Comitê Rio 2016 apresenta soluções para redução da emissão de carbono nos Jogos
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro 2016 apresentou nesta quinta-feira (30.10) o Relatório de Carbono dos Jogos, documento que estima o cálculo da pegada de carbono do evento e as ações em desenvolvimento para reduzir, compensar e mitigar a emissão dos gases.
A pegada de carbono é uma espécie de unidade de medida da emissão dos gases de efeito estufa (GEE). Trata-se de um padrão internacional que utiliza o gás carbono, o gás de efeito estufa mais importante, como parâmetro.
O documento apresentado pelo Comitê Organizador traz a estimativa de que 3,6 milhões de toneladas de pegadas de carbono sejam emitidas diretamente pelos Jogos Rio 2016. O levantamento feito pelos profissionais envolvidos no projeto mediu a emissão de cada ação direta ou indiretamente ligada ao evento e traz propostas de como reduzir e compensar o efeito.
“Nosso objetivo é implementar ações para minimizar as emissões de gases de efeito estufa, ou seja, entregar Jogos de baixo carbono e, ao mesmo tempo, criar um legado benéfico e duradouro para a economia do país”, explicou Tânia Braga, gerente-geral de Sustentabilidade, Acessibilidade e Legado do Rio 2016.
Para se ter uma idéia do número divulgado, que leva em conta a construção das instalações dos Jogos, a infraestrutura da cidade e os espectadores, o documento traz uma comparação. Os 3,6 milhões de pegadas de carbono equivalem, por exemplo, ao uso de 32 milhões de celulares durante um ano ou a emissão de 10 milhões de pessoas durante um mês.
Para diminuir este número, o Rio 2016 contará com as soluções da Dow, companhia química oficial dos Jogos que compensará 2 milhões de toneladas por meio de mitigação tecnológica. A empresa conta com uma série de ações na área de agricultura, indústria e infraestrutura, seja com a utilização de soluções que proporcionam maior eficiência energética ou por meio de tecnologias para diminuir o desperdício de alimentos, por exemplo.
O estado do Rio de Janeiro também ajudará na compensação de 1,6 milhão de toneladas de carbono. As medidas para atingir tal objetivo terão ações como plantios de árvores e programas de restauração de bioma da Mata Atlância.
O Comitê Rio 2016 também tem como meta reduzir as emissões na fonte, fazendo compras sustentáveis em toda a cadeia de produção e substituindo combustíveis fósseis por outros renováveis e alternativos.
“Esse é um tema muito relevante para a situação climática que a gente vive hoje. Chegamos ao limite do que o planeta pode dar conta e temos cerca de uma década e meia para reverter tudo isso. Apesar da situação crítica, a sociedade vem encontrando soluções e uma delas é o que está sendo feito com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro. Este é um bom exemplo de como a sociedade pode dar conta do recado”, destacou Rachel Biderman, diretora-executiva da WRI Brasil.
