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Volei de praia

18/08/2016 22h15

Vôlei de praia

Para Ágatha e Bárbara, vale mais celebrar a conquista da prata que a perda do ouro

Segundo elas, chegar à final representou a coroação de um grande esforço, e as alemãs Ludwig e Walkenhorst souberam ler melhor a influência do vento na decisão

O sabor do primeiro pódio olímpico da carreira de Ágatha e Bárbara falou infinitamente mais alto do que uma possível frustração pela perda da medalha de ouro na final do vôlei de Praia feminino para as alemãs Ludwig e Walkenhorst, na madrugada da última quinta-feira (18.08).

"Você pode dormir achando que perdeu o ouro ou ganhou a prata. A gente dormiu acreditando na nossa conquista. Jogamos muito voleibol para chegar à final e representar bem o nosso país"
Bárbara

Durante a tarde desta quinta-feira, as brasileiras concederam entrevista coletiva à imprensa, no Espaço Time Brasil, no Rio de Janeiro, e comentaram a conquista da prata. "Você pode dormir achando que perdeu o ouro ou achando que ganhou a prata. A gente dormiu acreditando na nossa conquista", disse Ágatha. "Jogamos muito voleibol para chegar à final e representar bem o nosso país. Então, com certeza, a sensação é de dever cumprido", concluiu Bárbara.

Para a dupla brasileira, o fator climático durante a final olímpica, na Arena de Copacabana, influenciou no desempenho de ambas. "As alemãs souberam se aproveitar do vento. Elas se adaptaram mais rápido, conseguiram sacar bem e, por isso, mereceram ganhar", avaliou Ágatha. "O vôlei de praia é um esporte que depende do clima. Tudo pode ser diferente caso esteja ventando, fazendo calor ou frio. Você pode usar o clima a seu favor ou pode ser contra você", completou Bárbara.

Ágatha e Bárbara, que derrotaram na semifinal as americanas Walsh e Ross, até então favoritas à medalha de ouro, afirmam que o bom desempenho nos Jogos Rio 2016 é a coroação de um trabalho que teve início em 2011. "O nosso caminho até essa medalha foi árduo, exigiu muito da gente", disse Bárbara.

Ágatha e Bárbara

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Guia de Atletas e Modalidades Olímpicas do Ministério do Esporte (disponível em versão digital – PDF)

Tóquio 2020

Treinadas pelos próprios maridos - Rico de Freitas (filho do técnico Bebeto de Freitas e esposo de Bárbara) e Renan Rippel (casado com Ágatha) -, as atletas não quiseram projetar, ainda, o futuro da dupla. "É o momento de comemorar. Acho cedo para falar sobre o próximo ciclo olímpico, mas acredito que se for acontecer, realmente vai ser maravilhoso. Apesar de todo o sacrifício, a gente ama o que faz", disse Bárbara.

Independentemente da sequência juntas, a paranaense Ágatha e a carioca Bárbara deixaram claro que o foco de ambas continua no esporte. Perguntadas sobre uma possível gravidez antes dos Jogos de Tóquio, em 2020, Ágatha, que tem 33 anos, disse que pretende ser mãe, mas "ainda não é o momento". Mais nova, Bárbara, de 29, garantiu que vai ter muitos filhos, mas só depois da próxima olimpíada.

João Paulo Machado, Brasil2016.gov.br