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27/10/2015 15h18

Defesa

Governo reafirma parceria com programa de atletas nas Forças Armadas

Medalhistas dos Jogos Mundiais Militares visitaram a presidenta Dilma Rousseff. Brasil terminou em segundo no quadro geral. Estimativa é de que até 100 atletas militares cheguem aos Jogos do Rio e briguem por dez pódios
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Presidenta Dilma e ministros Aldo Rebelo, da Defesa, e George Hilton, do Esporte, recebem atletas que participaram dos Jogos Mundiais Militares. Foto: Ivo Lima
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Presidenta Dilma e ministros Aldo Rebelo, da Defesa, e George Hilton, do Esporte, recebem atletas que participaram dos Jogos Mundiais Militares. Foto: Ivo Lima
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Presidenta Dilma e ministros Aldo Rebelo, da Defesa, e George Hilton, do Esporte, recebem atletas que participaram dos Jogos Mundiais Militares. Foto: Ivo Lima
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Dono de 84 medalhas na sexta edição dos Jogos Mundiais Militares (JMM), finalizada no último dia 11, o Brasil comemorou a segunda colocação no quadro geral da competição, atrás apenas da Rússia. Nesta terça (27.10), 42 medalhistas visitaram o Palácio do Planalto e a presidenta Dilma Rousseff, representando os 282 brasileiros que competiram na República da Coreia.

No encontro, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, reafirmou a parceria com o Ministério do Esporte e com os atletas militares, por meio do Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento (PAAR). “Vamos reassumir o compromisso de continuar apoiando o esporte nas Forças Armadas e reconhecendo esse esforço de todos os atletas”, disse.

A criação do programa, em 2008, permitiu que até mesmo atletas olímpicos pudessem ingressar nas Forças Armadas e, assim, integrar o quadro da delegação militar do país. Os competidores contam com os benefícios próprios da carreira, como soldo, 13º salário, plano de saúde, assistência médica e férias.

“Os atletas militares estão com um protagonismo importante nas disputas em âmbito sul-americano, pan-americano e mundial. É uma preparação e um estímulo também para o próximo ano”, afirmou o ministro do Esporte, George Hilton.

Dos brasileiros que competiram na Coreia, 103 são contemplados com a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, e outros 39 recebem a Bolsa Pódio. Do total de 84 medalhas, 75 foram conquistadas por 91 bolsistas. A estimativa é de que até 100 atletas militares conquistem vaga nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e que estejam na briga direta por até dez medalhas. No Pan de Toronto, 123 atletas militares estiveram na competição e foram responsáveis por 43% das medalhas conquistadas pelo Brasil.

De acordo com o chefe da delegação nos Jogos Mundiais Militares, brigadeiro Carlos Augusto Amaral, o Brasil seguiu o modelo de outros países para formatar o programa de incentivo ao ingresso de atletas no Exército, na Marinha e na Aeronáutica. “Dos 10 primeiros países em 2012, oito têm programas de atletas de alto rendimento. A gente se inspirou principalmente nos programas de França, Itália e Alemanha. Mais ou menos metade das medalhas desses países é conquistada por atletas militares, e a gente pretende a mesma coisa”, projetou.

» Brasil termina em segundo lugar nos Jogos Mundiais Militares

“O ministério tem investido na reforma e ampliação de estruturas militares, dentro das unidades das Forças Armadas. Isso vai permitir também a criação de uma base da Rede Nacional de Treinamento. As Forças Armadas serão um grande parceiro na massificação do esporte em todo país”, completou George Hilton. Ao todo, a pasta está investindo R$ 123 milhões nas adaptações das unidades militares no Rio de Janeiro, que servirão para o treinamento de delegações durante os Jogos.

Preparação olímpica

Após cumprimentar os atletas, a presidenta Dilma parabenizou as conquistas e ressaltou a relevância do evento às vésperas dos Jogos de 2016. “Essa competição é importante para o país e para todas as atividades esportivas, principalmente quando nós somos o país-sede, no ano que vem, das Olimpíadas e Paralimpíadas. Certamente poderemos ver esses atletas com medalhas no peito no ano que vem”, afirmou.

De acordo com o brigadeiro Amaral, adversários enfrentados pelos brasileiros neste mês serão reencontrados no Rio de Janeiro. “O nível foi altíssimo. Nossa meta era ficar entre os cinco primeiros, e terminar em segundo lugar superou nossas expectativas”, comemorou. “A Rússia realmente mostrou superioridade que temos que usar como inspiração para talvez incrementarmos o nosso programa para os Jogos de 2019”, acrescentou. Líder do quadro de medalhas, a equipe russa fechou a competição com 135 medalhas.

Ao lado dos companheiros de equipe Emerson Duarte e José Carlos Batista, o carioca Julio Almeida conquistou a medalha de ouro na pistola fogo central 25m do tiro esportivo. Militar de carreira, coronel da Força Aérea Brasileira e porta-bandeira na cerimônia de abertura dos Jogos, o atleta agora traça sua preparação para os Jogos Olímpicos. “Ano que vem vou disputar torneios na Europa e etapas da Copa do Mundo”, disse o dono de medalhas em mundiais e do ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, que agora busca a vaga para 2016.

No taekwondo, Venilton Teixeira (-58kg) ainda passará por duas seletivas nacionais para carimbar sua classificação para as Olimpíadas do Rio. Nessa preparação, ele comemorou a conquista do ouro na Coreia. “O nível estava forte. As três primeiras lutas foram fáceis para mim, mas a final foi com o atleta do Irã que foi campeão olímpico da juventude no ano passado. Eu estava perdendo e consegui virar no final. O nível dos atletas que competiram lá é o mesmo dos que estarão nas Olimpíadas”, destacou. O atleta de 20 anos ainda foi campeão do US Open e medalhista de bronze do Mundial deste ano.

Após a cerimônia no Palácio do Planalto, os medalhistas seguiram para o Ministério da Defesa, onde receberam uma homenagem do ministro Aldo Rebelo.

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br