Homem mais rápido do mundo e dono de seis ouros olímpicos, Bolt desembarca no Rio

Se for tão rápido na pista do Engenhão quanto foi em sua passagem pelo saguão de desembarque internacional do Aeroporto do Galeão, o jamaicano Usain Bolt tem tudo para acrescentar medalhas olímpicas de ouro à sua coleção. O homem mais veloz do planeta pousou no Rio de Janeiro por volta das 20h desta quarta-feira (27.07) e, ao passar pela área de desembarque, apenas acenou para uma multidão de jornalistas e alguns fãs que o esperavam, antes de deixar rapidamente o local.

Escoltado pela segurança do Galeão, Bolt, que usava boné, óculos escuros e fones de ouvido, entrou em um carro com membros da delegação da Jamaica e partiu em meio a um pequena confusão de pessoas que tentavam chegar perto do ídolo no Terminal 2 do Galeão. As primeiras imagens de sua chegada ao Rio, no entanto, foram feitas por ele mesmo, em sua conta na rede social Snapchat (ugoboss1919).

Bolt passou como um raio pelo saguão de desembarque do Aeroporto do Galeão. Foto: Mateus Baeta/Brasil2016

Aparentando bom humor, o jamaicano fez pequenos vídeos ao embarcar em um voo em Londres e outros quando chegou ao Rio. Em um dos posts, ele brinca com a própria imagem estampada nas propagandas de boas-vindas dos Jogos. Por último, sentado em sua mala, fala da espera na esteira de bagagens.

Dono de seis medalhas olímpicas de ouro, Bolt busca no Rio o tricampeonato nos 100m rasos, nos 200m e no revezamento 4 x 100m. Embora as provas de atletismo só comecem em 12 de agosto, Bolt vai aproveitar esses dias para se aclimatar e treinar no Rio. A expectativa é que ele use as instalações do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), na Zona Norte do Rio de Janeiro, que fechou acordo com a equipe de atletismo da Jamaica.

“Eu quis esperar para vê-lo, porque admiro muito ele como esportista e como pessoa, mesmo não conhecendo, só pela TV. Eu acho que ele colocou o país dele na frente de outros muito mais potentes”, disse Celdy Curti, que esperou mais de duas horas com a filha Mariana para ver o astro. Além de ingressos para um dia do atletismo, as duas compraram entradas para ver o handebol feminino, o rúgbi e a cerimônia de encerramento. “Ver o Bolt de perto dá mais emoção ainda”, disse Celdy.  

Família olímpica

Bolt foi o maior astro, mas o dia foi movimentado no desembarque internacional do Galeão. Mais de mil integrantes da família olímpica, entre atletas, dirigentes e componentes de delegações, chegaram nesta quarta. Equipes do México, Guiné Bissau, Austrália, Grã-Bretanha, Nova Zelândia, Portugal e Grécia desembarcaram no Brasil.

Medalha de ouro no salto triplo em Pequim-2008, o português Nelson Évora também chegou ao Rio nesta quarta. “É minha terceira vez no Rio. Me sinto em casa aqui”, disse o atleta de 32 anos.

Segurança reforçada nos aeroportos com apoio das Forças Armadas. Foto: Getty Images

Segurança

Para receber a família olímpica, o Galeão montou um esquema especial de segurança. No desembarque internacional, foi separada uma área para a imprensa, outra para funcionários de delegações e do Comitê Rio 2016 e outra para os fãs que queriam ver os astros do esporte. Na chegada, passageiros “comuns” passavam por um corredor, enquanto atletas e membros da família olímpica eram dirigidos a um local onde ônibus da organização aguardavam.

Durante os Jogos, a Força Aérea Brasileira vai empregar 350 militares como agentes de segurança pública nas imediações e dentro do Aeroporto Internacional Tom Jobim, além de áreas próximas à Base Aérea do Galeão e do Hospital da Força Aérea do Galeão (HFAG).

Além disso, o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, ganhou novo fôlego para absorver a demanda de passageiros durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Com investimentos de R$ 2 bilhões, a RIOGaleão, concessionária que administra o terminal, inaugurou o Píer Sul, estrutura de 100 mil m² que conta com 26 novas pontes de embarque.

Mateus Baeta, brasil2016.gov.br