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Geral

08/10/2015 16h59

Rio 2016

Confederações traçam estimativas de medalhas em audiência na Câmara dos Deputados

Na canoagem velocidade, Isaquías Queiroz pode disputar até três provas em 2016 e entrar para a história caso suba ao pódio em todas
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Foto: Lucio Bernardo Junior/ Câmara dos Deputados
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Ricardo de Moura, diretor executivo da CBDA. Foto: Lucio Bernardo Junior/ Câmara dos Deputados
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Foto: Lucio Bernardo Junior/ Câmara dos Deputados
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Klayler Mourthé, supervisor de seleções da CBG. Foto: Lucio Bernardo Junior/ Câmara dos Deputados
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João Tomasini, presidente da CBCa. Foto: Lucio Bernardo Junior/ Câmara dos Deputados
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A 302 dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, e com parte das classificações dos atletas já definida, diversas modalidades têm metas claras sobre o que pretendem conquistar no Rio de Janeiro. Uma delas é a canoagem, que vem alcançando sucessivos títulos em campeonatos mundiais. A maior expectativa gira em torno de Isaquías Queiroz, que poderá disputar medalha em até três categorias no ano que vem.

O canoísta especialista na prova olímpica C-1 1.000m, na qual foi bronze no Mundial de 2013 e em que, por um erro a poucos metros da linha de chegada, não levou o ouro na edição de 2014, ainda tem no currículo títulos nas categorias C-1 200m (bronze) e C-2 1.000 (ouro), nesta ao lado do companheiro de equipe Erlon de Souza. Isso sem contar as conquistas em provas não-olímpicas, como o bicampeonato mundial no C-1 500m.

“O Isaquías é, sem dúvida, nosso maior ponto de referência, com mais de uma possibilidade de medalha nos Jogos. Ele é um garoto diferenciado”, elogiou o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), João Tomasini, que nesta quinta-feira (8.10) participou de audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a preparação para os Jogos de 2016. “Ele tem chance de disputar até três provas e, se ganhar três medalhas, vai fazer história”, acrescentou, enfatizando que o programa previsto para a competição permite que o atleta tenha tempo para descanso entre as categorias.

Na modalidade slalom, a aposta é que Ana Sátila, campeã mundial júnior em 2013 e vice sub-23 neste ano, dispute a final, também com possibilidades de pódio. Já nas Paralimpíadas, a canoagem espera conquistar duas medalhas. De acordo com Tomasini, as boas expectativas de pódio são resultado de uma crescente de investimentos no esporte.

“Em 2006, tínhamos 15 embarcações na segunda divisão do Brasileiro. Em 2013 passamos para 211”, comparou, destacando que, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a canoagem brasileira conquistou 14 medalhas (nove em velocidade e cinco na slalom), número menor apenas do que os 26 pódios da natação. Outro fator positivo na preparação dos atletas para 2016 será a possibilidade de os canoístas da slalom já começarem a treinar no Estádio Olímpico de Deodoro. “Será um dos melhores canais do mundo”, afirmou o dirigente.

Mais pódios na água

O encontro desta quinta-feira na Câmara dos Deputados deu continuidade à série de debates promovida pelo deputado João Derly, da Comissão do Esporte, com as confederações brasileiras, para tratar da preparação das modalidades para os Jogos de 2016.

O diretor executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, também apresentou a meta da entidade para as Olimpíadas. Segundo o dirigente, enquanto no nado sincronizado e no polo aquático o país deverá ficar apenas entre as oito melhores seleções (ou no Top 6, no caso do polo masculino), há boas chances de medalha nas maratonas aquáticas. Ana Marcela Cunha, Allan do Carmo e Poliana Okimoto já estão garantidos nos Jogos do Rio.

Para a natação, que conta com 32 atletas já classificados, a intenção é melhorar a condição de duas medalhas em seis finais. “Fizemos o planejamento estratégico em 2009 com meta de que, nos Jogos de 2016, os esportes aquáticos consigam os melhores resultados individuais e coletivos”, ressaltou Moura.

O diretor ainda falou sobre as instalações do Rio de Janeiro que sediarão as competições de esportes aquáticos. “Já tivemos evento-teste das maratonas e ainda teremos do nado sincronizado, dos saltos ornamentais, da natação e do polo aquático. Temos essas competições para testar mais os equipamentos. Não tenho dúvidas de que as instalações, tecnicamente, vão estar de acordo com a federação internacional, que tem nova visita no fim de novembro”, disse.

Preparação a longo prazo

O outro esporte em debate na audiência foi a ginástica. Na modalidade artística, as seleções embarcaram para uma fase final de treinamentos na Europa antes da disputa do Campeonato Mundial de Glasgow, que valerá para a classificação de atletas e equipes para os Jogos Olímpicos. Na ginástica rítmica, além da seleção de conjunto, Natália Gaudio está garantida como representante no individual. Já no trampolim, o Brasil tem uma vaga por ser país-sede, e os atletas disputarão o Campeonato Mundial da Dinamarca em novembro.

“Começamos esta preparação em 2009 e neste ano já iniciamos o processo de planejamento para 2024”, explicou o supervisor de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Klayler Mourthé. Segundo ele, as três modalidades olímpicas tiveram uma melhora de 200% entre 2009 e 2015 em número de medalhas. Para isso, o esporte conta com recursos da Caixa Econômica Federal, da Lei Agnelo/Piva e do Plano Brasil Medalhas. Além disso, por meio de um convênio com o Ministério do Esporte, foi realizada a compra de materiais para equipar 13 centros de treinamento, em todas as regiões do país.

A próxima audiência da série na Câmara será com as confederações de vôlei, futebol e basquete, no dia 15 deste mês. Em seguida, no dia 22, estarão em debate ciclismo, boxe e hipismo. 

Ana Cláudia Felizola – brasil2016.gov.br