hugo Parisi, Ian Matos e Jackson Rondinelli, no masculino. Para o Mundial, irão os oito do Pan e mais Luana Lira (19 anos), Luiz Felipe Outerelo e Isaac Souza Filho (15 anos).

Denise Mirás – Ministério do Esporte