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23/11/2016 08h56

Paralimpíadas Escolares

Celeiro de estrelas, Paralimpíada Escolar leva jovens promessas do Brasil no CT Paralímpico pela primeira vez

Mais de 900 jovens de 12 a 17 anos competem em oito modalidades e tentam seguir os passos de astros que despontaram na competição

Onde nasce uma medalha? A iniciação esportiva é o primeiro de uma série fundamental de passos que leva um atleta ao pódio olímpico e paralímpico. Fazer com que crianças tenham contato com as mais diversas modalidades é um desafio e uma missão para países que desejam se tornar potências.

No Brasil, esse caminho tem início para muitos atletas com deficiência nas Paralimpíadas Escolares. A competição reúne jovens de 12 a 17 anos e tem um histórico de revelar grandes nomes. Foi lá que surgiram, por exemplo, os velocistas Alan Fonteles e Petrúcio Ferreira, o craque do goalball Leomon Moreno e a saltadora Lorena Spoladore. Além de terem começado no nível escolar, os quatro têm outra coisa em comum: medalhas conquistadas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

A partir desta quarta (23.11), no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, mais de 900 crianças e jovens de 24 estados e do Distrito Federal competem em oito modalidades tentando seguir os passos de Alan, Petrúcio, Leomon e Lorena. As disputas vão até sexta-feira (25.11) e envolvem atletismo, bocha, futebol de 7, goalball, judô, natação, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas. Além de disputar medalhas, os três melhores de cada modalidade ficam habilitados a entrar com o pedido para receber a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte no nível escolar.

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Três melhores de cada modalidade estarão aptos a receber a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte na categoria estudantil. Fotos: CPB

“O objetivo das Paralimpíadas Escolares é iniciar a pessoa com deficiência no esporte. Esse já era um grande motivo para os jovens participarem. Agora, com as provas no CT, acredito que ficarão ainda mais animados por estarem em um dos mais modernos locais esportivos do mundo”, afirmou Ivaldo Brandão, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Legado do Rio 2016

Referência mundial, o CT Paralímpico é a estrutura nacional que contempla o maior número de modalidades paralimicas no mesmo local. Ao todo, atletas de 15 modalidades podem desfrutar da instalação para treinar atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira derodas, triatlo e vôlei sentado.

Foram investidos R$ 281,7 milhões para a construção do CT, além de outros R$ 24 milhões em equipamentos. O governo federal financiou R$ 187 milhões desse valor, enquanto o governo de São Paulo contribuiu com R$ 118 milhões. Além da estrutura, o local conta com alojamento para cerca de 300 pessoas e áreas específicas para o desenvolvimento das ciências do esporte, com atuação interdisciplinar envolvendo medicina, fisioterapia, psicologia, fisiologia, biomecânica, nutrição e metodologia de treinamento.

O CT foi construído em uma área de cerca de 140 mil m², com aproximadamente 95 mil m² de área construída. As obras tiveram início em 2013 e foram concluídas em 2016, antes dos Jogos Rio 2016. A delegação brasileira chegou a treinar no local antes de disputar o megaevento.

Brasil2016.gov.br