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07/06/2017 19h15

Legado

Ministério do Esporte e AGLO detalham uso do Parque Olímpico na Câmara

Eventos internacionais e competições locais estão entre as atividades realizadas recentemente na estrutura que ficou como legado dos Jogos Rio 2016

Presidente da AGLO, Paulo Márcio participou da audiência pública diretamente do Parque Olímpico, por videoconferência. Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

Com o término dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, no ano passado, um dos principais desafios do país era garantir que as estruturas montadas para os megaeventos tivessem um uso contínuo assegurado. Para apresentar as competições e iniciativas desenvolvidas no Parque Olímpico da Barra, em especial no Centro de Tênis, no Velódromo e nas Arenas Cariocas 1 e 2, espaços gerenciados pelo Governo Federal, representantes do Ministério do Esporte e da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO) participaram, nesta quarta-feira (07.06), de uma audiência pública na Câmara dos Deputados.

"O Ministério do Esporte tem nos acompanhado na transição para essa nova autarquia federal. Num curto espaço de tempo alcançaremos uma agenda ainda mais positiva", afirmou Paulo Márcio Dias Mello, presidente da AGLO, órgão criado para implementar o Plano de Legado dos Jogos, e que participou da audiência por meio de uma transmissão ao vivo, direto do Parque Olímpico, mostrando a estrutura dos quatro espaços.

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Rodrigo Gouvea, chefe da Assessoria Especial de Projetos do Ministério, destacou a parceria com as Forças Armadas para a gestão do Parque Olímpico de Deodoro. Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

No mês passado, por exemplo, foram realizados eventos internacionais no Centro de Olímpico de Tênis, com a disputa da etapa carioca do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, e no Velódromo, durante o Rio Bike Fest. Além disso, no próximo fim de semana, a Arena Carioca 1 recebe a 20ª edição dos Jogos da Baixada, com disputas de futsal e handebol.

"Agora realizaremos competições específicas de tênis. Nosso maior sonho é trazer para cá o Rio Open. Se eu não conseguir trazer em 2018, por questão de adequação que estão fazendo dentro da federação internacional, em 2019 a possibilidade é muito grande. A Confederação Brasileira de Tênis também tem a intenção de trazer a sua sede para cá", contou Paulo Márcio. "Não nos preocupamos só com esporte de alto rendimento, mas também com esporte de base e educacional, de participação da população, inclusão social, para tirar as crianças da rua e trazer para as modalidades de que elas gostam, e isso nós também temos desenvolvido", completou.

"Não nos preocupamos só com esporte de alto rendimento, mas também com esporte de base e educacional, de participação da população e inclusão social"
Paulo Márcio

Rodrigo Gouvea de Carvalho, chefe da Assessoria Especial de Projetos do Ministério do Esporte, destacou que, além da utilização das arenas da Barra da Tijuca, o Complexo Esportivo de Deodoro também segue em funcionamento, graças a um acordo de cooperação com as Forças Armadas. "As estruturas montadas para os Jogos Pan-Americanos já são bem utilizadas desde 2007. Estamos trabalhando para levar projetos para Deodoro, por ser uma área bem carente", explicou, ressaltando ainda o uso do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), mais um legado olímpico.

"Quando a gente pensa em legado, pensa muito em instalação esportiva, em equipamentos, mas existe também toda a parte de legislação, e a área de dopagem foi muito importante. É mais um legado que ficou para o Brasil, especialmente para o Rio, e que está em pleno uso", acrescentou.

A audiência contou ainda com a participação de Maurício Mendes Pinto, representante da Subsecretaria Municipal de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro. Segundo ele, o principal projeto em desenvolvimento na Arena Carioca 3 é voltado à formação de novos talentos. "Desde 2010, um ano após a escolha do Rio como sede dos Jogos, desenvolvemos o projeto do Ginásio Experimental Olímpico. Vamos fazer a transição de alunos de projetos sociais e de base para o alto rendimento. Esse projeto tem o objetivo de captar, na rede municipal, alunos com condições de desenvolver uma habilidade esportiva", afirmou.

De acordo com Maurício, desde que a Prefeitura recebeu as chaves da Arena 3, em março deste ano, o espaço já passou por adaptações e limpeza, e recebeu eventos com alunos de escolas municipais e com o público em geral. O local herdou o piso da Arena do Futuro, onde foram disputados os jogos de handebol e goalball no Rio 2016, e equipamentos de ginástica da Federação de Ginástica do Estado do Rio de Janeiro, adquiridos por meio de convênio com o Ministério do Esporte.

O presidente da empresa GL Events, Arthur Repsold, ponderou ainda sobre os ajustes que serão necessários às arenas 2 e 3. "Esses espaços foram construídos para competição, e não para centros de treinamento. Eles precisarão passar por grandes adaptações", avaliou.

O requerimento para a audiência pública foi de autoria da deputada Flávia Morais. "Visitamos outros países que sediaram eventos mundiais e percebemos a importância desse legado na formação de novos atletas e da cultura da prática esportiva", observou. Na última sexta-feira (2), integrantes da Comissão do Esporte fizeram uma visita técnica ao Parque Olímpico da Barra acompanhados do presidente da AGLO e do ministro do Esporte, Leonardo Picciani.

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br