Kauiza Venâncio faz índice nos 200m. Franciela sente a coxa e não termina a prova

Kauiza comemora o índice nos 200m. Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br

Kauiza Venâncio sempre gostou de atletismo e começou a treinar aos 9 anos. Tentou os saltos, investiu nos 100m, e resolveu se dedicar aos 200m somente em 2014, já aos 26 anos. Pouco mais de dois anos depois, na manhã desta segunda-feira (16.05), na final dos 200m do Campeonato Ibero-Americano, a atleta deu um passo importante para chegar à primeira Olimpíada. Ela terminou em terceiro na prova, com 23s18, mas correu abaixo da marca mínima exigida para o Rio2016 (23s20).

“Estou treinando muito forte para fazer o índice e a gente já estava esperando que viesse, era só acertar a prova. Ainda teve alguns errinhos, mas foi bom”, analisou. À frente dela, ficaram Nercelis Soto, da Venezuela, com 22s95, e a equatoriana Angela Tenorio (23s13).

Kauiza sabe que a vaga ainda não está garantida no Rio 2016, mas está confiante na confirmação. “Agora a gente continua treinando muito forte até o Troféu Brasil pra conseguir garantir, porque não sou a titular dos 200m. Tem mais gente com índice”, disse.

A atleta se junta a Ana Cláudia Lemos, Rosângela Santos e Vitória Rosa, que já haviam obtido o índice. O período para reconhecimento das marcas mínimas vai de 1º de maio de 2015 a 3 de julho, quando termina o Troféu Brasil, em São Bernardo do Campo (SP). Podem ser inscritas nos Jogos Olímpicos somente três atletas por prova. Sendo assim, segundo os critérios da Confederação Brasileira de Atletismo (CBat), serão convocadas a campeã do Troféu Brasil e as duas primeiras do ranking em 2016 até 3 de julho, desde que tenham a marca mínima.

Ana Cláudia Lemos está suspensa por cinco meses, contados a partir de 3 de fevereiro, por ter sido pega no doping. O período se encerra justamente durante o Troféu Brasil, mas, segundo a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), a Agência Mundial Antidopagem (Wada, na sigla em inglês) vai recorrer.

Franciela se leiona na final dos 200m e deixa a pista em cadeira de rodas. Foto: Carol Delmazo/brasil2016.gov.br

Franciela Krasucki, que já tem índice nos 100m para os Jogos Olímpicos, estava em busca da marca mínima também nos 200m. Mas a final desta segunda terminou em preocupação para a atleta. Ela sentiu a coxa direita logo depois da curva e não terminou a prova. Foi atendida pelos médicos ainda na pista e deixou o local em cadeira de rodas, com bolsa de gelo na perna. A atleta passará por avaliação para saber a extensão e a gravidade da lesão. Ela não vai disputar o revezamento 4x100m na tarde desta segunda no Campeonato Ibero-Americano.

Rosângela Santos, que estava inscrita nos 200m, optou por não correr nesta segunda-feira, já que se sentiu mal após a semifinal no dia anterior.

Outros resultados

Na manhã desta segunda, o Brasil conseguiu ouro na prova dos 5.000m, com Altobeli Silva. Apesar de conquistar a medalha com o tempo de 13min53s48, ele não atingiu o índice olímpico de 13min25s. O atleta já tem vaga nos 3.000m com obstáculos no Rio 2016. A prata ficou com o espanhol Daniel Mateo (13min58s11) e o bronze com o uruguaio Nicolas Cuestas (13min58s60).

Ainda entre os homens, Augusto Oliveira ganhou a prata para o Brasil no salto com vara, ao passar pelo sarrafo a 5,30m.  Ele já tem índice para o Rio 2016. O vencedor da prova foi o argentino Germán Chiaraviglio, com a marca de 5,60m – ele é o recordista do Ibero-Americano ao saltar 5,70m, na edição de 2006, em Porto Rico. O bronze ficou com o brasileiro Abel Curtinove (5,20m).

O Brasil conquistou outra prata com Eduardo Deus, nos 110m com barreiras, com o tempo de 13s56. O ouro ficou com Javier Farlane (13s55) e o bronze com Jorge Farlane (13s64), ambos do Peru. Nos 200m rasos, o bronze foi para Bruno Lins, que completou a prova em 20s54. O vencedor da disputa foi o dominicano Yancarlos Martínez (20s19), seguido pelo espanhol Bruno Hortelano (20s48). Nos 200m , Bruno e Aldemir Júnior já fizeram a marca mínima para os Jogos Olímpicos.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br