Na estreia por equipes, nado sincronizado do Brasil termina na sexta posição

Ao som de Ivete Sangalo e muito carnaval, a equipe brasileira de nado sincronizado caiu na piscina do Centro Aquático Maria Lenk nesta sexta-feira (19.08) para o último dia de finais e para encerrar sua primeira participação em Jogos Olímpicos. O Brasil contou com o apoio da torcida, fez bela execução da prova e saiu da competição com a melhor nota já conquistada. Ao final, a sexta posição geral foi comemorada por toda a comissão técnica e atletas.

As finais do nado sincronizado por equipes são divididas em dois dias, com dois tipos de exibição . Nesta quinta-feira (18.08), o Brasil havia ficado em sexto na apresentação da rotina técnica, modalidade que estabelece movimentos obrigatórios a serem cumpridos. Na rotina livre, realizada neste último dia de torneio, as atletas efetuam movimentos e formações escolhidas pela equipe. As duas pontuações somadas formam a nota final. Com as notas das apresentações das rotinas técnica e livre, as meninas brasileiras somaram 171.9987. A medalha de ouro foi para a Rússia, que somou 196.1439. A prata ficou com a China (192.9841) e o bronze com o Japão (189.2056).

"Foi espetacular tudo, saíram as alçadas, elas sincronizaram e conseguiram nadar com o mesmo vigor do início ao fim"

Maura Xavier, treinadora

Mais do que a sexta posição, a delegação nacional vibrou com a evolução do time e o nível da nota alcançada pelo grupo, formado por Duda Miccuci, Luisa Borges, Lara Teixeira, Maria Bruno, Maria Clara Lobo Coutinho, Bia Feres, Branca Feres, Lorena Molinos e Pamela Nogueira, que foi a reserva na final. A treinadora do Brasil, Maura Xavier, estava radiante com a primeira participação de sua equipe em uma edição olímpica. "A estreia foi ótima. Foi espetacular tudo, saíram as alçadas, elas sincronizaram e conseguiram nadar com o mesmo vigor do início ao fim, felizes e contentes", comemorou.

Maura salientou ainda que a nota dada pelos árbitros representa que um objetivo foi alcançado e que, daqui para frente, o desafio é seguir progredindo no cenário mundial. "Conseguimos uma média alta perto das notas que temos tido nos últimos anos. Faz tempo que tentamos sair do patamar de 85 e, hoje, 87.2 foi muito bom. Espero que, a partir de agora, a gente se mantenha nesse bloco de nota", disse.

Bia Feres também vibrou com a apresentação do Brasil nos Jogos Rio 2016 e mira nos treinamentos a possibilidade de crescimento ainda maior. "Melhor impossível, a gente elevou o nado sincronizado do Brasil, chegou numa nota muito boa e agora é seguir treinando para chegar cada vez mais perto dos países que estão no topo para, nas próximas Olimpíadas, o Brasil conseguir classificar por equipes", afirmou. Sobre a força vinda das arquibancadas do Maria Lenk, Bia credita parte da vibração do time aos gritos e aplausos dos brasileiros. "A torcida deu muita força, foi maravilhosa. Foi a nadada de nossas vidas",disse.

Rafael Brais, brasil2016.gov.br