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12/08/2016 20h11

Rio 2016

Cerca de 50 mil voluntários de 151 países são o motor da realização dos Jogos Olímpicos

Por amor ao esporte e para "entrar na história", voluntários orientam, tiram dúvidas e animam o ambiente por todo o Rio de Janeiro

O primeiro grito de torcida em todos os dias olímpicos é deles. Alguns até com megafone, para espantar o sono de vez. Enquanto os fãs de esporte chegam devagar pela manhã, os voluntários dos Jogos Olímpicos Rio 2016 tratam não só de orientar e tirar dúvidas, mas também animam o ambiente nas regiões do Rio de Janeiro.

Em pontos estratégicos da cidade, o número é de aproximadamente 50 mil voluntários, de 151 países, segundo o comitê organizador. Mas é nos locais de competição que eles vibram mais. Eles próprios dizem em voz alta que a ideia é reforçar aos torcedores que eles entraram no ambiente do maior evento esportivo do mundo.

Tanta animação, porém, nem sempre vem da espontaneidade natural. Os voluntários passaram por "treinos lúdicos" poucos meses antes dos Jogos, no intuito de que todos saibam bem como contagiar o público com o espírito olímpico. Foi o que ajudou Celso do Nascimento. Militar reformado, aos 45 anos ele teve o primeiro contato com um megafone e com uma grande multidão. Mas fala a seguinte orientação com entusiasmo:

"Bom dia! Sejam bem-vindos aos Jogos Rio 2016, os melhores Jogos Olímpicos de todos os tempos! A minha direita vocês veem as quadras 1 e 2 do Centro de Tênis! A minha esquerda, a lindíssima Quadra Central! Sejam muito bem-vindos, e bons jogos a todos!", exclama o voluntário no Parque Olímpico da Barra.

Ele conta que faz tudo isso com dedicação por fazer parte da história no País. "Entrei há 2 anos no programa porque tinha vontade de participar e ajudar a entregar os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul. Isso é lindo demais!", elogia Nascimento.

Fotos: Rodrigo Vasconcelos/ brasil2016.gov.br

Torre de babel

Mas junto com a alegria vem o desafio. Os turistas chegam de todos os continentes e falam diferentes idiomas. Nessa hora, ajuda o fato de que as credenciais vem com etiquetas que indicam quem fala qual língua.

Além disso, a diversidade de origem dos próprios voluntários é um grande reforço, como no caso do casal Steven e Sharon Kadzidiak. Vieram dos Estados Unidos, mas só no Brasil conseguiram um "photobomb" com os ídolos do basquete Draymond Green, Klay Thompson e Kevin Durant.

"Eles foram tirar a foto, viram que eu estava perto e me pediram para posar também, mas só apareceu minha cabeça na imagem. Mesmo assim, são momentos como esse que fazem valer a pena. Está sendo tudo muito legal aqui no Rio", comentou Sharon, voluntária da área de saúde que pretende voltar aos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, com Steven.

Perfil do voluntariado

A maioria dos voluntários são mulheres, mas a faixa etária é bem dividida: 40% tem até 25 anos, 40% tem entre 26 e 45 anos, e o restante tem idade acima de 46 anos.

Cerca de 72% deles são brasileiros, que além do Rio de Janeiro, vieram também, principalmente, de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Já os países com mais voluntários são: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, China e Argentina.

Outro ponto em comum entre eles é o amor pelo esporte. Na última quarta-feira (10.08), a estudante Giulia Costa aproveitou a folga após três dias seguidos de trabalho no Parque Olímpico para justamente voltar ao Parque na Barra. Ele assistiu à final individual geral da Ginástica Artística, na Arena Olímpica do Rio.

"A gente está aqui porque ama o esporte, né? Faz tudo valer a pena! Tanto que na minha folga eu venho para cá de novo para assistir aos Jogos. Já conheci várias pessoas, ouvi várias histórias, fiz vários contatos. É uma experiência única", afirmou Giulia.

Os voluntários se dividem pela cor da roupa:

Amarelo - Orientações gerais ao longo das regiões olímpicas
Verde - Orientações específicas nos locais dos eventos
Vermelho - Equipe de Saúde
Azul - Equipe técnica de arbitragem

Rodrigo Vasconcelos - brasil2016.gov.br