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Tenis de mesa

26/11/2015 14h24

Tênis de mesa

Presidente da Federação Internacional de Tênis de Mesa acredita na possibilidade de medalha para o Brasil em 2016

O alemão Thomas Weikert exaltou o crescimento do esporte no país e adiantou que quer trabalhar para fortalecer a modalidade na América Latina

O Aquece Rio Tênis de Mesa, evento-teste oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016, disputado na semana passada na capital fluminense, reuniu os principais nomes da Seleção Brasileira e, além dos atletas, contou com uma visita ilustre nas arquibancadas. O alemão Thomas Weikert, presidente da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), visitou o país pela primeira vez e declarou que, baseado no crescimento da modalidade nos últimos anos no cenário internacional, acredita na possibilidade de um pódio para o Brasil no ano que vem.

O alemão Thomas Weikert, presidente da Federação Internacional de Tênis de Mesa. Foto: Christian Martinez

“Eu estou feliz que os atletas brasileiros estão aqui (no evento-teste), porque eles melhoraram e melhoraram muito. Nós olharemos o chaveamento daqui a alguns meses e talvez para os homens haja uma chance de medalha, nas equipes”, afirmou Weikert.

O otimismo do dirigente se deve principalmente ao novo patamar atingido pelo tênis de mesa brasileiro depois dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Desde então, o país obteve seus melhores resultados da história em Campeonatos Mundiais (incluindo paralímpicos), Jogos Olímpicos da Juventude, Jogos Pan-Americanos, Jogos Parapan-Americanos e Circuito Mundial.

“As jogadoras também estão melhorando. A Bruna Takahashi foi excelente no Desafio Mundial de Cadetes. Eu também estava lá e a vi”, disse, referindo-se à competição que também foi disputada em solo carioca. “Todos têm um bom treinamento, participam de vários eventos do Circuito Mundial e os homens jogam na Europa. O Rio só está a oito meses de distância, se tivessem mais tempo seria melhor. Mas acho que será um bom campeonato para eles e no futuro podem crescer ainda mais”, apostou o dirigente.

Para Weikert, o evento-teste no Rio de Janeiro atingiu as expectativas do que se propunha, visando otimizar o trabalho dos organizadores do Comitê Rio 2016 para a hora em que os melhores do mundo estiverem na cidade.

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Gustavo Tsuboi é o melhor brasileiro no ranking mundial, na 41ª posição. Foto: Getty Images

“É um evento-teste, e, como tal, ele serve para experimentar os aspectos técnicos, ou seja: mesas, cor, o prédio, o piso (pela primeira vez no tênis de mesa, ele será verde). Acho que as cores estão legais. Elas se adequam às cores do Rio para as Olimpíadas e estou confiante de que, se houver quaisquer problemas, nós os resolveremos”, avaliou o alemão.

O presidente da ITTF também falou sobre o fato de os melhores do mundo não terem disputado o evento-teste no Rio, sem demonstrar qualquer insatisfação. “Eles estão se preparando para grandes competições, além das Olimpíadas, Campeonatos Mundiais, o Grand Finals, em dezembro, em Lisboa. O Aberto da Suécia foi uma semana antes, então é difícil para os jogadores, especialmente os europeus e os chineses, virem aqui”, ponderou.

Weikert adiantou ainda que, baseado no crescimento do tênis de mesa no Brasil, ele planeja fortalecer a modalidade em toda a América Latina. “Eu tive uma longa reunião com o presidente Alaor (Alaor Azevedo, presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa) e discutimos alguns aspectos em que a ITTF pode ajudar e outros em que os brasileiros podem nos ajudar, porque a ITTF tem o programa de desenvolvimento e está interessada em que as parcerias na América Latina estejam melhorando. Não só no Brasil, claro”, contou Thomas.

O grande objetivo é que, após os Jogos Olímpicos no Rio, a modalidade esteja bem mais difundida e, assim, conquiste mais espaço na mídia, valorizando todos os envolvidos. Para tal, várias ações serão desenvolvidas na capital fluminense. “Esse é um grande mercado e queremos o tênis de mesa na televisão. Nós temos algumas ideias para promoção, porque estamos interessados aqui em termos casa cheia nos Jogos. Podemos promover o tênis de mesa aqui, talvez também com alguns jogadores europeus. Vamos ver...”, concluiu Weikert.

Fonte: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa