Geral
Entrevista
Em êxtase, Arthur Zanetti e Poliana Okimoto contam como conquistaram suas medalhas no Rio
A terça-feira (16.08) foi especial no Espaço Time Brasil, na Barra da Tijuca. Isso porque três medalhistas olímpicos movimentaram o local menos de 24 horas depois de brilharem nos Jogos Rio 2016. O ginasta Arthur Zanetti, prata nas argolas, e a nadadora Poliana Okimoto, bronze na maratona aquática, conversaram com os jornalistas e contaram detalhes das duas conquistas durante a manhã. O medalhista de ouro no salto com vara, Thiago Braz, concedeu entrevista à tarde (leia mais).
Com um sorriso permanente no rosto, Arthur Zanetti exibia orgulhoso sua segunda medalha olímpica da carreira. Ouro em Londres-2012, o paulista conquistou a prata na prova das argolas com uma nota de 15,766 no Rio de Janeiro. O brasileiro só foi superado pelo grego Eleftherios Petrounias que, em um dia inspirado, cravou 16,000.
"Eu não vi a série dele (Petrounias), não vi a nota. Só fiquei sabendo que eu fiquei em segundo lugar quando saiu no placar. Não assisti nenhuma prova. Eu estava disputando no escuro e era o que eu queria: competir tranquilo, fazer a minha prova e sair satisfeito. É melhor porque você precisa cuidar de si para depois pensar em seus adversários", afirmou Zanetti.
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Mesmo sem conquistar o bicampeonato olímpico, Arthur Zanetti garantiu estar satisfeito com o resultado no Rio de Janeiro. "Ganhar a prata aqui me deu mais alegria do que o ouro em Londres. Competir em casa e defendendo um título é muito difícil, então obter esse resultado aqui tem um gostinho a mais", comemorou o ginasta.
Na avaliação de Zanetti, a prova foi muito disputada e o resultado, justo "Fiz minha prova e saí satisfeito. Essa competição foi um pouco mais disputada que as outras, mas é assim mesmo. São pequenos detalhes que sempre fazem a diferença", encerrou Zanetti.
Com a prata de Arthur Zanetti, a ginástica artística brasileira contabiliza três medalhas nos Jogos Rio 2016. Antes dele, Diego Hypolito e Arthur Nory levaram prata e bronze respectivamente, nos exercícios de solo.
Deus é brasileiro
Poliana Okimoto também fez questão de destacar a importância de se conquistar uma medalha olímpica em casa. "Alcançar esse objetivo competindo no próprio país é algo indescritível", garantiu a nadadora, bronze na maratona aquática, disputada na segunda-feira, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
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A conquista de Poliana veio de forma emocionante. A nadadora havia cruzado a linha de chegada na quarta posição, mas graças à desclassificaçã da atleta francesa Aurelie Muller por conta de uma manobra ilegal, a brasileira acabou com a medalha de bronze.
"Quando cheguei em quarto, eu já estava satisfeita. Eu já tinha feito o meu máximo. Fiz minha melhor prova, não tinha mais o que dar. Quando veio o terceiro lugar então, foi emocionante. Eu já sou meio chorona, não consegui segurar as lágrimas. Eu mereci muito. Lutei muito por esta medalha", afirmou a brasileira.
De acordo com a atleta, a preparação para os Jogos do Rio de Janeiro foi a melhor possível. Poliana disse que estava preparada para encarar as condições do mar do Copacabana. "A gente vinha monitorando as previsões e esperava água fria e mar mexido".
Nos Jogos de Londres, em 2012, Poliana Okimoto sofreu uma hipotermia e teve de abandonar a prova. "Me preparei para isso. O mar não estava nem frio, nem mexido. Foi muito melhor, foram as condições que gosto. Deus é brasileiro, né?", brincou.
Com a conquista, Poliana Okimoto se tornou a primeira medalhista olímpica do Brasil na prova da maratona aquática. O resultado também é o melhor da história da natação feminina do país.
Galerias de fotos (disponíveis para uso editorial gratuito, desde que creditadas para Francisco Medeiros/ brasil2016.gov.br)
João Paulo Machado - brasil2016.gov.br