Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Petrúcio bate próprio recorde mundial e Brasil faz dobradinha em Londres

Atletismo paralímpico

15/07/2017 19h00

Atletismo Paralímpico

Petrúcio bate próprio recorde mundial e Brasil faz dobradinha em Londres

Brasileiro estabelece a nova melhor marca dos 100m T47 (amputados de braço) no Mundial de Atletismo Paralímpico. Yohansson Nascimento fica em segundo

Dobradinha brasileira com recorde mundial. Não poderia ser mais perfeita a final dos 100m T47 no Mundial de Atletismo Paralímpico, disputado no Estádio Olímpico de Londres, na Inglaterra. Em sua estreia em Mundiais, o paraibano Petrúcio Ferreira não só venceu a prova, como melhorou seu próprio recorde mundial, com 10s53. O segundo lugar também foi para um brasileiro: Yohansson Nascimento, com 10s80. Fechou o pódio o polonês Michael Derus, que registrou 10s81.

Brasileiros foram os mais rápidos na final dos 100m T47. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

A antiga marca de Petrúcio era de 10s57 e havia sido estabelecida na conquista do ouro nos Jogos do Rio 2016. Petrúcio espanta, desta maneira, o fantasma que o assombrou no último Mundial, em Doha 2015. A dois dias da estreia, ele sentiu uma lesão na coxa direita que o impediu de correr. Agora, de forma dominante, deu a volta por cima. Na  semifinal, já havia cravado o novo recorde campeonato, com 10s67.   

"Essa medalha é tão importante quanto a que conquistei no Rio. Era um título que não tinha. Em 2015, fui para Doha, mas acabei me machucando, então sabia que tinha de correr atrás dessa conquista"
Petrúcio Ferreira 

"Essa medalha é tão importante quanto a que conquistei no Rio, no ano passado. Era um título que eu não tinha. Em 2015, fui para Doha, mas acabei me machucando, então sabia que tinha de correr atrás dessa conquista", disse o atleta, que sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo.  

Petrúcio consolida-se como o segundo paralímpico mais rápido da história. Ele está atrás apenas do irlandês Jason Smyth (T12 - baixa visão), que tem o tempo de 10s46. O brasileiro volta à pista na próxima sexta-feira, 21.07, para a disputa dos 200m - prova em que também é recordista mundial.

Petrúcio ao lado da nova melhor marca mundial da distância. Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

"Essa dobradinha era para ter vindo no Rio 2016! Lá, o polonês me venceu por três milésimos, mas agora dei o troco"
Yohansson Nascimento

Para Yohansson, a dobradinha tem um quê de revanche dos Jogos Paralímpicos e significou sua nona medalha em Mundiais (três ouros, quatro pratas e dois bronzes). "Essa dobradinha era para ter vindo no Rio 2016! Lá, o polonês me venceu por três milésimos, mas agora dei o troco. Estou muitíssimo feliz de mais uma vez dividir o pódio com o Petrúcio. Já são 12 anos de atletismo e nove medalhas em Mundiais. É uma marca histórica", afirmou o alagoano, de 29 anos, que nasceu sem as duas mãos. Yohansson e Petrúcio fazem parte da lista de atletas contemplados pela Bolsa Pódio, do governo federal.

Histórico

Esta é a oitava edição do Mundial de Atletismo Paralímpico. Cerca de 1.300 atletas de 100 países integram as 213 disputas por medalha, todas no Estádio Olímpico de Londres. Em 2015, em Doha, no Catar, o Brasil ficou com a sétima colocação no quadro geral de medalhas do evento. Foram oito medalhas de ouro, 14 de prata e mais 13 de bronze.  

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro