Você está aqui: Página Inicial / Notícias / Com quinto lugar de Flávia e o oitavo de Caio, Brasil finaliza sua participação no Mundial de ginástica

Atletismo

03/11/2018 17h45

Doha 2018

Com quinto lugar de Flávia e o oitavo de Caio, Brasil finaliza sua participação no Mundial de ginástica

Melhor resultado da seleção foi a medalha de prata de Arthur Zanetti nas argolas. Equipes masculina e feminina chegaram às finais e garantiram vaga no Pré-Olímpico de 2019

Por muito pouco a bandeira do Brasil não voltou ao pódio no Mundial de Ginástica Artística 2018. Flávia Saraiva ficou muito perto do bronze na final individual do solo da competição que terminou neste sábado (03.11), em Doha, no Qatar. Com a nota de 13,766, ela ficou apenas um décimo atrás da japonesa Mai Murakami e acabou na quinta posição. O ouro, novamente, foi da americana Simone Biles (14,900) e a prata da Morgan Hurd (13,933).

» Mundial de Ginástica Artística Doha 2018: acompanhe a cobertura completa da Rede do Esporte

Um pisão fora do tablado durante a apresentação gerou uma penalidade de 0,100 a Flávia e foi determinante no resultado final. "Todas as finalistas ficaram muito próximas nas notas. Talvez se não tivesse colocado o pé fora do tablado, poderia ter ganho uma medalha. Mas não dá para saber. O importante foi que consegui chegar a uma final que não esperava e pegar esta experiência para próximas competições", afirmou Flávia. "O que eu penso mesmo é na felicidade de estar em uma final de Mundial, ao lado de ginastas fantásticas como a Simone Biles, a Morgan Hurd e a Mai Murakami", afirmou Flávia.

flavia_ginastica_doha_03nov2018_final_solo_flavia1_abelardomendesjrcaperro-8.jpg
Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br
 

Final do salto

Na final do salto masculino, o brasileiro Caio Souza ficou em oitavo lugar. Ele obteve uma boa nota na primeira tentativa (14,633). No segundo salto, um desequilíbrio na saída gerou penalidade que diminuiu a nota para 13,133 e, na média, o resultado final ficou 13,883. O campeão foi o norte-coreano Ri Se Gwang, com 14,933. A prata ficou com o russo Artur Dalaloyan (14,833) e o bronze com o japonês Kenzo Shirai (14,675).

Errei no segundo salto, que é ainda é um movimento novo para mim. Ele só começou a entrar direito depois que chegamos aqui em Doha. Ainda preciso ganhar consistência nesse salto para competir mais e mais", disse Caio. "Mas, olhando para a competição inteira em Doha, foi um Mundial muito bom", acrescentou. Além da final do salto, Caio chegou à decisão do individual geral (onde alcançou a 13ª posição) e à final por equipes.

caio_final_salto_abelardomendesjr.jpg
Fotos: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Flickr do Ministério do Esporte: galeria de fotos em alta resolução, disponíveis gratuitamente para uso editorial. Crédito obrigatório: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

Ginástica Artística - Mundial 2018 - Doha, no Qatar

Balanço da competição

O Brasil encerrou sua participação no Mundial com os principais objetivos alcançados: classificações das equipes masculina e feminina para o Mundial 2019, em Stuttgart (Alemanha), que servirá como pré-olímpico para os Jogos Tóquio 2020. Em Doha foi a primeira vez que as seleções feminina e masculina chegaram a uma final por equipes no mesmo Mundial.

O ponto alto foi a medalha de prata de Arthur Zanetti, conquistada em uma disputa acirrada com o grego Eleftherios Petrounias nas argolas. A delegação aumentou, também, a presença em finais: ao todo foram sete, o melhor número do país na história. Em Montreal 2017, o time havia chegado a quatro decisões.

"Conseguimos pela primeira vez classificar para as finais feminina e masculina por equipes - somente cinco países conseguiram esta marca. Fomos ainda o quinto maior país em presença em número de finais. Tivemos a medalha de prata do Arthur Zanetti nas argolas, além da Flávia Saraiva ter ficado a um décimo da medalha no solo. Acho que estamos no caminho certo", afirmou Henrique Motta, chefe de delegação do Brasil no Mundial de Doha e Coordenador Geral da Ginástica Artística Masculina e Feminina da Confederação Brasileira de Ginástica.

"A seleção feminina conseguiu um resultado melhor do que nos Jogos Olímpicos Rio 2016, quando terminou em oitavo. Aqui no Qatar, foi em sétimo. Além disso, o melhor resultado no individual geral era um 11º e aqui conseguimos um oitavo lugar. O quinto lugar da Flávia na trave se repetiu aqui, mas no solo. Vejo um saldo positivo para a ginástica artística do Brasil e o ano ainda não acabou. Vamos ter a participação de nossos atletas na etapa da Copa do Mundo em Cottubus (ALE), agora em novembro", acrescentou Motta.

Resumo do Brasil no Mundial

8 finais

MASCULINO

Equipes
7º lugar (243,994 pontos)
Francisco Barreto, Lucas Bitencourt, Arthur Nory, Caio Souza e Arthur Zanetti

Individual geral
13º lugar - Caio Souza (81,798)

Argolas
2º lugar - Arthur Zanetti (15,100)

Salto
8º lugar - Caio Souza (13,883)

FEMININO

Equipes
7º lugar (159,830 pontos)
Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Thais Fidélis, Lorrane Oliveira e Flávia Saraiva

Individual geral
8º lugar - Flávia Saraiva (54,366)
15º lugar - Jade Barbosa (52,866)

Solo
5º lugar - Flávia Saraiva (13,766) 

infografico_ginastica_artistica_mundial_doha_2018.jpg

 

Programação do Mundial de Ginástica Artística Doha 2018 (horários de Brasília)

Sábado (3.11)

10h às 13h30 - Finais por aparelhos
Masculino: salto, barra fixa e salto (Caio Souza representa o Brasil no salto)
Feminino: trave e solo (Flávia Saraiva representa o Brasil no solo)
13h30 - Cerimônia de encerramento 

Abelardo Mendes Jr, de Doha, no Qatar - rededoesporte.gov.br