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26/04/2016 12h19

Rio 2016

Em conversa com internautas, ministro ressalta momento único às vésperas dos Jogos

Ricardo Leyser respondeu às perguntas enviadas pelas redes sociais e destacou a chegada da Tocha Olímpica ao país, o orçamento do evento e o legado para o futuro

Os brasileiros terão uma oportunidade única de vivenciar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em solo nacional. Daqui a 101 dias os melhores atletas do planeta desembarcarão no país, os turistas de várias partes do mundo conhecerão a nossa diversidade cultural e as belezas naturais. A mensagem foi ressaltada pelo ministro do Esporte, Ricardo Leyser, na última segunda-feira (25.04), durante conversa ao vivo com internautas. "Está na hora de começarmos a curtir o momento e conviver com todos os povos que estarão no Brasil para assistir aos Jogos", disse.

O próximo dia 3 de maio será um marco na preparação para o evento. A chegada da Chama Olímpica, que desembarcará em Brasília depois de ficar exposta no Museu Olímpico em Lausanne, na Suíça, percorrerá 334 cidades com a missão de espalhar o espírito olímpico em todo território nacional. "É uma oportunidade que provavelmente não veremos outra vez no Brasil. A minha geração não vai conseguir ver uma segunda edição das Olimpíadas em casa. Então, é a chance de ver os melhores atletas do mundo, de conhecer outros esportes que não conhecemos, mas que são sensacionais", ressaltou Ricardo Leyser.

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Foto: Ivo Lima/ME

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No bate papo, o ministro falou sobre a reta final para os Jogos Rio 2016, o legado esportivo que o evento deixará e o revezamento da tocha. Confira as perguntas dos internautas:

Como estamos a 100 dias dos Jogos?

O Brasil aprendeu muito com os Jogos Pan-Americanos de 2007 e com a Copa do Mundo de futebol de 2014. Chegamos a 100 dias dos Jogos muito bem, com todas as obras praticamente prontas, com apenas detalhes a serem vistos. A avaliação do Comitê Olímpico Internacional (COI) é muito boa e não há dúvida se vai haver ou não a entrega dos equipamentos. Os estádios então prontos e penso que estamos muito bem.

Os nossos atletas nunca estiveram tão bem preparados. Com o Plano Brasil Medalhas, que foi a preparação nos últimos anos específica para os Jogos, conseguimos proporcionar aos atletas equipe multidisciplinar, períodos de treinamentos no exterior, novos equipamentos e instalações.

Estamos vendo em várias modalidades um crescimento na reta final. Uma parte do segredo é saber, durante os quatro anos que antecedem o ciclo, quando o atleta vai chegar ao auge. Agora, estamos vendo em várias modalidades os atletas chegarem no ápice às vésperas dos Jogos.

A intenção é que seja uma política estável do Ministério do Esporte. Nós falamos que o Plano Brasil Medalhas influencia não só os atletas que estarão em 2016, mas também as novas gerações.

Quando nós vamos nos centros de treinamento que construímos no âmbito do Plano Brasil Medalhas, como o de saltos ornamentais da UnB (Universidade de Brasília), vemos os atletas da seleção e também as gerações seguintes. O Plano hoje já influencia os atletas que vão nos representar nos Jogos de 2020 e 2024.

A intenção do Ministério do Esporte é que a partir da experiência bem sucedida de 2016, a política esportiva seja estável.

O número oficial que trabalhamos com o COI é de 98% das obras prontas. Temos ainda uma questão com o centro de tênis e com o velódromo, que estarão prontos em junho. Eles estarão se aproximando dos 90% de conclusão ao final de abril, começo de maio.

Muitos ingressos estão se esgotando. A melhor maneira de comprar é pela internet, porque é muito grande a possibilidade de que uma parte dos eventos esteja indisponível durante os Jogos. É preciso ter muita atenção para os lotes na internet, porque realmente vai ser muito difícil achar o ingresso nas vésperas dos Jogos.

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Visão geral do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Os jogos de futebol são uma boa oportunidade porque os estádios contam com uma maior capacidade de receber torcedores. Como há outras cidades, além do Rio de Janeiro, você tem a facilidade de não precisar se deslocar da sua cidade.

Nós ainda não estamos com o sistema de energia definitivo para os eventos-teste. Ainda é um sistema provisório e não é o mesmo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Dos Jogos Olímpicos são mais robustos, com geradores de backup.

É um evento-teste. Muitas falhas ocorridas não são de fornecimento de energia elétrica, pode ser de operação. É para isso que os eventos-teste existem, para corrigir erros.

Eu estava em Olímpia, na Grécia, para acompanhar o acendimento do fogo olímpico. Neste exato momento, a tocha está percorrendo a Grécia e no dia 27 vai ser passada para o Comitê Organizador do Rio de Janeiro. Ela vai fazer uma visita à ONU e no dia 3 de maio vai chegar ao Brasil.

Imaginamos um grande clima de festa. O Ministério do Esporte se reuniu com praticamente todos os prefeitos que vão receber a tocha. Todas as cidades estão com um grau de entusiasmo muito grande.

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Revezamento da Tocha em Kabala, Grécia. Na foto carregando a tocha Riala Krossymchy. Foto: Roberto Castro/ME

É um símbolo milenar da cultura esportiva. É um símbolo de paz, união e fraternidade. Eu pude ver o campo onde os antigos atletas corriam e paravam as guerras, três meses antes e três meses depois dos Jogos. É esse espírito que vai contaminar o Brasil com a chegada da tocha.

Será uma oportunidade de mostrar a cultura e os pontos turísticos das cidades. Penso que o Brasil vai entrar no clima olímpico a partir do dia 3 de maio, quando a tocha chegar no Brasil.

Essa é uma definição que o presidente Lula implantou: tudo o que o Governo Federal fizer para os esportes olímpicos deve fazer também para os paralímpicos. É claro, respeitando as dimensões e as necessidades. Das instalações do Rio, que são as mesmas, até o Plano Brasil Medalhas, com a Bolsa Pódio. Temos muito orgulho dos nossos atletas paralímpicos.

É importante destacar que as pessoas que desejam participar dos Jogos pensem também nos paralímpicos. A cerimônia de abertura será sensacional, eu vi o briefing, é uma coisa emocionante. O esporte paralímpico, além da emoção do esporte, tem um componente humano sensacional para levar a família, os filhos, com valores humanos muito importantes para as famílias. É um evento que não deve nada aos Jogos Olímpicos.

Não temos superfaturamento no orçamento, pelo contrário. Se olharmos para Tóquio 2020, só o que está previsto para um estádio é três vezes mais do que o Ministério do Esporte gastou para fazer toda a parte esportiva do Rio de Janeiro. Os Jogos Rio 2016 vão custar menos da metade que custaram a edição de Londres 2012, mostrando que a gente consegue fazer (o megaevento) com custo adequado, mesmo antes da desvalorização cambial.

Infelizmente, alguns pontos não foram resolvidos. O governo do Estado teve dificuldade com as obras da Baía. Havia uma previsão de despoluir, diminuir o lançamento de esgoto em até 80%, mas o governo do Estado diz que vai chegar a 50%. Também é um número significativo porque menos de 10% do esgoto da Baía é tratado e vamos ultrapassar esse número. É mais do que fizemos nos últimos anos.

São vários legados. Tem um legado que é o urbano. Você tem o Rio de Janeiro completamente transformado com transporte público, com metrô e BRT, com um investimento nunca feito antes numa cidade do Brasil.

Fica um legado para o esporte também. Não só em infraestrutura, com equipamentos, arenas, mas também fica o conhecimento. O que nós aprendemos com o Plano Brasil Medalhas, com a preparação de atletas, com técnicos estrangeiros que vieram para o Brasil. Tudo isso é um grande aprendizado e a infraestrutura que espalhamos pelo país. Tínhamos menos de seis pistas de atletismo e vamos ter praticamente 50 até o final de 2016. Tudo isso fica.

Temos também a exposição. Não há nada que dê tanta exposição como os Jogos Olímpicos. São mais de 5 bilhões de pessoas assistindo. Não existe um anúncio que dê para colocar em todas as televisões do mundo. Os Jogos cumprem esse papel. Todas as televisões do mundo vão vir para o Rio de Janeiro.

Em Barcelona, o pico no turismo aconteceu dez anos depois da realização dos Jogos Olímpicos. Porque ano após ano, mais turistas visitaram o país.

São mais de 25 mil profissionais de mídia. Jornalistas, câmeras, todas as profissões ligada à mídia. Temos três centros de mídia. Para a televisão, o IBC que distribui as imagens, o MPC que é o centro principal de mídia, e temos um centro para a mídia não credenciada.

O MPC foi inaugurado e eu estive lá com o prefeito Eduardo Paes. E o centro de mídia não credenciado também está sendo finalizado com links de comunicação sendo instalados. O Rio já conta com uma quantidade grande de correspondentes estrangeiros trabalhando.

Breno Barros
Ascom – Ministério do Esporte