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Atletismo

15/09/2016 16h47

Jogos Paralímpicos

Mais de dois milhões de ingressos vendidos. Último fim de semana será de lotação esgotada

Evento no Rio de Janeiro já teve 167 recordes mundiais quebrados, 96 deles na natação. Com 49 pódios, Brasil supera a sua melhor campanha da história em número de medalhas

Atualizada às 20h30

O último fim de semana dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro será de instalações lotadas. As bilheterias já registram um número superior a dois milhões de ingressos vendidos (2,043 milhões), de um total de 2,7 milhões. O número total é o segundo maior da história do megaevento. Perde apenas para os Jogos de Londres (2,8 milhões), mas supera com folga a segunda melhor marca, registrada em Pequim (1,7 milhão).

"Só hoje (quinta-feira) vendemos 47 mil ingressos. Não temos mais ingressos disponíveis para o fim de semana", afirmou Mario Andrada, diretor executivo de comunicação do Comitê Rio 2016, em referência a sábado e domingo. "Restam pouquíssimos para a Cerimônia de Encerramento, no próximo domingo, no Maracanã. Menos de mil dos 35 mil colocados à venda", completou.

Perspectiva é de que o Parque Olímpico esteja cheio como no último fim de semana. Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br
"Não temos mais ingressos disponíveis para o fim de semana. Restam pouquíssimos para a Cerimônia de Encerramento. Menos de mil dos 35 mil colocados à venda"
Mario Andrada

Desde o início do evento até as 10h desta quinta-feira, 167 recordes mundiais foram quebrados, sendo 96 deles na natação, 46 no atletismo, 12 no ciclismo e 13 no halterofilismo. Um dos mais impressionantes, segundo o chefe de imprensa do Comitê Paralímpico Internacional, Craig Spence, foi o registrado pelo iraniano Siamand Rahman. (confira reportagem completa)

"Ontem, ele conseguiu. Siamand não só quebrou a barreira dos 300kg, mas chegou a 305kg e depois a 310kg. Eu acho que essa é uma das melhores performances paralímpicas de todos os tempos. Ser o primeiro homem a levantar mais de 300kg é um feito muito significativo. É provavelmente equivalente a ser o primeiro homem abaixo dos 10 segundos nos 100m rasos do atletismo. É essa a escala. É o equivalente a levantar um tigre siberiano sedado", comparou Spence.

Segundo o dirigente, o esporte paralímpico está ficando cada vez mais intensamente competitivo. Umas das métricas para isso, segundo ele, era que até o início da manhã havia 78 países diferentes com pelo menos uma medalha. Em Londres, levando em conta o evento inteiro, foram 74. "Os atletas nunca trabalharam tão duro para conquistar uma medalha. E isso é fantástico porque esporte é exatamente isso", avaliou o dirigente.

Recorde nacional

A delegação brasileira também já tem muitos motivos para celebrar. Embora perdido duas posições no quadro de medalhas, na sétima colocação geral, o país já chegou a 53 medalhas por volta das 20h desta quinta, número bem superior à campanha de Pequim, em 2008, que até então era a edição em que o país havia somado mais pódios (47). Com dez medalhas de ouro até agora, o Brasil ainda corre atrás da marca de Londres, com 21, para tentar igualar o melhor resultado na perspectiva "qualitativa".

Um dos sintomas de que o país sairá do Rio de Janeiro fortalecido é a ampliação das modalidades em que o Brasil subiu ao pódio. Halterofilismo, tênis de mesa e ciclismo conquistaram medalhas até então inéditas. O carro-chefe do país no evento tem sido o atletismo. Já foram 26 pódios e sete ouros. A natação soma 15 medalhas e dois ouros, ambos com Daniel Dias. No corte por gênero, 38 medalhas vieram do time masculino, 11 das mulheres e quatro de modalidades com disputas mistas, como a bocha.

Brasil2016.gov.br