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Ciclismo paralímpico

23/03/2018 16h48

Paraciclismo

Márcia e Taise evoluem e baixam 22s da marca alcançada nos Jogos Rio 2016

Brasileiras mostram evolução na prova de perseguição de 3km no Mundial Paralímpico no Rio

Cerca de dois anos depois de ter disputada a prova de perseguição de 3 km no Parque Olímpico da Barra, Márcia Fanhani voltou a encarar uma prova internacional no percurso considerado o mais rápida do ciclismo de pista mundial. Guiada pela piloto Taise Maiara, a brasileira conseguiu baixar 22 segundos do tempo registrado durante a sua participação nos Jogos Paralímpicos do Rio, quando cruzou a linha de chegada em 4min10s05. Nesta sexta-feira (23.03), a brasileira terminou a prova em 3min53s17, alcançando a sexta colocação geral no Mundial de Paraciclismo 2018.

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Dupla nacional mostra evolução no ciclismo de pista. Foto: Divulgação/CBC

"O desempenho de hoje mostra que estamos evoluindo e que o trabalho está crescendo a cada dia. O meu desejo é subir, devagar, cada degrau na busca de uma medalha para o nosso país. Foi um resultado bem expressivo, pois passamos do 11 lugar, no Rio 2016, para o sexto aqui no Mundial", disse Márcia, que recebe o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. Na prova de 2016, ela competiu ao lado de Mariane Ferreira, que trocou o palco principal do paraciclismo pelos bastidores no Mundial, onde trabalha como coordenadora de voluntários.

Com deficiência visual, Márcia começou no esporte paralímpico em 2011. Sempre praticou atividade física e quando casou escolheu um novo esporte para praticar. Disputou a primeira competição, que foi um Campeonato Brasileiro e conseguiu subir ao pódio. Depois, começou a traçar metas no seu treinamento e o caminho para o alto rendimento foi natural. "A minha história mostra que trabalhar com metas funciona. Se você traçar um objetivo e seguir e nunca desistir por causa dos obstáculos, você consegue vencer", aconselhou.

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Taise (esquerda) e Márcia durante o Mundial Paraciclismo Rio 2018. Foto: Breno Barros/Rededoesporte

Márcia disputa pela segunda vez a competição mais importante da categoria. A estreia foi em 2015, quando encarou a prova de estrada no evento disputado na Suíça. "Está aqui pela segunda vez, com esse evento de grande porte, é uma alegria muito grande. Cada mundial é uma experiência inexplicável. Estamos felizes e o evento está uma maravilha", analisou Márcia.

O Mundial de Paraciclismo 2018 é a primeira prova internacional em que a piloto Taise Maiara disputa com a Márcia. As duas já correram em provas nacionais. "Nós temos tudo para evoluir. Conseguimos encaixar um bom ritmo, fazendo o que foi treinado e o que esperávamos para essa prova. Então, nós procuramos a evolução constante e vamos cada vez mais ajustando o que precisa melhorar", acrescentou Taise Maiara.

Taise conta com cinco anos dedicados ao ciclismo. Em 2017, ela corria na categoria elite e a Márcia com outra parceira. Com as mesmas características, foi quando o técnico Cláudio convidou para formar uma nova parceria. "Fizemos algumas provas juntas e percebemos que tínhamos as mesmas características e que dava para evoluir juntas", explicou Taise, que compete também na prova olímpica, além de servir como piloto nas competições de paraciclismo.

A dupla ainda disputa duas provas no Mundial de Paraciclismo 2018. No sábado, o percurso de 1km e no domingo na prova de 200m.

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Dupla nacional mostra evolução no ciclismo de pista. Foto: Breno Barros/Rededoesporte

O Paraciclismo é o terceiro esporte no ranking que distribui medalhas em Jogos Paralímpicos, atrás apenas do atletismo e da natação. O Mundial é composto por três provas em cada umas das categorias – Tandem (para cegos), C1, C2, C3, C4 e C5 (para pessoas com deficiências físico-motoras e amputados) tanto no masculino quanto no feminino. Além disso, há uma prova de Sprint com equipes mistas.

O Mundial de Paraciclismo de Pista é uma realização da CBC, com suporte da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), do Ministério do Esporte, e do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Do Rio de Janeiro, Breno Barros, rededoesporte.gov.br