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Atletismo

18/02/2018 04h01

Coreia do Sul

Michel Macedo não completa a prova de Slalom Gigante nos Jogos Olímpicos de Inverno

De acordo com o esquiador, dores no joelho não atrapalharam sua estreia em PyeongChang. Michel ainda competirá no Slalom, no dia 21

 

O brasileiro Michel Macedo não conseguiu completar sua descida na prova Slalom Gigante da modalidade esqui alpino nos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, que foi disputada no Yongpyong Alpine Centre, na região de montanha do evento na Coreia do Sul. Quando isso acontece, o esquiador não se classifica para a segunda descida do dia, quando as medalhas são decididas.

Michel não passou por uma porta no fim do percurso. Foto: Abelardo Mendes Jr/rededoesporte.gov.br

Mesmo desapontado, Michel tentou ver o lado bom de sua estreia olímpica, que terminou quando, já no fim do percurso, ele perdeu uma passagem obrigatória por uma das portas - ou gate, como são chamados no jargão alpino. "Algumas portas estavam bem esburacadas por conta da passagem dos outros competidores anteriormente. No momento que errei, foi uma bobeada técnica. Agora a única coisa que quero pensar é no que fiz bem hoje. E as principais delas foram o meu esqui até o momento da falha e saber que meu joelho não estava atrapalhando. Agora, vou voltar a mente para o Slalom e treinar mais", contou Michel, ao sair da pista. Em PyeongChang, ele volta a competir no dia no Slalom, que será disputado no dia 21 de fevereiro, às 22h15 (horário de Brasília).

Todos os integrantes da delegação brasileira em PyeongChang são apoiados pelo programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte

A largada para a primeira prova olímpica da carreira do jovem de 19 anos gerou nervosismo. Michel, no entanto, superou rapidamente a ansiedade. "Quando começa a prova, você foca na pista e esquece a dor joelho e nem pensa que está nervoso. A pista não está lisinha, tem muitos buracos - e até mesmo os esquiadores do top 10 não desceram tão bem como fazem em uma Copa do Mundo".

"O joelho ainda está um pouco inchado, mas bem melhor que no dia do Super G. De manhã, antes da prova, fiz uma inspeção final antes da descida para aquecer. Estava me sentindo bem, com um pouquinho de dor ainda, mas nada sério", explicou o esquiador. Michel sofreu uma queda no dia 6 de fevereiro, já em treinamentos na Coreia do Sul, e sentiu uma lesão no joelho esquerdo. Desde então, passou tratamento fisioterápico e medicamentoso, mas decidiu não competir em duas das quatro provas nas quais está inscrito em PyeongChang - o downhill e o Super G, que são justamentes as mais rápidas e que exigem que o atleta esteja 100% fisicamente, pois o esforço em cima dos membros superiores é muito grande.

 

Na torcida, os pais e a irmã de Michel também estavam ansiosos antes do início da prova. Foto: Abelardo Mendes Jr/rededoesporte.gov.br

 

» Confira a programação das competições com participação brasileira em PyeongChang 2018

 

Muitas quedas 

Dos 110 esquiadores que desceram a montanha (com perda de elevação de 440m), 21 não conseguiram terminar o percurso e outros três foram desclassificados. "Não tem uma única prova de esqui alpino sem uma queda, nós estamos acostumados", salientou Michel.

Dos 85 que foram para a segunda descida, na tarde de domingo em PyeongChang, outros dez não tiveram seus tempos validados. O ouro da prova ficou com o austríaco Marcel Hirscher, com 2min18s04, que já havia conquistado o primeiro lugar no Combinado em PyeongChang. O norueguês Henrik Kristoffersen ficou com a prata, a 1s27. O bronze foi para o francês Alexis Pinturault.

Conheça as provas de Esqui Alpino

Downhill
Cada atleta desce uma única vez, sozinho, a pista que tem inclinação entre 15 e 30 graus. A característica principal da prova é a alta velocidade, que pode atingir até 140 km/h. Quem descer no menor tempo fica com a medalha de ouro. Os esquis normalmente tem 2,5m de comprimento.

Super G
A inclinação é mais acentuada e as distâncias entre as portas são de pelo menos 25 metros, mas chegam a 60 mestros, exigindo do atleta uma combinação técnica e velocidade para fazer as curvas mais longas. A prova é decidida pelo tempo de uma única descida.

Slalom
É considerada uma prova técnica. Os esquiadores descem em ziguezague e precisam de muita técnica para passar entre as portas do percurso - são de 55 a 75 delas no masculino e 45 a 60 no feminino. A distância entre as portas variam de 75 centímetros a 13 metros. Cada atleta desce duas vezes, com tempos somados. A inclinação da pista é bem mais suave que no Downhill. O esqui de slalom tem cerca de 1,65m.

Slalom Gigante
A diferença para o Slalom é o percurso mais longo e as portas mais espaçadas, com 25 a 30 metros de distância entre elas.

Combinado
O evento inclui um downhill e uma descida de slalom no mesmo dia. As duas tentativas são somadas e a medalha de ouro vai para quem tiver o menor combinado.

 

Galeria de fotos dos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018 (imagens disponível para uso editorial gratuito)

 

PyeongChang 2018 - Jogos Olímpicos de Inverno

 

De PyeongChang (Coreia do Sul), Abelardo Mendes Jr - rededoesporte.gov.br