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Atletismo

12/10/2015 02h37

Coreia do Sul

Brasil termina em segundo lugar nos Jogos Mundiais Militares

Delegação nacional somou 84 medalhas, com 34 de ouro. Título geral ficou com a Rússia. Competição reuniu dezenas de atletas brasileiros que estarão nas Olimpíadas do Rio

Jogos Mundiais Militares

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Cerimônia de Encerramento na Coreia do Sul. Próxima edição será na China. Foto: Johnson Barros/Ministério da Defesa

A equipe brasileira mostrou que continua entre as potências mais expressivas nos Jogos Mundiais Militares. Depois de conquistar o título geral do torneio na edição de 2011, no Rio de Janeiro, a delegação nacional, com 282 atletas, fechou a participação de 2015, na Coreia do Sul, com a segunda posição. Foram 84 medalhas: 34 ouros, 26 pratas e 24 bronzes. A Rússia, que não esteve representada em 2011, foi a campeã, com 135 pódios. Apesar de conquistar 98 medalhas, a China terminou em terceiro porque somou 32 ouros, dois a menos que o Brasil. 

A festa de encerramento em  Mungyeong foi marcada por apresentações de dança, demonstração de taekwondo e o desfile das delegações. A bandeira nacional foi carregada por Yane Marques, atleta do pentatlo moderno que conquistou o ouro no Pan de Toronto e acabou em quarto nos Jogos Mundiais Militares.  No total, 117 países foram representados, com mais de 7 mil participantes. Daqui a quatro anos, o evento será na cidade de Wuhan, na China. 

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Vôlei feminino foi responsável por um dos ouros brasileiros. Foto: Ministério da Defesa

"O resultado foi um sucesso. De certa forma até superou as expectativas, pois o objetivo estabelecido pelo Ministério da Defesa foi estar entre os cinco primeiros. Obviamente, como existem outras variáveis que influenciam os jogos, algumas modalidades superaram a previsão e outras tiveram desempenho um pouco menor. Vamos agora realizar uma análise dos resultados para corrigir o que for necessário para melhorar o desempenho", afirmou o chefe da delegação do Brasil, brigadeiro Carlos Augusto Amaral. 

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Segundo ele, a meta é que pelo menos 100 dos atletas militares de destaque, que compõem a parceria com o Ministério do Esporte, estejam na delegação brasileira que defenderá o país nos Jogos Olímpicos do Rio, e que estejam na briga por até dez medalhas. No Pan de Toronto, 123 atletas militares estiveram na competição e foram responsáveis por 48% das medalhas conquistadas pelo Brasil. 

Investimentos

O programa Atletas de Alto Rendimento tem como objetivo incentivar atletas a integrar o quadro das Forças Armadas, com o benefício de serem custeados pela instituição para se dedicarem integralmente às modalidades que praticam.

O convênio garante R$ 15 milhões do Ministério da Defesa e outros R$ 25 milhões em investimentos do Ministério do Esporte. Na prática, os atletas recebem apoio das Forças Armadas para impulsionar suas carreiras e a imagem do País no cenário esportivo internacional.

O programa contempla 23 modalidades olímpicas e o incentivo faz parte de um esforço do governo federal para que atletas brasileiros tenham boa colocação nas Olimpíadas do Rio. 

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O CCFex recebeu R$ 20,4 milhões para reformas. Foto: Bruno Carvalho/Ministério do Esporte

Estrutura de ponta

No caminho da preparação olímpica, o país conta com a estrutura de instalações militares no Rio de Janeiro que também serão utilizadas para treinamento nos Jogos de 2016.

O Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), a Escola Naval, a Universidade da Força Aérea (Unifa), o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e o Clube da Aeronáutica (Caer) estão recebendo, ao todo, um investimento de cerca de R$ 123 milhões do Ministério do Esporte em reforma e equipagem. Os locais integram a Rede Nacional de Treinamento, principal projeto de legado do governo federal com a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro.

Complexo que deverá concentrar o maior número de atletas da delegação brasileira na preparação para 2016, o CCFex recebeu R$ 20,4 milhões para reformas e aquisição de equipamentos. O centro sediará o treinamento das equipes de atletismo, boxe, vôlei de praia, maratonas aquáticas, natação, basquete, nado sincronizado, saltos ornamentais, tiro com arco, esgrima, futebol, taekwondo, tênis de mesa, levantamento de peso, triatlo, badminton, handebol, pentatlo moderno, judô e vôlei.

Os recursos permitiram a reforma de garagens, oficinas, depósitos, espaço para atendimento médico, piscina, cobertura para guarda de embarcações, recuperação e pavimentação de rampas, de 33 camarotes, de alojamento do ginásio e de salas de musculação. Também foram feitas obras para telefonia, internet, segurança, saúde, esgotamento sanitário, iluminação e acessibilidade. 

Além disso, foi construído um local para a prática de tiro esportivo e comprados cabides para barcos, empilhadeiras, carros elétricos (para o transporte de barcos), carro-grua para embarcações, aparelhos para sala de musculação, armas e kits de reposição. O CCFex conta com equipamentos esportivos próprios e com outros cedidos pelas confederações das modalidades. 

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Escola Naval também recebeu recursos para reforma de áreas esportivas e não esportivas. Foto: Bruno Carvalho/Ministério do Esporte

Já a Escola Naval, sob responsabilidade da Marinha, recebeu R$ 4,9 milhões do Ministério do Esporte para a reforma de espaços esportivos e não esportivos, a montagem de cabides e berços para guarda de embarcações e a aquisição de empilhadeiras, carros elétricos para o transporte de barcos, grua para apoio às embarcações e aparelhos para musculação. No local também está sendo montada uma área para o tiro esportivo, com aquisição de armas e kits de reposição. A compra dos itens tem acompanhamento da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE). A Escola Naval também será o local de treinamento da vela, tanto olímpica quanto paralímpica.

A UniFA, o Cefan e o Caer estão recebendo um investimento de R$ 97 milhões para reformas e construções, que incluem pistas de atletismo, quadras, piscinas, ginásios, campos de futebol, tanque e plataforma de saltos ornamentais, academias, vestiários, salas de controle de dopagem e de fisioterapia, depósitos, vias de acesso e obras de acessibilidade.

Os locais serão palco do treinamento de modalidades olímpicas (atletismo, natação, polo aquático, vôlei, levantamento de peso, rúgbi, futebol, pentatlo moderno e vôlei) e paralímpicas (atletismo, vôlei sentado e futebol de 7).

Brasil2016.gov.br, com informações do Ministério da Defesa