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Geral

08/11/2015 16h25

Por dentro das obras

Centro Internacional de Transmissão é entregue ao Comitê Rio 2016

Estrutura é uma das maiores e mais complexas dos Jogos. Além da empresa oficial de geração de imagens, 70 emissoras de todo o mundo manterão estúdios no local
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Fachada do IBC, no Parque Olímpico da Barra. Foto: Ricardo Cassiano/Prefeitura do Rio
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Imagem aérea do IBC no fim de outubro de 2015. Foto: André Motta/Heusi Action/Brasil2016.gov.br
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O edifício principal do IBC tem 68 mil m2 de área construída, 21m de altura e 12 pavilhões. Foto: Carol Delmazo/Brasil2016.gov.br
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Visão interna de um dos pavilhões do IBC, no Parque Olímpico da Barra. Foto: Ricardo Cassiano/Prefeitura do Rio
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O Centro Internacional de Transmissão – ou International Broadcasting Center (IBC), em inglês – foi entregue, neste domingo (08.11), ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O “Quartel General” das transmissões das competições, que funcionará 24h no período do megaevento, tem dois prédios com uma total de 79 mil m2de área construída e capacidade para mais de 10 mil pessoas.

O IBC está incluído na Parceria Público-Privada do Parque Olímpico da Barra, firmada com a Concessionária Rio Mais, num total de R$ 1,68 bilhão, segundo a Matriz de Responsabilidades. De acordo com o prefeito Eduardo Paes, o valor específico investido no IBC é de R$ 400 milhões.

“É o primeiro equipamento olímpico entregue, e serve só para as Olimpíadas. Tenho que admitir que isso aqui é maior e mais difícil de fazer do que qualquer estádio da Olimpíada. Só para lembrar, o IBC em Londres custou R$ 3 bilhões em dinheiro público e o nosso aqui custou R$ 400 milhões em dinheiro privado.  Estamos entregando no prazo e no custo, que é um compromisso que a gente assumiu para os equipamentos olímpicos”, disse o prefeito.

Estrutura

O edifício principal do IBC tem 68 mil m2 de área construída,com 21 metros de altura e dois andares, e conta com 12 pavilhões. O IBC Offices, edifício de escritórios que abriga as instalações da Olympic Broadcasting Services (OBS), empresa responsável pela geração e transmissão de imagens, conecta-se ao prédio principal por duas passarelas. A estrutura tem 49 banheiros, sendo 16 acessíveis, além de 13 elevadores (nove de carga e quatro para passageiros).

A cobertura tem área total de 32 mil m2 e é composta de telhas metálicas com espessura de 50mm cada, montadas em formato “sanduíche”: uma telha, uma camada de feltro em lã de rocha e outra telha. A técnica foi usada para produzir o isolamento termoacústico do IBC.

Integrantes do Comitê Rio 2016 recebem a chave simbólica do IBC

Trabalharam na obra 500 pessoas. Foram feitas fundações indiretas com 1.215 estacas metálicas, 40 metros abaixo do solo.  Alinhadas em sequência, as estacas de sustentação totalizam 54 quilômetros de extensão. O volume de concreto usado na construção foi de mais de 21 mil m3. O fechamento das paredes que delimitam os estúdios e a estrutura externa do IBC foi feito com 33 mil m2 de estrutura de aço galvanizado (Steel Frame), revestido com placas de madeira OSB (Oriented StrandBoard), lã de rocha, placa cimentícia e gesso acartonado, para atender os requisitos de isolamento acústico definidos pelos detentores de direitos de transmissão dos Jogos.  Segundo o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, pelo menos 70 emissoras montarão seus estúdios no local.

Próximos passos

A chave simbólica do IBC foi entregue pelo prefeito Eduardo Paes e pelo governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, ao presidente do Rio 2016, Carlos Nuzman. A estrutura passa agora por uma série de intervenções lideradas pelo Comitê.

“A gente vai instalar uma estrutura secundária para suportar iluminação, caixa de som, todo o cabeamento de telecomunicações que temos que fazer, entregar os aparelhos de ar condicionado, parte elétrica do prédio, o sistema de detecção de incêndio. Isso tudo é de responsabilidade do Rio 2016 e estamos na reta final dessa parte. A OBS começa então a instalar a área técnica dela e começa a construir os escritórios e os estúdios das emissoras que vão trabalhar aqui dentro. Esse prédio fica pronto para as emissoras em 5 de julho ”, explicou Leonardo Gryner , vice-diretor geral do Rio 2016.

Energia

O fornecimento de energia temporária para as instalações dos Jogos Rio 2016 é de responsabilidade do governo federal, de acordo com a Medida Provisória 679/2015, convertida na lei 13.173, de 21 de outubro de 2015. O custo total previsto é de R$ 450 milhões.

Dentro desse montante, o orçamento necessário para fornecimento de energia especificamente ao IBC, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é de R$ 39, 1 milhões. O valor compreende a realização de obras, prestação serviços e aluguel de máquinas, equipamentos e materiais necessários para implementar a infraestrutura.

O governo do Rio de Janeiro poderá contribuir com a conta por meio de isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) recolhido pela distribuidora Light. Segundo Luiz Fernando Pezão, se for possível ao estado arcar com os custos dentro da Lei Estadual 7036/15, que autoriza incentivos fiscais para aportes de recursos voltados para os Jogos, há uma chance de que isso seja feito dessa forma. 

O Parque Olímpico – onde está inserido o IBC – conta também com o fornecimento da subestação olímpica, construída com recursos do governo federal numa parceria entre Furnas e Light, por meio de Sociedade de Propósito Específico (SPE). O investimento foi de R$ 152,7 milhões.

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br