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Geral

05/02/2016 14h32

Prevenção

Forças Armadas mobilizam 220 mil militares em campanha contra o Aedes aegypti

Meta é visitar três milhões de residências em 356 municípios no dia 13 de fevereiro. Ministro do Turismo reforça que não há restrição de viagens ao Brasil por causa do vírus Zika

Os 26 estados e o Distrito Federal terão a presença de militares das Forças Armadas na campanha contra o mosquito Aedes aegypti  no dia 13 de fevereiro. A ação vai abranger 356 municípios, incluindo todas as cidades consideradas endêmicas, de acordo com indicação do Ministério da Saúde.  O Rio de Janeiro e as demais capitais do país – o que abrange todas as sedes do futebol olímpico - também estão na lista.

Serão mobilizados 220 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Eles irão às ruas para distribuir material impresso com orientações para a população sobre como manter a casa livre dos criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do vírus Zika. A meta é visitar três milhões de residências.

Para a distribuição do efetivo das Forças Armadas nesta fase de mobilização, foram considerados os municípios com maior incidência das doenças transmitidas pelo mosquito e os que contam com organizações militares instaladas.

Foto: Tereza Sobreira/ Ministério da Defesa

Próximas etapas

Esta será a segunda etapa da campanha contra o mosquito. Na primeira, de 29 de janeiro a 04 de fevereiro, as Forças Armadas realizaram um mutirão de limpeza em 1.200 unidades militares espalhadas pelo país. Ainda estão previstas duas etapas da campanha de combate ao Aedes. Entre os dias 15 e 18 de fevereiro, 50 mil militares, sob a coordenação do Ministério da Saúde, farão visitas nas residências, acompanhados por agentes de saúde, para inspecionar possíveis focos de proliferação, orientando os moradores e, se for o caso, fazendo aplicação de larvicida em criadouros.

A última etapa, ainda em fase de elaboração com o Ministério da Educação, prevê visitas a escolas. A meta é reforçar o trabalho de conscientização das crianças e adolescentes sobre como evitar a proliferação do mosquito.

Nesta quinta-feira (04.02), o ministro do Esporte, George Hilton, ressaltou, em nota, que o governo brasileiro descarta a possibilidade de cancelamento dos Jogos Rio 2016 por conta do vírus Zika e reafirmou que as ações coordenadas por parte dos três níveis governamentais, em conjunto com o Comitê Rio 2016, assegurarão o eficaz combate aos criadouros do Aedes aegypti.

Prevenção no turismo

Também nesta quinta-feira, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, enviou um apelo a secretários estaduais e municipais de Turismo para que todos ajudem no combate ao mosquito. Os gestores serão alertados, ainda, sobre os cuidados com canteiros de obras de infraestrutura turísticas, realizadas por meio de convênios com o Ministério do Turismo.

“Hoje temos mais de 4 mil obras ativas no país. Nossa preocupação é para que todos cuidem desses espaços para que não virem criadouros do vetor. Queremos alertar a todos os gestores, para que eles, o setor de construção, e os próprios operários, que estão na ponta, mobilizem-se para enfrentar esse que é um inimigo único”, reforçou o ministro.

Além do comunicado aos gestores, o Ministério do Turismo está desenvolvendo uma série de medidas de sensibilização da sociedade, empresários e todas as esferas de governo. Meios de hospedagem, bares, restaurantes, operadoras de viagem, guias, secretarias de Turismo e demais atores do setor estão sendo orientados para o combate ao inseto. Os viajantes também têm uma papel fundamental no combate ao mosquito, segundo o ministro.

“Com o Carnaval e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mais adiante, teremos períodos de grande fluxo turístico no país. Precisamos alertar os visitantes que, ao saírem de casa para viajar, não deixem que suas residências virem criadouros para os mosquitos. E também em seus destinos, que adotem medidas de prevenção, como o uso de repelentes”, disse Henrique Alves em entrevista à Agência de Notícias do Turismo (ANT).

Sem restrições de viagens

O ministro do Turismo reforçou que não há restrição de viagens ao Brasil. “Em um momento de emergência de saúde pública, o Ministério da Saúde brasileiro, em consonância com a Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou que não é necessária medida restritiva de viagem para o Brasil, além do cuidado especial com as gestantes, ao vírus Zika.

Logo após o comunicado da OMS, a Organização Mundial do Turismo emitiu uma nota reforçando as orientações do organismo internacional de saúde. Segundo a OMT, algumas medidas deveriam ser observadas, como a ampla divulgação de informações sobre medidas de prevenção e riscos de se expor a mordida do mosquito. Especificamente para as grávidas, a recomendação geral dos especialistas em saúde do viajante é que, independentemente do destino ou motivo, as gestantes devem consultar o seu médico antes de viajar. Mas também nesses casos, não há restrição de viagens”, explicou.

Fontes: Ministério da Defesa e Ministério do Turismo