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Atletismo

21/07/2016 18h27

Deodoro

Defesa apresenta novo Centro de Controle Interagências e estrutura militar móvel

Ministro Raul Jungmann sobrevoou as regiões de competição olímpica. Viaturas de contingência chegaram de outros estados ao Rio de Janeiro para apoio a operações integradas

O Rio de Janeiro conta com uma nova estrutura para apoio às operações de segurança e defesa durante os Jogos Olímpicos. Com viaturas recebidas de Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul e Paraná, o Centro de Coordenação de Operações Terrestres Interagências Móvel é o primeiro montado no país que poderá ser deslocado em caso de necessidade na proteção de estruturas estratégicas, em calamidades públicas e em ações de combate ao terrorismo.

"É um projeto piloto que pretendemos implantar, a partir do ano que vem, em outros oito comandos militares de área no Brasil", explica o tenente-coronel Felipe Drumond Moraes, comandante do Batalhão Escola de Comunicações, responsável pela execução do projeto no Rio de Janeiro.

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Estrutura do Centro de Controle de Operações Interagências, em Deodoro. Foto: Sargento Gerardo/CCOMSEX

Durante os Jogos Olímpicos, o centro móvel, inicialmente localizado no Comando de Defesa Setorial (CDS) de Deodoro, poderá ser acionado dentro das estratégias do projeto Proteger, do Exército, para apoio ao evento. "Se tivermos algum problema no nosso Centro de Comando e Controle, no Centro do Rio, essa estrutura móvel tem condições de apoiar e ser deslocada para alguma área de interesse da coordenação de defesa", acrescenta Drumond.

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A comunicação é de voz, dados e imagens, interligando os quatro CDS da cidade (Barra, Deodoro, Maracanã e Copacabana) e as demais forças subordinadas. "Esses caminhões têm a capacidade de integrar imagens, informação e áudio de todos os demais centros de comando e controle que podem ser deslocados a qualquer local e a qualquer momento. É uma pequena parte do equipamento que está disponível para nossas atividades de defesa e segurança", avalia o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que nesta quinta-feira (21.7) visitou o CDS de Deodoro.

O local, ampliado para atuar durante os Jogos Olímpicos, passa a contar agora com o Centro de Controle de Operações Interagências. Ao todo, 125 câmeras foram adquiridas e posicionadas na região de Deodoro, em pontos próximos às instalações de competição, monitorando vias, entradas e locais de passagem do público.

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General Sinott explicou parte dos conceitos do trabalho de enfrentamento ao terrorismo. Foto: Sargento Gerardo/CCOMSEX

Inspeções

Antes de desembarcar em Deodoro, Jungmann ainda sobrevoou outras regiões de competição olímpica e as estruturas militares a cargo das Forças Armadas, por meio da Coordenação Geral de Defesa de Área (CGDA). "Iniciamos nossas visitas ontem (quarta-feira) ao CDS do Maracanã, onde conhecemos todos os equipamentos de comando e controle e a situação dos nossos efetivos. Hoje estivemos no CDS da Barra, onde visitamos diversos batalhões, tomamos conhecimento de toda cobertura que está sendo feita no que diz respeito à Transolímpica e à Vila Olímpica. Também fizemos a inspeção do Parque Olímpico e uma revisão de todos os procedimentos para as diversas etapas e provas que vão ser feitas ao ar livre", detalha.

Segundo o ministro, já há 20 mil militares em operação no Rio de Janeiro e, na próxima semana, o efetivo de 22 mil homens estará completo para a atuação nos Jogos Olímpicos, em ações de Defesa Nacional e no policiamento ostensivo de regiões. "Tudo isso culmina no próximo dia 24, quando a Vila Olímpica será aberta oficialmente e nós iremos concluir toda nossa etapa de exercício, preparação, testes e integração", adianta Jungmann.

Combate ao terror

Em relação à ameaça terrorista deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira, o ministro da Defesa ressaltou que o grupo detido já era monitorado. "Nós já acompanhávamos esse grupo e recebíamos dados e informações há algum tempo. Ele tinha relações pela internet, pelo Telegram, com o Estado Islâmico e passou do limite que não aceitamos que ninguém passe. Eles começaram a fazer preparativos para um ato terrorista", comenta Jungmann.

"Quando transpuseram o limite entre uma conversa e começaram a fazer preparativos, buscamos uma ordem judicial e eles foram todos detidos e devem assim permanecer", afirma. "Era um grupo sem qualquer tradição e formado por jovens", acrescenta.

Para o chefe da pasta, a ação comprovou a preparação do país para as possíveis ameaças que possam surgir. "Esse é um caso que demonstra que nós temos uma integração perfeita entre inteligência, defesa, segurança e que nós estamos alertas e temos capacidade de nos antecipar a qualquer ameaça que venha a pesar sobre esses Jogos", aponta. "Posso assegurar que estamos trabalhando duramente e cumprindo com todo protocolo e compromisso que nós assumimos."

Segundo o comandante do Centro de Operações Especiais do Exército, general Sinott, o combate ao terrorismo vai além da capital fluminense. "Nós constituímos dentro das Forças Armadas o Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo, que está articulado não só no Rio de Janeiro, mas também nas cidades do futebol, em condições de fazer frente a qualquer ameaça", afirma.

"Nós continuamos com os nossos treinamentos que visam manter a capacitação de nossas tropas e, acima de tudo, buscando sempre a integração com os demais eixos de segurança pública, defesa civil e inteligência. Esses treinamentos que temos assistido nos últimos dias sinalizam os últimos ensaios que trabalham efetivamente essa integração de forças do nível federal até as forças regionais e o nível estadual", explica o general.

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br