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20/08/2018 12h24

Wrestling

Joílson Júnior conquista o tricampeonato pan-americano júnior de wrestling

Thais Oliveira também leva o ouro e Brasil fecha competição no Centro de Formação Olímpica (CFO), em Fortaleza, com 10 medalhas

Joílson durante o Pan Júnior em Fortaleza. Foto: Federação Internacional de Wrestling

O encontro com o wrestling teve início em um projeto, ainda na escola, em Niterói. Dali sairia um dos principais nomes do Brasil na modalidade para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Filho de lutadores e treinadores de jiu-jitsu, Joílson Júnior é constantemente apontado como promessa para a próxima edição do megaevento. E o brasileiro, nascido em São Gonçalo e criado em Itaboraí, demonstra estar no caminho certo. Na última sexta-feira (17.08), consagrou-se tricampeão pan-americano júnior, na categoria até 67kg do estilo greco-romano, em disputa realizada no Centro de Formação Olímpica do Nordeste (CFO), em Fortaleza.

"Consegui colocar tudo o que treinei em prática. É uma honra ser o primeiro brasileiro a chegar ao tricampeonato pan-americano. Agora é tentar colocar o Brasil no pódio do Mundial Júnior"
Joílson Júnior

Esta foi a primeira vez que um atleta brasileiro, entre homens e mulheres, conseguiu o tricampeonato. "Consegui colocar tudo o que treinei em prática e, graças a Deus, a medalha de ouro veio. É uma honra ser o primeiro brasileiro a chegar ao tricampeonato pan-americano, principalmente na despedida da categoria júnior. Agora é pensar no Mundial e tentar colocar o Brasil no pódio do Mundial Júnior", projeta o lutador de 20 anos, idade limite para competir entre os juniores. O próximo de desafio de Joílson será em setembro, em Trnava, na Eslováquia.

Competindo também na categoria sênior, o atleta é tricampeão brasileiro e, em 2016, levou o bronze no Grand Prix de Paris. No mesmo ano, participou do Projeto Vivência Olímpica, do Comitê Olímpico do Brasil (COB), durante os Jogos do Rio, que tinha o objetivo de apresentar o ambiente do megaevento a atletas com potencial para a edição seguinte. "Foi uma experiência incrível! Não tem como esquecer. Podem vir várias Olimpíadas, mas essa foi marcante demais. Aprendi, assisti a palestras. Para mim, foi essencial", relembra.

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Michael Lima, Fábio Rodrigues, Joílson Júnior e Gabriel Lira deixaram o Brasil em terceiro lugar por equipes no estilo greco-romano. Foto: CBW/Divulgação

Com o retrospecto das lições de 2016, mas com os olhos voltados para 2020, Joílson não esconde o sonho de conquistar o primeiro título olímpico do wrestling para o país. "Acho que todo atleta tem o sonho de ser campeão olímpico. Acredito que posso me classificar, até porque trabalho para isso, mas sei que a caminhada é longa. Todo dia eu tenho o que melhorar. São muitos os desafios e vou continuar batalhando, evoluindo", afirma o atleta, contemplado com a Bolsa Pódio.

Para ele, uma medalha olímpica terá um significado ainda maior: pode ser um impulso para a popularização do wrestling no Brasil. "Como a luta ainda não tem uma medalha olímpica, o esporte não é tão conhecido. Eu espero fazer a diferença e mostrar a modalidade para as pessoas. Quero dar visibilidade ao esporte. Depois que vier uma medalha, o wrestling vai se destacar e vai começar a ser oferecido em vários lugares, escolas e projetos, como acontece com o judô e o futebol. Quero ver a luta assim", deseja. "Com o trabalho que venho fazendo, quero conseguir uma medalha não só para mim, mas para os atletas que estão vindo e os que ainda virão", completa.

Pan-Americano Júnior

Além do ouro de Joílson, outros nove brasileiros conquistaram medalhas no CFO no último fim de semana. Thais Oliveira (até 72kg) também subiu ao topo do pódio e, de quebra, encerrou um jejum de seis anos em que o Brasil não conquistava o título no estilo livre feminino do Pan Júnior. O último ouro brasileiro na competição foi de Lais Nunes, em 2012, na Guatemala.

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Thais conquistou o título e quebrou um jejum de seis anos para o país. Foto: CBW/Arquivo

"Não tenho nem palavras para dizer o que estou sentindo. Tinha o sonho de vencer um torneio internacional. Passei perto nos últimos dois anos e, graças a Deus, consegui ser campeã e ainda no Brasil", comemora Thais, de 20 anos, prata em 2016 e bronze em 2017. No feminino, o país ainda conquistou uma prata, com Beatriz dos Reis (até 76kg), e dois bronzes, com Gabriela Rocha (até 68kg) e Evelyn Santos (até 50kg).

No masculino, o Brasil conquistou quatro medalhas no estilo greco-romano: o ouro de Joílson Júnior, uma prata de Fábio Rodrigues (até 87kg) e os bronzes de Michael Lima (até 72kg) e Gabriel Lira (até 92kg). Com isso, o país terminou em terceiro lugar geral no estilo, atrás dos Estados Unidos e do México.

A competição foi encerrada no domingo (19), com as disputas do estilo livre masculino. Phelipe dos Santos (até 79kg) e Guilherme Pradella (até 97kg) levaram uma prata cada, totalizando dez medalhas para o Brasil.

rededoesporte.gov.br, com informações da Confederação Brasileira de Wrestling (CBW)