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Futebol

13/06/2018 10h11

Copa 2018

Metrô vira preferência dos brasileiros em Moscou

Dificuldade de comunicação com taxistas e abrangência e preço do sistema metroviário convidam turistas a adotar o transporte público

Copa do Mundo da Fifa Rússia 2018

"No!" é a resposta da maioria dos motoristas de táxi de Moscou quando perguntados se sabem falar inglês. Por esse motivo, o metrô em Moscou tem sido a principal opção de transporte interno dos turistas que estão na Rússia para a Copa do Mundo 2018, que tem início nesta quinta-feira (14.06). Com 12 linhas, mais de 200 estações e com um público de mais de 9 milhões de passageiros por dia das 6h à 1h da manhã, o sistema metroviário da capital russa é um dos maiores do mundo. Além disso, oferece internet wifi gratuita e dispõe de um aplicativo para facilitar a vida de quem precisa usar o meio de transporte.

 

O metrô de Moscou, inaugurado por Josef Stalin em 1935, carrega em sua história lendas de fantasmas pelos corredores e bunkers secretos construídos para serem abrigos de guerra. As estações, que lembram verdadeiros palácios algumas vezes, viraram pontos turísticos da cidade, seja pela arquitetura, pelas pinturas ou mesmo pelas obras de arte espalhadas pelos subterrâneos.

No entanto, um fator é importante para se levar em consideração: o alfabeto cirílico sempre dificulta um pouco a vida dos estrangeiros. Por isso, é fundamental ter um mapa com a versão em um idioma mais familiar nas mãos. Nas estações do metrô, as máquinas para recarregar o cartão, chamado Tróika, têm a opção do inglês. Nos guichês, apesar de grande parte dos funcionários não falar nada em outras línguas, existe uma tabela com os preços e opções em inglês, mostrada ao turista através do vidro da cabine.

Os preços variam de acordo com a quantidade de viagens que o passageiro adquirir. Um ticket simples custa 55 rublos (cerca de R$ 3,50). Já para adquirir o cartão para uso ilimitado, que permite o uso em qualquer transporte público, o valor varia de 210 rublos (R$ 13), para um dia, a 2.125 rublos, algo em torno de R$ 130, para um mês.

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Erika Miranda no clima da Copa: sem problemas para se entender no metrô. Foto: Rafael Brais/rededoesporte.gov.br

Mímica e aplicativo

O designer brasileiro Fábio Araújo não encontrou muita dificuldade para entender o sistema de metrô russo. Com mímica, aplicativo e contando com a boa vontade dos russos, ele se virou bem. "No primeiro dia, consegui chegar sem problema, só que hoje eu acabei me perdendo. Mas tive ajuda do pessoal daqui, dos moradores, a polícia", disse. "Eu chego, pergunto, mostro no celular... Estou até surpreso pois falaram que eles eram frios mas, não, eles me ajudaram e me levaram até a entrada do trem", comentou.

Apesar da boa vontade dos russos no metrô, Araújo teve que usar a criatividade para se comunicar com alguns funcionários do metrô. "É na mímica, apontando para o celular. Alguns usam o translator (tradutor). Assusta um pouco o nome, mas agora estou conseguindo me virar", explicou.

A servidora pública Érika Miranda também apostou no aplicativo para utilizar o metrô em Moscou. A carioca vai assistir aos jogos Brasil x Costa Rica e Argentina x Finlândia e já se habituou a usar o transporte público na Rússia. Ela comprou o cartão que já vem com 20 viagens. "Não encontrei dificuldades, pois tem um aplicativo que é bem fácil de usar depois que você entende as cores das linhas. Muito tranquilo", disse. "Com jeito a gente se arrruma. Tem muito brasileiro aqui. Não dá para se perder não".

Rafael Brais, de Moscou, na Rússia - rededoesporte.gov.br