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Ciclismo paralímpico

22/03/2018 23h13

Paraciclismo

Com domínio britânico, Mundial de Paraciclismo encerra primeiro dia de provas no Velódromo do Rio

Grã-Bretanha conquista cinco medalhas na estreia do Mundial de Paraciclismo 2018

O primeiro dia de competições do Campeonato Mundial de Paraciclismo de Pista 2018, no Velódromo do Parque Olímpico do Rio de Janeiro, contou com o domínio dos ciclistas britânicos. O país europeu lidera o quadro de medalhas com cinco pódios: dois ouros, duas pratas e um bronze. Já o Brasil foi representado, nesta quinta-feira (22.03), por Lauro Chaman, que terminou em sexto lugar, e Jonathan Santos, que ficou com o 18º, na prova contrarrelógio 1km na classe C5. Os dois ciclistas recebem apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.

Foto: Divulgação

"Estou muito feliz e só tenho que agradecer pela oportunidade de voltar ao Velódromo do Rio 2016. Me sinto honrado e privilegiado por competir aqui novamente. Infelizmente, a medalha não veio no primeiro dia. Sabíamos que seria muito difícil. É uma prova que foge das minhas características, pois no ano passado fui campeão da Copa do Mundo e do Mundial de Estrada, que são provas mais longas, de 80 ou 100km. Aqui são provas de 1km, mas dei o meu máximo", analisou Chaman.

O melhor desempenho brasileiro foi de Chaman, que por cerca de um segundo deixou escapar a medalha de bronze. Ele marcou o tempo de 1min08s741. Na mesma prova, Jonathan Santos foi o 18º, ao registrar 1min12s194. O título ficou com o espanhol Alfonso Cabello Llamas, com o tempo de 1min04s74, seguido pelos britânicos Jon-Allan Butterworth, 1min05s85, e Blaine Hunt, 1min07s32.

"No ano passado consegui terminar em terceiro lugar nesta prova nos Estados Unidos. No paraciclismo é muito difícil melhorar esse um segundo. A gente tem que saber ganhar e perder. O importante é que o Brasil passou a ser competitivo. Estamos com uma delegação com 12 atletas, o que mostra que estamos evoluindo e vamos somar o máximo de pontos para a corrida por uma vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020", explicou.

Lauro Chaman aponta que as maiores chances de pódio do Brasil serão nas provas de 15km e na perseguição individual, de 4 km. "Pode ter certeza de que todos os atletas brasileiros irão dar ao máximo para representar bem o Brasil", disse. Pela manhã, na fase qualificatória da perseguição individual 3.000m, nenhum dos brasileiros conseguiu avançar às finais. Na classe C1, Carlos Alberto Soares ficou em 12º, com o tempo de 4min33s229. Na C2, Victor Luise Herling terminou em 14º, com 4min08s859. E na classe C3, Fabio Lucato chegou em 13º, em 4min42s999.

"Eu estou positivamente surpreso com a organização e a recepção que tivemos no Rio de Janeiro até aqui. Muitos voluntários e pessoas à nossa disposição para ajudar. O ambiente aqui é realmente adequado para uma competição grande. Por esse motivo, vir aqui e competir tão bem quanto eu competi hoje é incrível. Foi uma experiência fantástica e estamos apenas no primeiro dia, então espero voltar ao pódio no contrarrelógio por equipes", disse o britânico Jody Cundy, que conquistou o título mundial do contrarrelógio masculino de 1km, classe C4, com o tempo de 1min04s579.

Abertura do Mundial
No período da manhã, a cerimônia de abertura do Mundial contou com a presença do vice-presidente da União Ciclística Internacional (UCI), o cubano José Manuel Pelaez, do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, e do presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpicos (AGLO), Paulo Marcio Dias Mello, e do presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), José Luiz Vasconselhos.

"Os países que estão no Mundial irão, não só ganhar medalhas nos próximos quatro dias, como também iniciam a disputa pelas vagas nos Jogos de Tóquio. Nestes dias, veremos aqui muitos dos atletas que conquistaram medalhas na Rio 2016. Agradeço aos organizadores por fornecerem uma ótima estrutura para os atletas competirem", declarou José Manuel Pelaez.

O presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), José Luiz Vasconcellos, entidade organizadora do evento, ressaltou que esta é a primeira vez que o Brasil é sede de um Mundial de Paraciclismo. "É uma satisfação para nós realizar a competição no Velódromo. Mostra o fortalecimento da modalidade no país, em que estamos com uma equipe com recorde de atletas e bem renovada. Temos aqui os melhores paraciclistas do mundo", afirmou.

Representante do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, o presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), Paulo Márcio Dias Mello, frisou a felicidade em fazer do Velódromo palco dos melhores atletas do mundo. "Hoje recebemos esse campeonato na pista mais veloz do mundo, onde 33 recordes foram batidos nos Jogos Paralímpicos. Contem sempre com a AGLO e o Ministério do Esporte, sempre estaremos de portas abertas para receber atletas", disse.

O Paraciclismo é o terceiro esporte no ranking dos que mais dão medalhas em Jogos Paralímpicos, atrás apenas do atletismo e da natação. O Mundial é composto por três provas em cada umas das categorias – Tandem (para cegos), C1, C2, C3, C4 e C5 (para pessoas com deficiências físico-motoras e amputados) tanto no masculino quanto no feminino. Além disso, há uma prova de Sprint com equipes mistas.

O Mundial é composto por três provas em cada umas das categorias – Tandem (para cegos), C1, C2, C3, C4 e C5 (para pessoas com deficiências físico-motoras e amputados) tanto no masculino quanto no feminino. Além disso, há uma prova de Sprint com equipes mistas.

O Mundial de Paraciclismo de Pista é uma realização da CBC, com suporte da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), autarquia vinculada ao Ministério do Esporte, e do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Do Rio de Janeiro, Breno Barros, com informações da CBC