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Canoagem

16/08/2018 12h32

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Brasil leva 16 atletas ao Mundial de canoagem velocidade e paracanoagem

Medalhista olímpico e 3º no ranking mundial, o baiano Isaquias Queiroz é o principal destaque da equipe nacional. Disputas serão de 22 a 26 de agosto em Montemor-o-Velho, em Portugal

Os 16 brasileiros que vão representar o Brasil no Mundial de Canoagem Velocidade e Paracanoagem já estão em Portugal para reconhecimento do local e ajustes finais. A competição será em Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra, entre 22 e 26 de agosto.

Com três pódios olímpicos, Isaquias fez, em maio, o seu melhor tempo da carreira no C1 1.000m. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br

O evento reúne 1.500 atletas de 80 países. São 30 categorias na Canoagem Velocidade. Doze delas integram o programa olímpico de Tóquio 2020. Na Paracanoagem, seis das 12 classes farão parte dos Jogos do Japão. A abertura oficial será em 21 de agosto, no Castelo de Montemor-o-Velho, a partir das 16h (de Brasília). As primeiras disputas serão da paracanoagem, no dia 22. Os atletas da canoagem velocidade iniciam as provas no dia seguinte.

"A competição conta pontos para o ranking mundial, além de ser mais uma oportunidade para os atletas mostrarem o desempenho deles e as reais chances de medalha olímpica"
Álvaro Koslowski, supervisor da canoagem velocidade da Confederação Brasileira de Canoagem

"A seletiva oficial para Tóquio só ocorre em agosto de 2019, mas a competição de Montemor-o-Velho é essencial para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Conta pontos para o ranking mundial, além de ser mais uma oportunidade para os atletas mostrarem o desempenho deles e as reais chances de medalha", afirmou Álvaro Koslowski, supervisor da Canoagem Velocidade da Confederação Brasileira da modalidade (CBCa).

Na Canoagem Velocidade, os nove atletas brasileiros vão competir em provas de K1 (caiaque para uma pessoa) e C1 e C2 (canoa para uma e duas pessoas). Com três medalhas olímpicas, o terceiro lugar no ranking mundial e uma performance notável em maio, na etapa alemã da Copa do Mundo, Isaquias Queiroz é o destaque do time brasileiro.

Ao lado dos melhores do mundo, o baiano de Ubaitaba cravou 3min44s708 no C1 1.000m em Duisburg, melhor resultado dele na carreira. O tempo é inferior, por exemplo, ao recorde olímpico, estabelecido em 2004, na Grécia, pelo espanhol Davi Cal (3min46s201). Na Alemanha, o resultado serviu também para Isaquias deixar para trás o alemão e campeão olímpico Sebastian Brendel. Só não foi perfeito porque o tcheco Martin Fuksa foi ainda mais rápido e ganhou a prova. O brasileiro foi prata.

"Fiquei surpreso com meu tempo. Foi absurdo para o que estou acostumado. Bati o recorde olímpico que era do Davi Cal. Consegui ganhar do Brendel. Era um objetivo passar dele, mas uma ou duas vezes não significa nada", ressaltou o brasileiro, que também mira, agora, o tcheco. "É tipo água mole em pedra dura. Vou continuar batendo até 'furar' os dois", brincou, em entrevista ao rededoesporte.gov.br logo após ganhar o primeiro de dois ouros nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, na Bolívia, em junho. No Mundial, além do C1 1.000m, Isaquias vai disputar o C1 500m e o C2 500m, esta última prova ao lado do também medalhista olímpico Erlon Souza.

A delegação nacional conta, ainda, com vários outros talentos. Maico Ferreira dos Santos é um jovem atleta recém-chegado à seleção principal. Andrea Santos e Ângela Silva faturaram, em dupla, o ouro na C2 200m na etapa húngara da Copa do Mundo de 2017. Edson Isaias foi prata no K1 - 200m e bronze no K2 - 200m no Pan de 2015, em Toronto, no Canadá. Na mesma competição continental, Vagner Souta foi prata no K4 1.000m e bronze no K2 1.000m, Ana Paula Vergutz conquistou o bronze no K1 - 200m e Valdenice Conceição foi bronze na C1 - 200m.

As provas do Mundial que integram o programa olímpico de Tóquio 2020 são a C1 1.000m (Isaquias), C2 500m (Isaquias e Erlon), C2 1.000m (Erlon e Maico), a K1 1.000m (Vagner), a C1 200m (Valdenice), a C2 500m (Andrea e ngela) e a K1 500m (Ana Paula).

"Foi mundo bom chegar uma semana antes para ajustes de fuso horário, ambientação e uso de materiais. Isso garante tranquilidade para os atletas"
Angélica Rozalen, auxiliar-técnica da Seleção Brasileira de Paracanoagem

"É um time forte. Muitos conquistaram o pódio no último Pan. O Vagner, por exemplo, ficou em 16º no ranking mundial no ano passado. É um atleta novo que pode crescer e chegar numa final. A Valdenice, bronze em Toronto, ficou em sexto no mundial de 2017, na República Tcheca, assim como a dupla Andrea e Ângela", afirmou Koslowski.

Paracanoagem

Os atletas da Paracanoagem foram os primeiros a desembarcar em Portugal, no último dia 12. "Foi mundo bom chegar uma semana antes para ajustes de fuso horário, ambientação e uso de materiais. Isso garante tranquilidade para os atletas. Todos chegaram com boas condições técnicas e físicas. Acredito que teremos ótimos resultados. O torneio ainda não é classificatório para os Jogos Paralímpicos, mas será importante para avaliarmos a equipe nacional e ajustar o que for necessário para as competições do ano que vem", disse a auxiliar-técnica da Seleção Brasileira de Paracanoagem, Angélica de Jesus Rozalen.

Caio Ribeiro foi medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Foto: Francisco Medeiros/ME

O Brasil contará com sete representantes de uma delegação bem consistente. Caio Ribeiro (KL3-VL3) é medalhista de bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Luis Carlos Cardoso (KL1-VL2) foi medalhista de ouro e de bronze no último Mundial. Completam o time Debora Raiza (KL2-VL2), Giovane Vieira (KL3), Igor Alex (VL2) e Mari Santilli (KL3), além de Fernando Rufino (KL2), que retorna às competições após três anos. Todas as categorias que os brasileiros vão disputar integram o programa paralímpico.

Cristiane Rosa, rededoesporte.gov.br