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Geral

03/08/2016 12h52

Antidoping

Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem está pronto para operar sem parar durante o Rio 2016

Diretor do LBCD destaca o efetivo de 400 pessoas, sendo 90 especialistas internacionais, e pede colaboração de atletas por "Jogos mais limpos da história"
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Equipamentos de ponta vão permitir que os resultados dos testes saiam em 24 horas. Foto: André Motta/Heusi Action
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Francisco Radler, diretor do LBCD, destacou o legado que ficará após os Jogos. Foto: André Motta/Heusi Action
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Laboratório projeta fazer cerca de 6 mil análises durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Foto: André Motta/Heusi Action
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Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem. Foto: André Motta/brasil2016.gov.br
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Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem. Foto: André Motta/brasil2016.gov.br
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Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem. Foto: André Motta/brasil2016.gov.br
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Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem. Foto: André Motta/brasil2016.gov.br
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Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem. Foto: André Motta/brasil2016.gov.br
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O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) está pronto para funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, e absorver a demanda de trabalho dos Jogos Rio 2016. De acordo com o diretor do LBCD, o professor Francisco Radler, a projeção é de que o laboratório analise cerca de seis mil amostras durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Localizado no Polo de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o LBCD terá 400 pessoas, divididas em três turnos, trabalhando em todo o processo durante o evento. Desse contingente, cerca de 90 são especialistas internacionais que vão auxiliar o trabalho desenvolvido no laboratório. Eles virão dos 34 laboratórios acreditados pela Agência Mundial Antidopagem (WADA, na sigla em inglês) ao redor do mundo.

“Vão nos ajudar na execução e trazer para o LBCD o que de melhor existe em termos de controle de dopagem. Nós estamos integrando todo o conhecimento existente no mundo sobre o assunto dentro de nossa instalações”, disse Francisco Radler em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (03.08), na UFRJ.

Além dos especialistas internacionais, o LBCD conta com funcionários permanentes e voluntários compulsórios, e ainda pessoas treinadas para colaborar em infraestrutura e aspectos mais básicos da área técnica. Radler conta que o efetivo foi treinado intensamente nos últimos anos para realizar o trabalho com excelência. “Passamos dos 500 dias de formação, com mais de 55 missões no exterior e especialistas de laboratórios acreditados pela WADA que vieram para o Brasil falar à nossa equipe”, afirmou.

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Francisco Radler, diretor do LBCD, destacou o legado que ficará após os Jogos. Foto: André Motta/Heusi Action

Para o diretor do LBCD, tudo isso dá confiança de que o trabalho realizado está à frente no ponto de vista da tecnologia e qualidade das análises antidopagem. “Queria passar essa mensagem aos atletas que virão ao Rio: que por favor entendam que o LBCD está inteiramente equipado para a detecção de dopagem, e seria importante que todos refreassem esse tipo de atitude de dopagem para que possamos ter os Jogos mais limpos da história. Se tentarem burlar o sistema, teremos a infelicidade de ter os Jogos mais sujos da história, porque o laboratório está pronto para enfrentar esse desafio”, assegurou.

Mesmo com o pedido, Radler admitiu que historicamente cerca de 1% das análises feitas durante os Jogos dá resultados positivos. Em cerca de 6 mil testes, esse número seria de aproximadamente 60.

Ao ser questionado se prefere ter os Jogos mais limpos da história ou provar a eficiência do LBCD, ele foi direto. “A função do laboratório é de apenas fazer uma análise, verificar se existe uma substância proibida no material do atleta. Não temos função de punir, e por isso um resultado analítico adverso é uma situação extremamente desagradável e constrangedora, que pode acabar com a carreira de um atleta. Então não queremos provar nada a ninguém. Quanto menos resultados adversos tivermos, menos sentimento de tristeza teremos.”

Radler também fez questão de destacar o legado material e imaterial que ficará para o país por causa dos investimentos relacionados aos Jogos Rio 2016. Além do prédio e dos equipamentos de ponta, os técnicos do laboratório brasileiro vão conviver e trocar informações com especialistas internacionais em controle de dopagem, conhecimento que, na opinião do diretor, vai impulsionar o Polo de Química da UFRJ.

Laboratório projeta fazer cerca de 6 mil análises durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Foto: André Motta/Heusi Action

Estrutura

OLBCD inaugurou sua nova sede na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2014. O prédio foi construído graças ao investimento de R$ 134 milhões do governo federal. Foram R$ 106 milhões do Ministério do Esporte (ME) e R$ 28 milhões do Ministério da Educação (MEC). Além disso, o Ministério do Esporte investiu outros R$ 54 milhões para a compra de equipamentos e materiais para a operação do laboratório. Há, ainda, um aporte de R$ 43,6 milhões, sendo R$ 28,6 milhões do ME e R$ 15 milhões do MEC, exclusivo para a operação olímpica.

Com 5 mil metros quadrados de área útil, 85 equipamentos de grande porte e 200 máquinas auxiliares distribuídas em três andares, o LBCD repetirá a estratégia dos Jogos anteriores, recebendo diretores voluntários de outros laboratórios acreditados pela WADA.

Fundado em 1989, o antigo Labdop foi rebatizado como LBCD em 2014, quando passou por intensa modernização, com apoio dos Ministérios do Esporte e da Educação. O LBCD pertence ao Instituto de Química da UFRJ e é um dos oito laboratórios que integram o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec), fundado em 1984. Foi o primeiro laboratório da América Latina e Caribe a receber acreditação para controle de dopagem.

Equipamentos de ponta vão permitir que os resultados dos testes saiam em 24 horas. Foto: André Motta/Heusi Action

Mateus Baeta, brasil2016.gov.br