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12/09/2016 17h51

Jogos Paralímpicos

Investimentos no paradesporto vão continuar após Rio 2016, diz Secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Prata no Judô, Wilians Araújo comemora planejamento do Governo Federal para manter apoio aos paratletas após Jogos Paralímpicos

Os atletas paralímpicos não ficarão esquecidos após os Jogos Paralímpicos Rio 2016. A garantia foi dada pela Secretária Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério da Justiça, Roseane Cavalcante de Freitas Estrela (Rosinha da Adefal), em entrevista coletiva nesta segunda-feira (12/9), no Rio Media Center. Ela estava acompanhada do judoca brasileiro Wilians Araújo, deficiente visual que conquistou medalha de prata no Rio 2016 no último sábado (10/9). "Teremos mais recursos para continuar investindo no paradesporto, para que em Tóquio 2020 tenhamos uma meta mais ousada que o quinto lugar no quadro geral de medalhas", disse a secretária.

Segundo Roseane, o Governo Federal investiu R$ 67,3 milhões diretamente em ações voltadas para o esporte paralímpico desde 2010. Além disso, foram firmados 17 convênios com confederações esportivas para preparar equipes em todo o país. "Nós acreditamos que o esporte é o melhor veículo de inclusão social. Além dos legados físicos e de imagem, queremos que o maior legado dos Jogos Paralímpicos seja a mudança de atitude em relação à pessoa com deficiência", afirmou a secretária.

A manutenção dos investimentos será viabilizada pelo aumento dos recursos destinados ao paradesporto via Loteria Esportiva. Após a sanção da Lei Brasileira de Inclusão, em agosto de 2015, o porcentual da arrecadação das loterias esportivas destinado ao paradesporto subiu de 0,3% para 1,0%. "Por isso, os investimentos não vão parar", disse Roseane.

O judoca Wilians comemorou a notícia e afirmou que isso tranquiliza muitos paratletas. "O investimento do Governo Federal foi muito grande, e isso permitiu que fizéssemos treinamento no exterior e pudéssemos viajar para competir", disse o lutador, que perdeu a visão aos 10 anos, num acidente com uma espingarda. Sem patrocínio privado, Wilians destacou que a Bolsa Pódio que recebe do Ministério do Esporte permitiu que ele pudesse treinar com mais tranquilidade. "Foi graças a isso que eu pude conquistar essa medalha e dar essa alegria à minha família e ao povo brasileiro. Fico muito feliz em saber que existe planejamento para continuar investindo no paradesporto depois dos Jogos Paralímpicos."

A falta de investimento, segundo o judoca, foi a maior dificuldade que ele enfrentou na sua trajetória esportiva. "No começo, quase desisti do judô. Tinha de estudar e concluir o ensino médio. Hoje melhorou muito, mas naquela época não havia materiais acessíveis para deficientes visuais, eu precisava ficar o dia todo na escola para que os colegas lessem pra mim. Não sobrava tempo para treinar, mas meus técnicos ligavam e insistiam para que eu voltasse aos treinos", contou Wilians.

Com a medalha de prata no peito, ele diz que seu próximo sonho é ser campeão de judô e trazer uma medalha de ouro de Tóquio, em 2020. Para Wilians, o esporte mostra o potencial da pessoa com deficiência que, muitas vezes, precisa apenas de oportunidade. "Espero que o grande legado dos Jogos seja mudar a cabeça de todos os brasileiros e mostrar o quanto somos capazes e o quanto somos iguais", disse o judoca.

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