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Badminton

28/11/2015 18h02

Evento-teste

Espanhol “penetra” enfrentará astro chinês na decisão do Grand Prix de badminton

Lin Dan venceu compatriota Zhu Siyuan e disputa o ouro com Pablo Abián, que também ganhou de um chinês na semifinal. As cinco categorias terão chineses nas finais

Espanhol Pablo Abián enfrentará o astro chinês Lin Dan na final do Grand Prix de badminton. Foto: Pedro Martins/BWF

Eram três chineses e um espanhol nas semifinais do masculino individual do Grand Prix de badminton, evento-teste da modalidade que é realizado no Riocentro, no Rio de Janeiro. Neste sábado (28.11), Pablo Abián (35º no ranking mundial) estragou a possível final 100% asiática ao derrotar o chinês Guo Kai (113º) por 2 sets a 0 (24-22 e 21-15).

“Estou muito satisfeito com o jogo, mostrei um rendimento alto e o plano de jogo saiu de forma perfeita desde o princípio. Estou feliz de estar em uma final aqui no Brasil. Esse era o objetivo”, disse Pablo, o único que venceu um chinês nas chaves individuais, sem contar os confrontos China-China.

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O adversário de Pablo será o bicampeão olímpico e pentacampeão mundial Lin Dan (4º), que derrotou o compatriota Zhu Siyuan (187º) por 2 sets a 1 (15-21, 21-12 e 21-15) na outra semifinal. A decisão do Grand Prix do Brasil será o terceiro confronto entre o espanhol e o chinês. Nas outras duas partidas – uma no Grand Prix Gold da Alemanha e a outra no Open da Coreia do Sul, ambas em 2012 – Lin Dan se deu melhor.

Lin Dan, o astro chinês. Foto: Pedro Martins/BWF

O astro

Lin Dan não é só destaque no esporte. Tem marca própria de roupas íntimas, um de seus patrocinadores lançou uma linha exclusiva de material esportivo com seu nome, é um astro em seu país. Ao entrar em quadra com um tênis de cada cor, não é por acaso. Ali pode ter ação de marketing. Mas, a menos de nove meses dos Jogos Olímpicos, o foco tem que ser no esporte, afinal apenas dois chineses podem estar no Rio 2016 em cada categoria, e a competição interna é grande.

“Estar nos Jogos Olímpicos e representar a China é uma honra. Sou o gerente da minha empresa, sou uma estrela no mundo do entretenimento e também atleta, mas ser atleta é meu papel principal. Eu amo  o badminton”, disse a um jornalista chinês, que traduziu a declaração aos jornalistas brasileiros.

Esqueça o ranking

O nível é tão alto na China que uma posição no ranking não significa muito. Conseguir vaga para representar o país em um torneio que vale pontos não é tão simples e jogar campeonatos internos pode ser um desafio muito maior. Em uma das semifinais de duplas mistas, por exemplo, os holandeses Jacob Arends e Selena Piek,  que ocupam a 12ª posição no ranking de duplas mistas, perderam para os chineses Zheng Siwei e Chen Qingchen (66º)  por 2 sets a 1 (19-21, 21-19 e 21-13).

“Eles podem treinar em alto nível todos os dias, eles têm os melhores jogadores. Nós somos os melhores do nosso país e não temos rivais. Eles (Zheng e Chen) estiveram na semifinal do China Open no ano passado, isso já mostra o nível”, disse Selena.

Os holandeses Jacob Arends e Selena Piek, mesmo estando muito à frente no ranking, não conseguiram vencer a dupla chinesa Zheng Siwei e Chen Qingchen na semifinal do Grand Prix. Foto: Pedro Martins/ BWF

No badminton, não há disputa de terceiro lugar, então os derrotados na semifinal garantem o bronze. Há presença chinesa nas cinco finais deste domingo (29.11). Confira os confrontos, a partir de 13h (horário de Brasília):

Duplas masculinas
Huang Kaixiang/Zheng Siwei (98º) – China x Wang Yilv / Zhang Wen (24º) - China
Duplas femininas
Eefje Muskens/ Selena Piek (7º)- Holanda x Chen Qingchen/ Jia Yifan (63º) – China
Individual feminino
Shen Yaying (75º) - China x Li Yun (136º ) – China
Individual masculino
Lin Dan (4º ) - China x Pablo Abián (35º) - Espanha
Duplas mistas
Evgenij Dremi / Evgenia Dimova (35º ) – Rússia x Zheng Siwei/ Chen Qingchen (66ª ) - China

Os resultados podem ser acompanhados neste link.

Testes

O Grand Prix é organizado pela Federação Mundial de Badminton (BWF, na sigla em inglês) e o Comitê Rio 2016 tem atuação mais restrita. Os testes envolvem a operação do esporte, a parte de cronometragem, resultados, voluntários, área de competição – incluindo aspectos como a  iluminação e o sistema de ar condicionado – e serviços aos atletas.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br