Psicologia e time multidisciplinar: os trunfos da Seleção de futsal em busca do ouro

Quando a Seleção Brasileira de futsal entrar em quadra para enfrentar a Rùssia nesta quinta-feira, a partir das 18h, no Parque Tecnópolis, o Brasil terá a última chance de conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018, mas, qualquer que seja a conquista, ela será o resultado da soma de esforços de muita gente.

Além dos 10 jogadores - os goleiros Françoar Oliveira e Mateus Barbosa, os fixos Breno Bertoline, Caio Valle e João Victor, os alas Wesley Reinaldo, Matheus Moura e Yuri Gavião e os pivôs Guilhermão e Vitão, a comissão técnica conta com cinco pessoas: o supervisor José Fiuza (Barata), o treinador Daniel Júnior, o preparador físico Fabiano Silva, o fisioterapeuta Valter Rovere e o preparador de goleiros Igor Braga. O presidente da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), Marcos Madeira, também está na Argentina, e o time fica completo com Alessandra Dutra, psicóloga do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Alessandra, que trabalhou com a Seleção Feminina de Handebol campeã mundial de 2013, é a responsável pela preparação mental dos jovens atletas em Buenos Aires. Antes da semifinal contra a Argentina, quando o Brasil precisou enfrentar um ginásio lotado com a torcida dos hermanos, ela fez um trabalho específico. O resultado foi um time que conseguiu "jogar o jogo emocional", como diz o técnico Daniel, e venceu por 3 x 2.

"Eu sempre insisti em ter uma comissão técnica de qualidade, que trabalhasse no alto rendimento e que tivesse a ideia do trabalho interdisciplinar. Aqui na Argentina fiz questão de incorporar a psicóloga, por saber da importância, já que sou especialista em psicologia do esporte. Era a única área que não tínhamos", conta Daniel.

Para o treinador Daniel Júnior, é preciso entender que o esporte é multifatorial e complexo na sua totalidade. Foto: Pedro Ramos/rededoesporte.gov.br

Estrutura

O Time Brasil tem uma estrutura de apoio na Vila Olímpica montada pelo COB que conta com psicóloga, médicos, fisioterapeutas, massagistas, além de profissionais da área esportiva e administrativa. “Nós somos um time e estamos fazendo uma ação coletiva. A preparação mental só ocorre porque existe todo um trabalho multidisciplinar forte por trás. Nessa faixa etária é fundamental que os atletas sintam segurança em todas as áreas que estão atuando com eles”, disse Alessandra ao site do COB.

Para o treinador Daniel Júnior, é preciso entender que o esporte é multifatorial e complexo na sua totalidade. "A importância disso é poder ter o conhecimento aplicado de todos em um resultado que é maior do que uma soma matematica. Ter todos com seus conhecimentos em prol da busca da melhor performance possível", resumiu.

Mateus Baeta, de Buenos Aires, na Argentina - rededoesporte.gov.br