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Geral

11/10/2017 17h17

Investigação

Carlos Nuzman renuncia à Presidência do Comitê Olímpico do Brasil

Dirigente divulgou carta afastando-se, "de forma irretratável", das suas funções na entidade

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Nuzman estava à frente do COB havia 22 anos. Foto: Ivo Lima/ME
O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, anunciou nesta quarta-feira, por meio de uma carta, a renúncia "irrefutável e irretratável" de suas funções como dirigente da entidade. Nuzman foi preso na última quinta-feira (5.10) em operação da Polícia Federal que apura a suposta compra de votos para que o Rio de Janeiro fosse eleito como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

A carta foi endereçada a Paulo Wanderley, que assumiu a presidência da entidade com a ausência de Nuzman. Wanderley coordena, nesta quarta-feira, uma assembleia geral do COB convocada em caráter especial porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) impôs sanções à entidade em função das investigações em curso. Nuzman estava à frente do COB havia 22 anos. 

ÍNTEGRA DA CARTA DE RENÚNCIA

"Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2017

Aos membros da Assembleia do Comitê Olímpico do Brasil
(Aos Cuidados do Presidente do Comitê Olímpico do Brasil)

Prezados senhores membros,

Venho, pela presente, reiterar os termos de minha correspondência, datada de 6 de outubro de 2017, em especial a minha completa exoneração de qualquer responsabilidade pelos atos a mim injustamente imputados, os quais serão devidamente combatidos pelos meios legais adequados.

Considerando-se, todavia, a necessidade de dedicar-me, integralmente, ao pleno exercício do meu direito de defesa, renuncio de modo irrefutável e irretratável ao cargo de Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, bem como ao de membro honorário de sua Assembleia Geral.

Cordialmente,
Carlos Arthur Nuzman