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Natação

13/08/2017 16h00

Natação

Pinheiros vence o José Finkel, que uniu estrelas consagradas e novos talentos

Integrantes da seleção que disputou o Mundial de Budapeste dividiram espaço com a nova geração das piscinas

A 46ª edição do Troféu José Finkel reuniu na piscina da Universidade Santa Cecília, em Santos/SP, uma mescla de experiência e juventude. Se por um lado a competição ratificou a importância de nomes que acabaram de retornar do Mundial de Budapeste, como Joanna Maranhão, Etiene Medeiros, Léo de Deus e César Cielo, por outro deu oportunidade para novas estrelas: Pedro Cardona, Fernando Scheffer, Vinícius Lanza, Pedro Spajari, entre outros. O José Finkel 2017, que foi realizado com recursos captados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, terminou com o Esporte Clube Pinheiros campeão geral do torneio, seguido por Minas Tênis Clube e Unisanta.

Integrantes da equipe do Pinheiros celebram a conquista do José Finkel 2017. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

No quinto e último dia de competição, os destaques foram Etiene Medeiros, que venceu os 50m nado livre com o tempo de 25s16; César Cielo, que voltou ao alto do pódio na prova em que se sagrou campeão olímpico: cravou 21s96 nos 50m livre. Já nos 800m, Joanna Maranhão, com 8min37s05, foi a campeã, deixando para trás Poliana Okimoto, bronze na maratona aquática dos Jogos Olímpicos Rio 2016. No revezamento 4 x 100 medley, a Unisanta venceu no feminino e o Minas Tênis Clubes no masculino.

"O José Finkel é uma das principais competições do país e foi realizado em um lugar simbólico. A Universidade Santa Cecília é uma grande incentivadora da natação e tem vários atletas na seleção", afirmou o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Rogério Sampaio.

O diretor de Natação da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Renato Cardoni, destacou a importância de nomes nacionais de peso na competição. "Foi uma edição importante, pois todos atletas que voltaram de Budapeste estavam aqui, com exceção do Bruno Fratus. Isso é legal para toda a comunidade conviver com esses atletas. Muitos deles ganharam suas provas, como Etiene, Léo de Deus, Cielo, Gabriel (Santos), a Joanna (Maranhão)", explicou.

Para Cardoni, a edição 2017 também ratificou o José Finkel como celeiro de revelações. "O que foi mais interessante em termos de novos talentos foi o Cardona, que ganhou os 100 metros nado peito; o Spajari, que foi segundo no 100m livre, mas no revezamento fez um tempo melhor que o campeão, na casa dos 48 segundos. O Vinicius Lanza, que ganhou os 100 metros borboleta e os 200 medley; o Fernando Scheffer, que ganhou os 200m livre na casa de 1min48s. Todas essas foram marcas muito expressivas e é de gente nova que está chegando para tentar fazer as próximas seleções adultas, assim como a que foi para Budapeste agora", disse.

Um dos grandes nomes da natação brasileiro, Nicholas Santos exibia com orgulho a prata conquistada no Mundial de Budapeste, onde se sagrou o nadador mais experiente a conquistar medalha na história da competição. Com as metas do ano cumpridas, Santos aprovou sua participação no José Finkel e, agora, vai descansar antes de voltar à rotina dos treinamentos. "O objetivo na competição era pegar as finais das provas de 100m, e consegui. Venci a prova dos 50m borboleta, fazendo novamente abaixo de 23 segundos. Agora é tirar duas semanas de férias para descansar e retomar os treinos. Estou bem cansado. Caí onze vezes na água pra nadar aqui. Faz parte, ajudei a equipe a pontuar em todas as provas. Foi superpositiva (a competição)", disse.

Rogério Sampaio destacou o apoio do Governo Federal ao esporte e no desenvolvimento de espaços para a revelação de talentos. "Os clubes e atletas mais importantes da natação brasileira estiveram aqui. Foi uma experiência importante, com o patrocínio dos Correios, com verba viabilizada via Lei de Incentivo ao Esporte. Então, a gente vê o esporte brasileiro bem estruturado, os eventos acontecendo. É por isso que a natação brasileira tem tido excelentes resultados, como o que conseguiu no Mundial de Budapeste, retornando com sua melhor participação", opinou.

Rafael Brais - Ministério do Esporte