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15/02/2018 09h42

Jogos Olímpicos de Inverno

Dupla alemã faz apresentação próxima da perfeição, quebra recorde olímpico na rotina livre e leva o ouro em PyeongChang

Aljona Savchenko e Bruno Massot somam 235,90 com as duas apresentações e conquistam o título que faltava à experiente patinadora. Prata ficou com a China e o bronze, com o Canadá

 

O abraço e o choro deitados na pista de patinação no gelo da Arena de Gangneung, na Coreia do Sul, eram indicativos de que algo impressionante havia acabado de ocorrer. Aljona Savchenko e Bruno Massot tinham exata noção do que haviam protagonizado na rotina livre da competição em pares nos Jogos Olímpicos de PyeongChang.

Dupla se deixa cair no chão da Arena de Gangneung após performance impressionante nos Jogos de PyeongChang. Foto: Olympic.org

Momentos depois, sentados na área destinada aos atletas e comissão técnica para a revelação das notas, a confirmação. Os 159.31 pontos da apresentação tornaram-se imediatamente novo recorde olímpico e mundial da rotina livre. Mais do que isso. Foram suficientes para transformar o quarto lugar parcial da dupla alemã do dia anterior, obtido no programa curto, na medalha de ouro que faltava para o currículo inquestionável da ucraniana que se naturalizou alemã em 2006.

"Mesmo com o quarto lugar no primeiro dia, eu estava confiante. Eu disse para o Bruno: 'Nós vamos fazer história hoje'. E tudo ocorreu como imaginei. Finalmente esse ouro se tornou verdade"
Aljona Savchenko

"Mesmo com o quarto lugar no primeiro dia, eu estava confiante. Eu disse para o Bruno: 'Nós vamos fazer história hoje'. E tudo ocorreu como imaginei. Finalmente esse ouro se tornou verdade. Nós celebramos a virada do ano juntos e dissemos: 2018 será o nosso ano. E aconteceu", afirmou Aljona Savchenko.

O somatório de 235,90 pontos levando em conta os dois dias permitiu que o casal europeu superasse nos milésimos a dupla chinesa Sui Wenjing e Han Cong. Atuais campeões mundiais, os asiáticos haviam sido os melhores no programa curto, mas falharam em alguns movimentos na rotina livre e acumularam 235,47 pontos. O bronze foi para a dupla canadense formada por Meagan Duhamel e Eric Radford: 230,15.

Aljona já tinha no currículo quatro campeonatos europeus, cinco conquistas da final do Grand Prix e cinco títulos mundiais, além de dois bronzes olímpicos (em Vancouver, 2010, e Sochi, 2014). Aos 34 anos, contudo, muitos já não a apontavam como favorita. Os pares chineses, da Rússia e do Canadá estavam no topo das apostas para o pódio em PyeongChang.

Sincronia e leveza de movimentos da dupla alemã valeu o ouro olímpico. Foto: Olympic.org

Parceiro de Aljona desde 2014, Bruno Massot é outro que adicionou ao passaporte a estampa alemã recentemente. Francês de origem, ele obteve a cidadania em novembro de 2017. Aos 29 anos, já havia batido na trave ao lado de Aljona uma vez no Mundial de 2017 (foi prata, superado exatamente pela dupla chinesa) e duas vezes no Campeonato Europeu, em 2016 e 2017, também prata. 

A rotina livre do casal, repleta de movimentos acrobáticos bem sucedidos, de levantamentos de alto grau de dificuldade e de uma sincronia de movimentos corporais impressionante, foi embalada por La Terre vue du ciel, de Armand Amar.

"Hoje quando acordei, estava me sentindo muito bem. O treino foi bom e quando chegou a hora da competição tivemos aquele sentimento de que era nossa hora de lutar. Eu tinha a medalha de ouro na mente. Saí da rotina curta pensando que não queria que a Savchenko voltasse com outro bronze. Ela merecia o ouro. Mesmo assim, é inacreditável sair de quarto lugar para primeiro", disse Massot, que havia errado em uma das aterrissagens num salto triplo no primeiro dia de competição.

Rededoesporte.gov.br, com informações do site oficial dos Jogos Olímpicos de Inverno