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27/05/2015 18h49

Corte orçamentário preserva os investimentos estratégicos do Ministério do Esporte

Secretário executivo da pasta, Ricardo Leyser explicou, na Câmara, que contingenciamento não afetará obras de infraestrutura em andamento nem a preparação dos atletas para 2016

Ivo Lima/ Ministério do Esporte

O corte orçamentário anunciado pelo governo federal preservará os investimentos estratégicos do Ministério do Esporte, afirmou o secretário executivo da pasta, Ricardo Leyser. Ele explicou, em audiência pública sobre legado olímpico na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (27.05), que o contingenciamento não afeta obras que já estão em andamento nem a preparação dos atletas brasileiros para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.

Segundo Leyser, o corte de aproximadamente R$ 900 milhões inclui emendas parlamentares que representam a maior parte do valor, de forma que a redução no orçamento do ministério em si fica em torno de R$ 350 milhões. “Fomos privilegiados porque todos os investimentos para a Olímpiada, seja em obras no Rio de Janeiro, seja na preparação dos atletas, seja em legado foram preservados. O ministério reconhece esse esforço para manter o nosso o orçamento básico e dar conta dessas obrigações. Não vamos criar programas novos, obras novas que não estejam contratadas", disse o secretário.

Ele deu o exemplo dos Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), parte importante da construção da Rede Nacional de Treinamento, representando o nível de educação esportiva de base. De acordo com Ricardo Leyser, o plano de construção dos 262 CIEs está mantido, mas os prazos para a entrega dos espaços serão reajustados.

“Os cronogramas dos Centros de Iniciação ao Esporte ficam um pouquinho mais largos. Vamos executar em um tempo maior, mas o ritmo das prefeituras já sinalizava isso, então não significa um atraso adicional. O Ministério pode dar sua contribuição ao ajuste, mas sem prejudicar nenhum programa estratégico do Ministério do Esporte”, disse. Dos 262 CIEs previstos, cinquenta já estão licitados, de acordo com Leyser.

Gestão de parceria

Ao comentar o financiamento e a gestão da infraestrutura esportiva que fica como legado após os Jogos 2016, Ricardo Leyser disse que o modelo será de parceria entre diversos entes, sem concentrar as responsabilidades e os gastos em apenas um nível de governo ou instituição.

“Vou dar o exemplo do Centro Pan-Americano de Judô:  ele é fruto de parceria do ministério com a Confederação Brasileira de Judô, com o governo da Bahia e com a prefeitura de Lauro de Freitas. A nossa visão é o financiamento em parceria. Cada centro desses terá quatro, cinco atores envolvidos que vão se cobrar mutuamente e serão parceiros. Não vai depender só do prefeito, por exemplo, que vai mudar a cada quatro anos. Envolve vários órgãos e isso tem sido interessante”, explicou.

Revezamento da tocha

O presidente do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman, também participou da audiência pública e afirmou que as águas da Baía de Guanabara estarão em condições para as competições de vela do ano que vem. Ele também disse que o revezamento da tocha vai durar 100 dias, passará por cerca de 200 cidades - incluindo todas as capitais-, e contará com 12 mil carregadores. Os municípios serão divulgados em julho.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br