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Volei de praia

18/05/2017 17h32

Vôlei de praia

Brasil brilha na abertura da etapa do circuito mundial disputada no Parque Olímpico

Evento é disputado no Centro Olímpico de Tênis, na primeira competição internacional desde o fim dos Jogos Rio 2016

Exatamente oito meses depois de encerrados os Jogos Rio 2016, com o apagar da tocha dos Jogos Paralímpicos, em 18 de setembro, o Parque Olímpico da Barra, coração das Olimpíadas e das Paralimpíadas, reabriu as portas para o primeiro torneio oficial internacional realizado no local após os dois megaeventos.

Resultado de parceria entre Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e Federação Internacional de Vôlei (FIVB), a chave principal da etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial de Vôlei de Praia teve início na manhã desta quinta-feira (18.05) com estrelas de vários países se apresentando na quadra montada no Centro Olímpico de Tênis. Os jogos movimentaram o lugar durante todo o dia e, com isso, foi impossível para os atletas não relembrar toda a emoção que tomou conta do Parque Olímpico durante o Rio 2016.

Alison decola para atacar contra os israelenses Faiga e Hilman. Foto: Danilo Borges/ME

Para o Brasil, a principal atração nesta quinta ficou por conta da dupla formada pelo brasiliense Bruno Schmidt e o capixaba Alison. Medalhas de ouro no Rio 2016, os dois estrearam com vitória por 2 x 0 (21/17 e 21/19) sobre o time de Israel composto por Faiga e Hilman.

Apesar de o público nesta quinta ter sido reduzido, Bruno e Alison foram empurrados por um pequeno, mas especial, grupo de torcedores. Entre eles Felipe e Júnia, pai e mãe de Bruno. “A ideia de trazer o vôlei para um estádio como esse é perfeita”, elogiou Felipe Schmidt. “O conforto e a estrutura para os atletas é excelente”, continuou o pai do campeão olímpico e duas vezes eleito o melhor jogador do mundo. Felipe não visitou o Parque Olímpico durante os Jogos, mas confessou que se emocionou ao conhecer a estrutura. “O Parque Olímpico é lindo. Eu fico só imaginando isso lotado de gente como deve ter sido. Infelizmente, não pude vir aqui nos Jogos, pois estava 100% voltado para o vôlei de praia (que foi disputado na praia da Copacabana). Mas tenho certeza de que a emoção que rolou aqui foi incrível”.

O evento é uma ação do plano de legado, conduzido pela Aglo, ligada ao Ministério do Esporte. O plano prevê, entre outras iniciativas, o uso sistemático das arenas sob a responsabilidade da AGLO – Centro Olímpico de Tênis, Velódromo e Arenas Cariocas 1 e 2. 

“Nós assinamos três termos de acordos de cooperação com a Confederação Brasileira de Clubes, com o Comitê Olímpico do Brasil e com o Comitê Paralímpico Brasileiro. E a CBV é nossa parceira desde fevereiro, quando fizemos o primeiro evento, o evento-teste que aconteceu aqui, no dia 5 de fevereiro (Gigantes da Praia, um torneio exibição com medalhistas olímpicos, entre eles Alison e Bruno), que foi um sucesso televisionado”, explicou o presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico, Paulo Márcio. “Depois surgiu a ideia de trazer essa etapa do circuito para cá. Não havia sentido que a gente, com a areia ainda montada lá na quadra de tênis e sem uma agenda com a Confederação Brasileira de Tênis, não trouxéssemos esse evento internacional do vôlei de praia aqui para a nossa arena de tênis, para revitalizar o nosso Parque Olímpico”, prosseguiu o presidente da AGLO.

“Esse é um evento de extrema importância e nós já temos outros projetos para trazer outros eventos internacionais. Nós teremos, entre os dias 26 e 28 deste mês, o Rio Bike Fest, no Velódromo. Ele contempla não só o Campeonato Carioca de Ciclismo, mas um passeio de ciclistas por toda a orla da Barra da Tijuca. Sairão em média três mil ciclistas e retornarão para cá e o nosso projeto consistente de ocupação do legado vem sendo desenvolvido de forma bastante tranquila, serena. A gente pretende, em um curto espaço de tempo, dar a cada uma das arenas a sua devida utilização”, finalizou Paulo Márcio.

A ideia é reforçada por Bruno Schmidt, que elogiou a realização da etapa na arena do tênis. Ele, que assim como seu pai não visitou o Parque Olímpico durante os Jogos, ressaltou a importância do uso de toda a estrutura do Parque Olímpico. “O investimento que foi feito e o legado que a Olimpíada traz eu acho que é para isso: para a gente continuar usando e disseminando não só o esporte de alto rendimento, mas as categorias de base. Temos que estimular a criançada a estar cada vez mais em contato com isso aqui, porque é nosso. A gente tem que cada vez mais utilizar isso de maneira positiva. Não podemos olhar para isso tudo como um gasto que aconteceu. Ao se utilizar bem essas instalações só quem ganha é a população”, declarou o campeão olímpico, que lembrou as vezes que contemplou, mesmo que a distância, o Parque Olímpico lotado no ano passado.

“A gente só passava por aqui (nas Olimpíadas) e ficava em choque. A grandiosidade disso aqui, como estava bonito, como era um mar de gente transitando... Esse espírito olímpico eu sentia justamente nessas horas. Porque quando eu chegava lá para jogar em Copacabana eu estava tão concentrado que não via muita coisa”, recordou Bruno.

Ineditismo

A etapa do Rio de Janeiro de 2017 é a 18ª realizada na capital fluminense pelo Circuito Mundial de Vôlei de Praia. Mas a deste ano difere-se de todas as outras, já que pela primeira vez os jogos são realizados em uma arena de tênis. Isso, entretanto, não é novidade em eventos da modalidade, já que etapas tradicionais como em Praga, em Hamburgo e em Roma já foram realizadas em locais normalmente destinados ao tênis ou a outras modalidades esportivas.

As brasileiras Larissa e Talita (de verde) venceram as duas partidas que disputaram nesta quinta-feira. Foto: Danilo Borges/ME

“Eu sou suspeito para falar. Eu adoro utilizar uma arena do tênis, de vôlei de quadra, indoor. Eu acho muito legal a gente usar essa logística, o público fica tranquilo, tem acesso a estacionamento, a arquibancada pode lotar e fazer um espetáculo. A gente está tentando empurrar o nosso esporte cada vez mais para cima e é totalmente emblemático jogar uma etapa em um Parque Olímpico, na Arena de Tênis. A gente teve isso em Hamburgo, no ano passado, e foi belíssimo. Então, estar aqui não poderia ser melhor. É um torneio de excelente nível técnico, no ano pós-olímpico e no Parque Olímpico”, encerrou Bruno.

A operação de montagem da estrutura para a etapa do Rio do Circuito Mundial consumiu cerca de uma semana de trabalho. A quadra principal, dentro da arena de tênis, precisou apenas de alguns ajustes, já que havia sido montada em fevereiro para a disputa do Gigantes da Praia.

Além da quadra dentro da arena de tênis, cinco quadras externas (três para partidas e duas para aquecimento) foram montadas. Juntas, consumiram mais de 1.700 toneladas de areia, que, ao final, não danificará o piso original da quadra de tênis. Três camadas de lona de alta resistência cobrem o espaço que recebeu a areia, evitando atrito. Além disso, o sistema de escoamento foi vedado com mantas impermeáveis para evitar que chuva ou vento levem areia aos dutos, garantindo a conservação. Uma equipe de dez pessoas trabalhou na manutenção da quadra central e montagem das quadras externas.

Brasileiros triunfam

Ao todo, 11 duplas – seis femininas e cinco masculinas – iniciaram o torneio defendendo o Brasil nas areias do Centro Olímpico de Tênis esta semana. Todos os brasileiros jogaram nesta quinta-feira e o saldo foi positivo para o país.

Na primeira rodada, as mulheres foram perfeitas. Larissa e Talita, Ágatha e Duda, Bárbara e Fernanda, Elize Maria e Taiana Lima, Juliana e Carol e Jose e Lili venceram suas partidas por 2 x 0.

Entre os homens, além da vitória de Alison e Bruno, Álvaro Filho e Saymon e Pedro Solberg e Guto também estrearam com triunfos. Apenas Evandro e André e Oscar e Hevaldo não tiveram a mesma sorte e acabaram derrotados em suas estreias. Os jogos no primeiro dia da chave principal da etapa brasileira do Circuito Mundial prosseguem até o início desta noite.

Etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial do Vôlei de Praia

Local: Parque Olímpico da Barra – Centro Olímpico de Tênis
Av. Embaixador Abelardo Bueno - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ, 22775-040

Classificação etária: Livre. Menores devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis legais.  A entrada de menores de idade está sujeita a alteração nos termos do alvará a ser expedido pelo Juiz de Direito da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso local.

Entrada Gratuita: 18 a 19/05 (todas as sessões) e 20/05(sessão manhã)

Data para dias com venda de ingressos: 20/05 e 21/05

Sábado 20/05 (sessão tarde)
Semifinais Masculina e Feminina
Início do Jogo: 16h30
Abertura dos Portões: 15h30

Domingo 21/05 (sessão manhã)
Disputa de 3º Lugar e Finais Masculina e Feminina
Início do jogo: 8h05
Abertura dos Portões: 7h

Preço dos ingressos
» Cadeira: R$ 40,00
» Área GOLD: R$ 150,00 (R$ 50 de ingresso + R$ 100 de serviço, com buffet e estacionamento)

Venda de ingressos
Site www.tudus.com.br
Link direto https://carrinho.tudus.com.br/ pre-venda-banco-do-brasil- circuito-mundial-volei-de- praia

Do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Magalhães – Ministério do Esporte