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Volei

19/07/2015 14h52

Eventos-teste

França derrota a Sérvia e vence a Liga Mundial pela primeira vez

Competição de vôlei foi realizada no Maracanãzinho e serviu de evento-teste para os Jogos Rio 2016. Os Estados Unidos ficaram com o bronze

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A Liga Mundial terminou neste domingo (19.07), no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, com festa francesa. Ao derrotar a Sérvia por 3 sets a 0 (19/25, 21/25 e 23/25), a França tornou-se campeã pela primeira vez da competição, que também serviu de evento-teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016. A medalha de bronze ficou com os Estados Unidos, que venceram a Polônia também por 3 sets a 0 (25/22, 25/23 e 25/23).

A Sérvia chegou à final da Liga pela quinta vez. A França tentava o título pela segunda. Antes de começar a partida, já se sabia que, da quadra do Maracanãzinho, sairia o oitavo país a vencer a competição. França agora se juntou ao grupo de vencedores já formado por Brasil (9 títulos), Itália (8), Rússia (3), Estados Unidos (2), Holanda (1), Cuba (1) e Polônia (1). O Brasil terminou em quinto na Liga 2015.

Fotos: Heusi Action

Evento-teste

A atuação dos voluntários, como enxugadores de quadra e boleiros, a montagem da quadra, a atuação de DJ e locutores, o sistema de resultados e os procedimentos para exames antidopagem foram testados pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e a avaliação foi positiva

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A final

A França venceu o primeiro set em 23 minutos. Abriu vantagem de cinco pontos em vários momentos da parcial, mas os sérvios se esforçavam para encostar no placar. Só que uma série de erros da Sérvia, sobretudo de saque, ajudou os franceses a fecharem em 19/25, com um ataque de Ngapeth explorando o bloqueio.

O segundo set foi marcado por ótimos ralis, em que as defesas dos dois lados funcionaram muito bem. A primeira diferença de três pontos foi obtida pela França apenas após o segundo tempo técnico, quando os europeus chegaram a 16/19. No final da parcial, a França contou com um ataque preciso de Rouzier pela saída de rede para fazer 20/24. Com dois saques errados, sendo um de cada lado, o set terminou em 21/25. França: 2 a 0.

A Sérvia não se entregava e fez um jogo equilibrado no terceiro set. De um lado os irmãos Uros e Nikola Kovacevic, vibrando a cada ponto. Do outro, a irreverência e a eficiência de Ngapeth e o ataque de Rouzier sendo decisivo. Os sérvios que estavam na reserva convocaram a torcida. A arquibancada respondeu ensurdecendo o ginásio, tentando atrapalhar a concentração francesa, sobretudo quando o técnico Tillie pediu tempo quase no fim do set (22/18). A França foi atrás e Tillie  -o jogador, filho do treinador – deixou tudo igual em 22/22. Um ace de Le Roux deu o match point à França (23/24) e coube a Rouzier  - o maior pontuador do jogo -  o ataque final: 23/25. França campeã.

Le Goff e Rouzier comemoram o título inédito

Campanha

Com uma campanha invicta de 14 vitórias, a França venceu a segunda divisão e chegou às finais. Já no Rio, a equipe superou o Brasil (3x1) e perdeu para os Estados Unidos (3x1), classificando-se para a semifinal. A vaga na grande final veio com a vitória sobre a Polônia no tie break. A consagração veio neste domingo contra a Sérvia.

“Foram muitos jogos, grande equipes, e a gente conseguiu porque nos mantivemos focados nos jogos, em cada ponto. Estávamos concentrados o suficiente para manter a chance de chegar aqui e ganhar. Estou orgulhoso desta equipe, orgulhoso da geração anterior que também trabalhou muito. É o mesmo processo, uma cultura de voleibol, é muito importante para a França este título”, disse o técnico Laurent Tillie, que tem o Rio 2016 em mente há um bom tempo.  “Vamos treinar ainda mais, queremos muito voltar para os Jogos. Já faz três anos que a gente pensa nos Jogos do Rio e agora temos que classificar”, acrescentou.

Melhores jogadores

Ganharam os prêmios de melhores jogadores os ponteiros Ngapeth (França) e Kubiak (Polônia, segundo melhor), os centrais Holt (Estados Unidos) e Lisinac (Sérvia, segundo melhor), o levantador Toniutti (França), o oposto Atanasijevic (Sérvia) – escolhido como xodó pela torcida - e o líbero Zatorski (Polônia). Ngapeth também foi eleito o jogador mais valioso (MVP, na sigla em inglês) - da competição.

“Estou muito feliz. Ainda não estamos acreditando, mas acho que, quando a gente chegar à França, nós vamos acreditar, agora parece sonho. Ganhar com esse grupo de jogadores é muito especial. Faz três anos que estamos trabalhando duro juntos”, disse Ngapeth.

Disputa do terceiro lugar

Os Estados Unidos – vencedores da competição em 2008 e 2014 – disputaram o terceiro lugar com a Polônia, campeões em 2012 da Liga exatamente com vitória sobre os norte-americanos.

A equipe do técnico John Speraw abriu grande vantagem no primeiro set, chegando a 21/13, mas erros consecutivos deixaram a Polônia encostar no placar (23/22). Mesmo assim , os Estados Unidos conseguiram fechar em 25/22. O segundo set, mais disputado, guardou emoção para o final. Quando estava 24/23, o ponto que poderia ter decidido a parcial em favor dos Estados Unidos foi anulado em função do desafio de vídeo. Mas um saque polonês na rede encerrou o set em 25/23.

A Polônia demonstrou muita determinação no terceiro set, tendo ficado à frente no placar diversas vezes e chegando a 19/23. Só que os Estados Unidos não queriam alongar mais a partida. Empataram em 23/23 e logo conseguiram o set point. A recepção polonesa falhou, a bola voltou fácil e Russell, de xeque, encerrou a parcial em 25/23 e a partida em 3 sets a 0.

“De forma geral foi uma boa Liga. Estou bem orgulhoso da nossa recuperação após uma derrota devastadora para a Sérvia ontem, foram cinco sets, e o time conseguiu voltar e ganhar uma medalha nesta arena onde serão os Jogos no ano que vem”, disse David Lee.

O capitão da equipe norte-americana projeta uma edição olímpica especial e ele espera sair do Maracanãzinho com outra medalha em 2016. “Acho que o Rio é uma sede  incrível para os Jogos, é uma cidade de muita energia, serão jogos eletrizantes e acho que será uma das melhores edições. Estive em Pequim-2008 e Londres-2012 e espero conseguir a classificação porque queremos estar aqui no ano que vem e ganhar uma medalha de ouro”, acrescentou.

Eleito o melhor central da Liga, Holt comemora o terceiro lugar dos Estados Unidos

Carol Delmazo - brasil2016.gov.br