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Geral

06/10/2017 15h00

Investigação

COI determina suspensão a Nuzman e ao Comitê Olímpico do Brasil

Decisão da entidade tem por base prisão de dirigente pela Polícia Federal, sob acusação de participação em suposta compra de votos para a candidatura do Rio aos Jogos de 2016. Texto do COI preserva atletas, que podem seguir participando normalmente de competições

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta sexta-feira (6.10) que decidiu suspender temporariamente o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Nuzman, de seus direitos, prerrogativas e funções como membro honorário do COI.

No mesmo comunicado, a entidade informa que Nuzman foi retirado da comissão de coordenação dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

O dirigente brasileiro foi preso na quinta-feira (5.10) pela Polícia Federal brasileira como resultado de uma investigação que apura a suposta compra de votos para que o Rio de Janeiro conquistasse o direito de sediar os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Em decorrência disso, o comunicado do COI informa entender que Nuzman e o COB foram responsáveis pela candidatura do Rio, e que em função disso decidiu suspender temporariamente o Comitê Olímpico do Brasil e congelar qualquer subsídio do COI para o COB. Assim, o COB fica proibido de exercer parte de seus direitos como afiliado do COI.

Os atletas, no entanto, foram integralmente preservados. As delegações brasileiras podem participar normalmente dos Jogos Olímpicos de Inverno do ano que vem, na Coreia do Sul, e de qualquer competição sob gestão do COB e do COI. Bolsas de estudo para atletas brasileiros continuarão sendo pagas.

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O comunicado indica, ainda, que a suspensão provisória pode ser integralmente ou parcialmente revista assim que as questões de governança do COB forem solucionadas e informadas de forma satisfatória para o Comitê Executivo do COI.

Por orientação do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Rogério Sampaio, convocou o presidente interino do COB, Paulo Wanderley, para fornecer informações detalhadas sobre a decisão do COI.

Fontes: Comitê Olímpico Internacional, Polícia Federal Brasileira e Ministério do Esporte