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Atletismo

24/10/2018 11h17

Doha 2018

Mundial de ginástica artística tem início nesta quinta. Meta do Brasil é se classificar para o Pré-Olímpico de 2019

Delegação nacional é formada por seis ginastas no feminino e seis no masculino. Zanetti é um dos favoritos nas argolas

 

O caminho da equipe brasileira de ginástica artística para os Jogos Olímpicos de Tóquio tem uma escala importante a partir desta quinta-feira (25.10). A primeira parada da viagem até o Japão é em Doha, sede do Mundial 2018 da modalidade, que segue até 3 de novembro. Três países no masculino e três no feminino vão conquistar vagas olímpicas diretas no Aspire Dome, principal ginásio do Aspire Park, o maior complexo esportivo do Qatar. Os 24 melhores times se garantem no Mundial Pré-Olímpico de Stuttgart, na Alemanha, em 2019.

Para o Brasil, a meta inicial é garantir o direito de ir a Stuttgart com as equipes completas no masculino e no feminino. Para tanto, precisa ficar entre os 24 primeiros. A missão está com Arthur Nory, Arthur Zanetti, Caio Souza, Francisco Barretto, Lucas Bitencourt, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Rebeca Andrade e Thaís Fidélis - Leonardo Souza e Anna Júlia Reis são os reservas. Os 12 atletas estão em Doha há alguns dias para aclimatação e adaptação ao local de competição e à nova fabricante dos aparelhos.

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Arthur Zanetti, campeão olímpico em Londres 2012 e prata no Rio 2016. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

A equipe conta com a experiência de dois medalhistas em Mundiais - Zanetti conquistou ouro nas argolas na Antuérpia (2013) e prata em Nanning (2014) e Tóquio (2011) e Jade Barbosa foi bronze no salto em Roterdã (2010) e no individual geral em Stuttgart (2007). Medalhas olímpicas também estão no retrospecto do próprio Zanetti (ouro nas argolas em Londres 2012 e prata no Rio 2016) e de Arthur Nory (bronze no solo nos Jogos do Rio).

No total, 14 conjuntos de medalhas estão em disputa em Doha: equipes, individual geral, solo, barra fixa, barras paralelas, cavalo com alças, argolas e salto (masculino); e equipes, individual geral, trave, solo, barras assimétricas e salto (feminino)

A primeira participação brasileira será nesta sexta (26.10), a partir de 14h (de Brasília). A equipe masculina está na Subdivisão 10, ao lado de Argentina, China, Hungria e dois grupos mistos. Os ginastas farão apresentações nos seis aparelhos, nesta ordem: cavalo com alças, argolas, salto, paralelas, barra fixa e solo.

A estreia das mulheres está marcada para 7h30 de domingo (28.10), na Subdivisão 9, juntamente com Rússia, Grã-Bretanha, Turquia e Dinamarca. No feminino, a ordem das apresentações brasileiras será salto, barras assimétricas, trave e solo.

Os oito melhores países na soma de todos os aparelhos voltam para a final por equipes, no dia 29 (masculino) e no dia 30 de outubro no feminino. Os 24 melhores atletas com notas somadas nas classificatórias disputam o pódio do individual geral no dia 31 (masculino) e 1º de novembro (feminino). As finais de cada aparelho separadamente serão no dia 2 e 3 de novembro, com os competidores que alcançaram as oito melhores notas da especialidade. Confira a programação completa no final do texto

Rumo a Tóquio

"O Mundial de Doha é o primeiro evento depois dos Jogos Olímpicos do Rio que o Brasil participa com equipe completa. Viemos com o foco aqui nas participações do time, tanto no masculino quanto no feminino. O planejamento do ano inteiro foi voltado para as competições por equipe, para ficar entre os 24 primeiros, o que garante nossa ida o Mundial que servirá como pré-olímpico", afirma Henrique Motta, chefe da delegação do Brasil no Qatar.

"Além da classificação para Stuttgart, tudo o que vier é lucro: final por equipes, finais individuais ou medalhas. A meta é realmente fazer o único caminho que levará as equipes para Tóquio, que é o Mundial de 2019. Lá, sim, temos que fazer de tudo para ficarmos entre os 12, que são os classificados para 2020", acrescenta Leonardo Finco, gerente de seleções da ginástica artística da Confederação Brasileira de Ginástica.

» Acompanhe a cobertura completa da Rede do Esporte para o Mundial de Ginástica Artística

"Não entramos em um evento prometendo qualquer tipo de resultado. Estamos aqui para fazer nosso melhor e demonstrar o que estamos executando nos treinamentos. O resultado, claro, é consequência disso", conta Zanetti. "Não estou pensando nas argolas, estou com pensamento voltado para a equipe. A seleção brasileira inteira está com isso em mente".

No entanto, a performance recente de Arthur Zanetti leva esperança para a torcida brasileira. "Julgando pelo retrospecto dele ultimamente, se o Zanetti estiver em um bom dia, pode buscar o ouro, claro", destaca Finco.

"Olhando para frente, sabemos que o tempo é curto até Tóquio. Temos menos de dois anos pela frente. O calendário da ginástica artística está mudando e, com isso, acabamos perdendo um período que teríamos de descanso até lá. Vai ser muito treino em busca do melhor resultado para o Brasil", explica Lucas Bitencourt, que em Doha chega ao seu terceiro Mundial - esteve presente em Nanning (2014) e em Glasgow (2015).

"Cada um sabe seu papel na equipe. Um incentiva o outro e sempre faz tudo para que o time se saia bem. Aqui em Doha, isso vale mais ainda, pois estamos em busca da classificação para o Mundial de 2019", afirma Arthur Nory.

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Equipe masculina: Arthur Nory, Arthur Zanetti, Caio Souza, Francisco Barretto, Lucas Bitencourt e Leonardo Souza. Fotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Equipe feminina: Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Rebeca Andrade, Thaís Fidélis e Anna Júlia Reis. Fotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br
 

Destaques em Doha

A 48ª edição do Mundial de Ginástica Artística é a primeira a ser realizada em um país do Oriente Médio e
recebeu inscrições de 542 atletas (287 homens e 255 mulheres) de 76 países. Com 22 campeões olímpicos de 13 modalidades diferentes, a briga pelas 42 medalhas em disputa promete apresentações memoráveis. Os medalhistas de ouro no individual geral do Rio em 2016 continuam como favoritos: a americana Simone Biles e o japonês Kohei Uchimura. Mas os atuais campeões mundiais - a americana Morgan Hurd (EUA) e o chinês Xiao Ruoteng - também estarão presentes.

Todas as campeãs por aparelho no Rio se enfrentam novamente em Doha: Simone Biles (além do individual geral, ficou com o ouro no salto e no solo), a russa Aliya Mustafina (barras assimétricas), a holandesa Sanne Wevers (trave). No masculino, cinco dos seis ouros olímpicos se esbarram a partir desta quinta no Aspire Dome: o britânico Max Whitlock (solo e cavalo com alças), o grego Eleftherios Petrounias (argolas), o norte-coreano Ri Se-gwang (salto) e o ucraniano Oleg Verniaiev (barras paralelas). O único atleta dourado no Rio que não está inscrito é o alemão Fabian Hambüchen, que se aposentou após a medalha na barra fixa.

Flickr do Ministério do Esporte: galeria de fotos em alta resolução, disponíveis gratuitamente para uso editorial. Crédito obrigatório: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Ginástica Artística - Mundial 2018 - Doha, no Qatar

 

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Assista aos vídeos da Federação Internacional de Ginástica com os favoritos em Doha

 

Programação do Mundial de Ginástica Artística Doha 2018 (horários de Brasília)

Quinta-feira (25.10) - Classificatória masculina

2h30 - Cerimônia de Abertura
3h - Subdivisão 1 (Rússia, Romênia, França, Uzbequistão e dois grupos mistos)
5h30 - Subdivisão 2 (Holanda, Bielorrússia, Croácia, Bélgica, Áustria e Finlândia)
8h30 - Subdivisão 3 (Suíça, Israel, Noruega, Coreia do Norte e dois grupos mistos)
11h - Subdivisão 4 (Azerbaijão, Cazaquistão, Bulgária, República Tcheca, Jamaica e um grupo misto)
14h - Subdivisão 5 (Espanha, Nova Zelândia, Suécia, Ucrânia, Canadá e um grupo misto)

Sexta-feira (26.10) - Classificatória masculina

3h - Subdivisão 6 (Japão, Colômbia, Estados Unidos, Sérvia, Armênia e um grupo misto)
5h30 - Subdivisão 7 (Austrália, Turquia, México, Taipei e dois grupos mistos)
8h30 - Subdivisão 8 (Alemanha, Grécia, Geórgia, Coreia do Sul e um grupo misto)
11h - Subdivisão 9 (Grã-Bretanha, Itália Vietnã, Chipre e dois grupos mistos)
14h - Subdivisão 10 (BRASIL, Argentina, China, Hungria e dois grupos mistos)

Sábado (27.10) - Classificatória feminina

3h - Subdivisão 1 (Argentina, Polônia, Bélgica e dois grupos mistos)
5h - Subdivisão 2 (Japão, Coreia do Sul, Costa Rica, Austrália e um grupo misto)
7h30 - Subdivisão 3 (Alemanha, Portugal, Hungria, Coreia do Norte e Ucrânia)
9h30 - Subdivisão 4 (Holanda, Áustria, Colômbia e dois grupos mistos)
12h - Subdivisão 5 (Estados Unidos, Eslováquia, Nova Zelândia e dois grupos mistos)
14h - Subdivisão 6 (Itália, Islândia, Noruega, Jamaica e um grupo misto)

Domingo (28.10) - Classificatória feminina

3h - Subdivisão 7 (China, Romênia, Finlândia, África do Sul e um grupo misto)
5h - Subdivisão 8 (França, Canadá, Bulgária e dois grupos mistos)
7h30 - Subdivisão 9 (BRASIL, Rússia, Grã-Bretanha, Turquia e Dinamarca)
9h30 - Subdivisão 10 (Espanha, Suíça, México, Egito e um grupo misto)
12h - Subdivisão 11 (Eslovênia, Taipei, Grécia, República Tcheca e um grupo misto)

Segunda-feira (29.10)

10h às 13h - Final por equipes masculinas

Terça-feira (30.10)

10h às 12h10 - Final por equipes femininas

Quarta-feira (31.10)

10h às 12h50- Final individual geral masculina

Quinta-feira (1.11)

10h às 12h10 - Final individual geral feminina

Sexta-feira (2.11)

10h às 13h30 - Finais por aparelhos
Masculino: solo, cavalo com alças e argolas
Feminino: salto e barras assimétricas

Sábado (3.11)

10h às 13h30 - Finais por aparelhos
Masculino: salto, barra fixa e salto
Feminino: trave e solo
13h30 - Cerimônia de encerramento

Abelardo Mendes Jr, de Doha, no Qatar - rededoesporte.gov.br