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12/08/2014 14h01

Jogos Olímpicos da Juventude começam neste sábado, na China

Primeiro salto para a elite do esporte, competição contará com 97 atletas brasileiros, em 24 modalidades

A segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude começa no próximo sábado (16.08), em Nanquim, na China. Cerca de três mil garotos e garotas, com idade entre 15 e 18 anos, representarão os 204 países filiados ao Comitê Olímpico Internacional (COI). O Brasil terá a segunda maior delegação, com 97 atletas em 24 modalidades, atrás apenas dos donos da casa.

Em 2014, a delegação nacional aumentou significativamente em relação à primeira edição, disputada em Cingapura 2010. Na ocasião, o Brasil contou com 81 atletas em 21 modalidades, conquistando sete medalhas – três de ouro, três de prata e uma de bronze. Na China, o Brasil não terá representantes no boxe, pentatlo moderno, ginástica de trampolim, golfe e tiro esportivo.

Wander Roberto/Inovafoto/COB
Wander Roberto/Inovafoto/COB # Emily Figueiredo na aclimatação antes dos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014
Emily Figueiredo na aclimatação antes dos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014

Segundo o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, os Jogos de Nanquim 2014 mostram um maior trabalho de base sendo feito, assim como a importância de parte do legado dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, que já está sendo utilizada. “Dos atletas em Nanquim, temos alguns que até podem surpreender em 2016, mas a realidade, para eles, será 2020, ou 2024”, analisa.

Leyser destaca ainda que, além da maior quantidade de atletas, o Brasil conseguiu classificação para modalidades em que o país não tem tradição, como o badminton, a luta olímpica e o tiro com arco: “Esse é mais um indicador do trabalho que está sendo feito. Um reflexo do apoio às categorias de base, de desenvolvimento, da estruturação de equipes multidisciplinares, e também da entrega de equipamentos para os diversos esportes.”

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O superintendente técnico do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marcus Vinícius Freire, também vê a melhora no trabalho de base. “Estamos com uma molecada melhor, já para 2020 e 2024. Nosso foco é o Rio 2016, onde precisamos ir bem e para onde vai a maior parte dos recursos. Mas temos um grupo que trabalha parte do tempo para 2024, agora com a consultora inglesa Su Campbell, que até Londres 2012 cuidou dessa faixa entre 12 e 16 anos em seu país”, disse.

Assim, os Jogos da Juventude são uma espécie de termômetro do que está sendo feito pelo esporte no país. Do esporte escolar, os garotos com mais potencial passam à faixa intermediária, que está a caminho da confirmação para o alto rendimento.

Na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura 2010, o Brasil voltou com sete medalhas: ouro de Caio Cezar Fernandes, no salto em distância e no revezamento medley do atletismo, e de David Lourenço da Costa, da categoria até 69 kg do boxe); prata de Flávia Gomes, da categoria até 63 kg do judô, de Thiago Braz da Silva, do salto com vara, e de Felipe Wu, da carabina de ar 10 m, do tiro esportivo, e bronze da seleção feminina de handebol (com Ana Eduarda Vieira, Caroline Martins, Deborah Nunes, Elaine Barbosa, Fernanda Marques, Francielle da Rocha, Gabriela Constantino, Isadora Garcia, Juliana de Araújo, Keila Alves, Laís da Silva, Larissa Araújo, Patrícia da Silva, e Thayanne Lopes).

Denise Mirás