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Geral

04/08/2017 23h38

Um ano dos Jogos

Medalhistas do Brasil revelam suas emoções além dos pódios dos Jogos Olímpicos

O objetivo final, o sonho a ser alcançado, é a medalha. Mas as lembranças vão muito além do ouro, da prata ou do bronze

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Cerimônia de Abertura dos Jogos Rio 2016 é lembrada como referência de orgulho e força do país. Foto: Roberto Castro/brasil2016

Um ano depois da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, atletas do Brasil que subiram ao pódio na capital fluminense relembraram momentos inesquecíveis que experimentaram quando não estavam em ação ou depois que a missão já havia sido cumprida. E as lembranças emocionam.

"O mais marcante para mim foi quando a gente chegou para pegar o uniforme. Naquele momento, eu já sabia: ‘Sou Olímpico! Estou Olímpico!"
Arthur Nory, ginástica artística

“Sobre os momentos mais marcante dos Jogos, tirando a minha medalha, é claro, acho que um deles foi a Cerimônia de Abertura, pois acho que ali o Brasil já mostrou a nossa força e foi sensacional. Foi lindo”, recorda Poliana Okimoto, medalha de bronze nas maratonas aquáticas.

“Se eu for falar de um momento esportivo de desempenho dos atletas, o que me marcou muito foi a medalha do Diego Hypolito e do Arthur Nory. Eu sou superfã deles e acompanho a carreira do Diego há muito tempo. Nas duas Olimpíadas (Pequim 2008 e Londres 2012) eu vi as duas quedas dele, eu não estava no estádio, estava assistindo do hotel. Presenciar a medalha depois de dois fracassos e ver como o ser humano consegue dar a volta por cima foi algo muito inspiradorEsses foram os dois momentos que mais me marcaram”, prossegue a nadadora.

Citado como um dos protagonistas das lembranças especiais de Poliana Okimoto, Arthur Nory viveu seu momento inesquecível antes mesmo do início dos Jogos. “O mais marcante para mim foi quando a gente chegou para pegar o uniforme. Naquele momento, eu já sabia: ‘Sou Olímpico! Estou Olímpico!’ Isso foi marcante, porque depois dali a gente já foi direto para a Vila. Então era aquela coisa assim parecida com a Disney, sabe? Era o meu parque de diversões”, detalha o ginasta.

Diego Hypolito e Arthur Nory. Dobradinha brasileira no solo emocionou Poliana Okimoto. Foto: Roberto Castro/brasil2016

A alegria de Nory era algo que Arthur Zanetti já tinha experimentado. Afinal, quando ele iniciou a disputa dos Jogos Olímpicos há um ano, o ginasta já era um atleta consagrado. Medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres 2012, Zanetti já havia se tornado uma referência mundial de excelência. Mas após a medalha de prata conquistada no Rio, ele percebeu que brilhar em seu país era bem diferente do que triunfar do outro lado do Atlântico. Quando essa ficha finalmente caiu, a imagem e o carinho que recebeu tornaram-se uma lembrança extremamente especial e que comprova como a Olimpíada é, de fato, diferente de todas as demais competições ao redor do mundo.

“Um momento que ficou bem marcado para mim foi no dia que a gente foi ao estúdio da TV Globo, que era bem no meio do Parque Olímpico da Barra”, narra Zanetti. “Quando a gente chegou lá, o Parque Olímpico estava movimentado, mas bem tranquilo. Mas aí um pessoal nos viu chegando e começou a tumultuar de gente. Aí a gente estava lá, no estúdio, e tinha uma varandinha. E a gente ficou lá, dando tchau. E de repente, do nada, quando vimos, estava lotado. Aquilo me emocionou bastante, porque tinha muitas pessoas e eu estava com a medalha e a mostrei para as pessoas, ficou todo mundo aplaudindo, gritando meu nome... Foi um momento que ficou bem marcado nos Jogos do Rio”.

Breno Barros e Luiz Roberto Magalhães – Ministério do Esporte