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Atletismo

15/08/2015 17h44

Toronto 2015

Goalball ganha dois ouros e Brasil aumenta hegemonia em modalidades coletivas

Seleção masculina foi bicampeã Parapan-Americana, enquanto feminina chegou ao topo das Américas pela primeira vez. Em outros esportes, como futebol de 5 e vôlei sentado, país chegou ao tri
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Seleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB
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Seleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB
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Seleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB
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Seleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB
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Seleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB
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Seleção masculina de goalball conquistou o ouro em partida contra os EUA. Foto: Fernando Maia/MPIX/CPB
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banner_parapan_coberturaespecial_1130x150.jpgO Brasil fecha o último dia de competições no Parapan de Toronto confirmando a supremacia em algumas modalidades coletivas e crescendo em outras. Neste sábado (15.08), foi a vez de o goalball masculino conquistar o bicampeonato continental ao derrotar os Estados Unidos por 10 x 4. No feminino, as brasileiras venceram as norte-americanas por 7 x 6 ontem e levaram o ouro inédito. Em Toronto, o país ainda ganhou o tri no futebol de 5 e no vôlei sentado masculino, além do bi no futebol de 7.

O topo do pódio no goalball teve um gosto especial para Leomon Moreno, que deu a volta por cima em Toronto, após ser cortado da lista de pré-convocados de Guadalajara. “Para mim é muito gostoso esse sentimento. Agora consegui a vaga e tivemos boa desenvoltura no campeonato. Ganhamos todas as partidas e o sentimento é de felicidade”, comemora o ala brasileiro.

As conquistas são resultado de investimento e dedicação dos atletas e comissão técnica, como explica Romário Marques, pivô titular da seleção de goalball. “A gente batalhou muito. Não foi por acaso, foi fruto do trabalho, da estrutura, o que recebemos do Ministério do Esporte e da Caixa Econômica. Com isso, a gente faz nosso dever nos treinos”.

A modalidade dá um exemplo de como a inovação pode melhorar o desempenho de uma equipe. Altemir Trapp assiste às partidas da arquibancada, local onde abre dois computadores para captar as informações do jogo. O celular está sempre a postos para que os dados sejam transmitidos em tempo real para o técnico Alessandro Tosim no banco de reservas. O sistema foi todo desenvolvido pela comissão técnica e é 100% nacional.

“Realizo a parte de análise e desempenho. Forneço os dados simultaneamente para a comissão técnica, que transmite para os atletas as ações que eles têm que realizar durante a partida, os locais que podemos explorar no campo adversário e quais as nossas dificuldades na defesa”, explica Trapp, que também faz a captação de vídeo dos confrontos. Tudo está armazenado em um banco de dados.

“No pré-jogo também fazemos uma análise de vídeo dos atletas, onde fornecemos as informações da equipe adversária, onde cobram pênaltis, se posicionam na defesa... Isso tudo ajuda no desempenho, pois a nossa equipe consegue anteceder as ações dos oponentes”, prossegue.

Atualmente, o Brasil é modelo para outras equipes no mundo, que vem desenvolvendo o mesmo sistema de trabalho. As principais forças do goalball mundial são Finlândia, EUA, Turquia, China e Lituânia. Adversários que serão bem analisados para que a seleção alcance a sua principal meta. “O objetivo final é a medalha de ouro no Rio 2016. Vamos treinar bastante, buscando a máxima performance. Temos um evento-teste, que vamos levar a molecada, porque vêm os melhores times do mundo e nós vamos captar o máximo de informações deles para ir com os melhores na Paralimpíada”.

Campanha

No goalball masculino e feminino o Brasil conquistou o ouro com campanhas invictas. Entre os homens as vitórias foram: 11 x 6 na Argentina; 10 x 0 em Porto Rico; 9 x 2 nos EUA; 10 x 0 na Venezuela; 12 x 2 no Canadá; 9 x 4 na Argentina (semifinal); 10 x 4 nos EUA (final).

No feminino a campanha foi: 3 x 1 no Canadá; 10 x 0 em El Salvador; 3 x 1 nos EUA; 10 x 0 na Nicarágua; 10 x 0 na Guatemala; 10 x 0 na Guatemala (semifinal); 7 x 6 nos EUA (final). Lembrando que na modalidade, quando uma equipe abre dez gols de vantagem o jogo é encerrado. Nos dois gêneros o Canadá ficou com o bronze. 

Outros esportes coletivos

Duas modalidades estrearam na 5ª edição dos Jogos Para-Pamericanos: o vôlei sentado feminino e o rúgbi em cadeira de rodas. Entre as mulheres, o Brasil ficou com a prata ao perder a decisão por 3 sets a 0 para os EUA, enquanto no rúgbi, esporte misto, a equipe ficou em quarto, ao ser derrotada pela Colômbia por 50 x 48.

A outra medalha de ontem nos esportes coletivos veio com o basquete feminino em cadeira de rodas, que venceu a Argentina na briga pelo bronze por 49 x 19.

Além do goalball masculino, o Brasil disputou mais duas medalhas neste sábado. No futebol de 7 a vitória por 3 x 1 sobre a Argentina rendeu o primeiro lugar. No basquete em cadeira de rodas masculino a equipe perdeu por 72 x 47 para os argentinos e terminou na quarta posição.

“Da forma que trabalhamos e viemos treinamos, nossa expectativa era de sair daqui com o ouro. Mas pecamos muito no jogo contra o Canadá (semifinal) e não soubemos recuperar a força para manter a concentração. Hoje, contra a Argentina, falhamos principalmente na finalização”, avalia o técnico do basquete em cadeira de rodas masculino Antônio Magalhães. “Faz parte do jogo, mas temos a chance de jogar dentro do nosso país e reverter isso. Vamos trabalhar muito para garantir a medalha em 2016”, finaliza.

Investimentos

Ao todo, o Ministério do Esporte financia com a Bolsa-Atleta 287 desportistas paralímpicos nas modalidades coletivas representadas no Parapan. Um investimento de mais de R$ 4,96 milhões por ano. Da delegação que representou o Brasil nestes esportes (basquete em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goallball, rúgbi em cadeira de rodas e vôlei sentado) em Toronto, 85 recebem o benefício.  

Gabriel Fialho, de Toronto – brasil2016.gov.br