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Rugby

04/03/2016 16h22

Rede Nacional de Treinamento

Campo de rúgbi que será utilizado para treinos no Rio 2016 é inaugurado na UFRJ

Instalação já recebeu as seleções de Brasil e Colômbia, que participam do evento-teste da modalidade neste fim de semana, para treinos no local

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Integrantes da seleção brasileira feminina de rúgbi e autoridades durante a entrega do campo da UFRJ. Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br

Sob elogios de atletas e dirigentes e expectativa de crescimento para a modalidade, o campo de rúgbi da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi inaugurado oficialmente nesta sexta-feira (04.03). Em evento que contou com a presença do ministro do Esporte, George Hilton, e do secretário nacional de esporte de alto rendimento, Ricardo Leyser, a nova instalação, que fará parte da Rede Nacional de Treinamento, foi aprovada. A estrutura será utilizada como área oficial de treinamento durante os Jogos Olímpicos Rio 2016.

“Mais do que um grande evento, estamos pensando no futuro do país e dos atletas. A partir da Rede Nacional de Treinamento o Brasil será uma potência esportiva. Temos que aproveitar este momento para entrar no ciclo das grandes potências, dando aos atletas as condições para se desenvolverem”, afirmou George Hilton.

Antes da cerimônia oficial, a seleção da Colômbia treinou no novo campo por cerca de uma hora. Depois, foi a vez de a seleção brasileira feminina testar a instalação, parte de um investimento de R$ 61,3 milhões do Ministério do Esporte, que inclui ainda a construção de dois campos de hóquei sobre grama, a reforma da piscina da UFRJ e de seis vestiários, além de outras obras de acessibilidade no local.

Ambas as equipes disputam neste fim de semana o Sul-Americano da modalidade, no Estádio de Deodoro, que servirá como evento-teste. Tanto Brasil quanto Colômbia, já classificadas para os Jogos Rio 2016, gostaram do que viram na UFRJ após a oportunidade de testar o gramado.

“A grama é muito boa, igual a de qualquer outro país”, destacou Julia Sardá, jogadora da seleção brasileira. “Está novinho. A grama ainda está assentando, mas é porque precisa de tempo para ficar bem firme. Jogamos em outros lugares do mundo e não deixa nada a desejar”, acrescentou Paula Ishibashi, capitã da equipe nacional.

Diretor de competições e performance da World Rugby, federação internacional da modalidade, o irlandês Mark Egan esteve presente na cerimônia e teceu elogios à estrutura. “É um legado muito bom para o rúgbi do Rio e do Brasil. Com o tempo este campo pode se tornar um centro de alta performance, onde o time do Brasil pode treinar e receber competições internacionais. É um grande começo. Estou impressionado com a qualidade do campo. Ele seria considerado do mais alto nível até mesmo na Europa, na Austrália ou na Nova Zelândia”, afirmou o ex-jogador da seleção irlandesa de rúgbi.



Manutenção e convênios

Até o fim de 2016, o Ministério do Esporte será encarregado pela manutenção do campo. A partir de então, caberá à UFRJ cuidar da estrutura. A ideia da universidade é fazer parcerias e convênios para ampliar ao máximo a utilização, desde a base até o alto rendimento.

“Temos um termo de cooperação genérico e agora estamos particularizando este termo com o Ministério do Esporte. Vamos planejar qual será o uso, a intensidade, para termos estimativas mais precisas em relação aos gastos. O que podemos adiantar é que a UFRJ tem disposição de manter este espaço como espaço vivo do rúgbi. Foi um investimento público de grande monta”, comentou Roberto Leher, reitor da universidade, lembrando ainda que a própria UFRJ conta com uma equipe de rúgbi, que espera poder usufruir da estrutura.

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Um dos parceiros da UFRJ na manutenção e no uso do campo deve ser a Confederação Brasileira de Rugby, que já tem planos ambiciosos para o espaço. “Um dos desejos da Confederação Brasileira de Rugby é costurar um acordo com o Ministério da Educação, o Ministério do Esporte e a UFRJ para que consigamos desenvolver aqui um centro de alto rendimento”, adiantou Sami Arap, presidente da entidade esportiva. “O campo não vai ser usado só para o alto rendimento. A gente pretende trazer os projetos de socialização que já temos, fazer um projeto de cidadania, propiciar à Federação Fluminense e aos clubes acesso à estrutura, além de fazer com que a seleção brasileira use o Rio como um polo de treinamento.”

Vagner Vargas – Brasil2016.gov.br