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Halterofilismo paralímpico

12/11/2016 12h21

Halterofilismo

Dois recordes brasileiros quebrados no circuito Caixa de halterofilismo paralímpico

Para técnico da seleção, Jogos Rio 2016 trouxeram a “maior evolução” da modalidade no país
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Marina D`Andrea comemora a vitória e o recorde brasileiro. Foto: Graziella Batista/MPIX/CPB
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A terceira etapa nacional do Circuito Loterias Caixa começou com o halterofilismo, única das três modalidades com provas realizadas na sexta-feira (11.11), e logo nas primeiras disputas, dois recordes brasileiros foram quebrados pelas mulheres. Outro destaque foi a participação de Bruno Carra, quarto colocado nos Jogos Rio 2016, que confirmou o favoritismo no torneio nacional.  

No peso leve feminino, Mariana D'Andrea, de 18 anos, levantou 102kg na barra, venceu a divisão e estabeleceu uma nova marca nacional entre os atletas com até 61kg. A prata foi para Rene Belcassia, com 84kg, novo recorde da categoria até 55kg. O bronze ficou com Camila Pilares, que levantou 71kg.

"Eu me preparei muito bem. O que aconteceu comigo no Rio 2016 (quando não teve nenhum movimento validado) serviu de motivação para esta etapa nacional. A mesma marca que fiz hoje é a que costumo fazer nos treinos”, comentou D’Andrea, que começou a competir na modalidade este ano e conquistou uma medalha de ouro na etapa da Copa do Mundo na Malásia, na categoria júnior. Ela promete manter o foco para as próximas competições. “Ano que vem, em janeiro, tem uma etapa da Copa do Mundo e depois, em março, o Parapan de Jovens”.

Outro representante brasileiro nas Paralimpíadas, Bruno Carra, que ficou em quarto lugar nos Jogos do Rio, confirmou o favoritismo. O atleta levantou 160kg na categoria até 59kg. João Maria França ficou com a prata (146Kg) e Luciano Dantas com o bronze (141kg).

Salto de qualidade

Além das medalhas de ouro nesta sexta, Mariana e Bruno têm em comum o fato de treinarem no AESA, da cidade de Itu, no interior paulista, e terem como técnico Valdecir Lopes. Para o treinador, que também é o responsável por Evânio Rodrigues, prata no Rio na categoria até 88Kg, primeira medalha do país na modalidade, e Márcia Menezes, quinta colocada nas Paralimpíadas na categoria até 86Kg, os Jogos no país serviram para dar um salto de qualidade no halterofilismo brasileiro. 

“A gente está vivendo a maior evolução da modalidade e do esporte paralímpico em geral. Fizemos uma análise e o nosso pior resultado nos Jogos de 2016 foi melhor que qualquer outro que fizemos nos Jogos de 2012. E estamos falando de apenas um ciclo”, explicou Lopes, que também é técnico da seleção brasileira.

Nos Jogos do Rio, o país contou com cinco atletas. A única que não treina em Itu é a potiguar Terezinha dos Santos, que ficou em quinto na categoria até 67Kg. Resultados inéditos para a modalidade, que já fazem a comissão técnica projetar o próximo ciclo. “O Rio 2016 trouxe uma experiência fantástica para os atletas, pois qualquer evento no mundo não vai ser mais difícil que essas Paralimpíadas, em razão da pressão psicológica, olho no olho, que não haverá em Tóquio 2020. A gente chegou e aprendeu o caminho, a experiência dá o equilíbrio emocional e a motivação de saber que se é capaz”, concluiu Lopes. 

Outros resultados

Na divisão até 49kg masculino, o campeão foi Eduardo Soares, com 110kg, seguido por Ailton Clemente, com 108kg, e Helenilton dos Santos, com 105kg. Outras três categorias masculinas foram disputadas: até 54kg, até 59kg e até 65kg. Na mais leve delas, o campeão foi Anderson Marcílio, com a carga de 106kg na barra, seguido por Rogerio Bena, com 100kg. Na divisão até 65kg, o título foi para Alexander Whitaker (134kg), que teve a companhia de José Mendes (133kg) e Otávio Augusto dos Santos (114kg) no pódio.

Fonte: Ministério do Esporte